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terça-feira, 1 de setembro de 2015

"Cuidar dos rebanhos"

Ser ou não ser, eis o pastor




Ser ou não ser, eis o pastor Conta-se a história de um pastor que ia caminhando com sua ovelha, quando foram surpreendidos por uma serpente. Quando a serpente avistou a ovelha logo tentou atacá-la. O pastor logo ao avistar a serpente tratou de proteger a tão amada ovelha colocando-a num lugar seguro, mas precisamente numa rocha onde a serpente não pudesse alcançar a ovelha. Naquele momento o pastor travou uma luta com aquela serpente e a matou. Percebe-se então que a luta que deveria ser da ovelha foi do pastor e a vitória que deveria ser do pastor foi da ovelha. Antes de falarmos do ofício pastoral, falaremos do uso bíblico da palavra. Na bíblia, "pastor" pode ser alguém que, literalmente, cuida de ovelhas. A forma singular acha-se no antigo testamento somente em Jr. 17.16. A forma plural aparece por dezessete vezes, dentre, os quais os trechos de Jr. 28.8; 3.15; 10.21; 23.1,2 servem de exemplo. No hebraico, a palavra correspondente é raah, baseada na idéia de "cuidar dos rebanhos", "dar pasto". Já no novo testamento, o termo grego correspondente é poimen, um substantivo que figura somente em Ef. 4.11, onde o pastor aparece como alguém que Deus deu à igreja como um dom. Jesus é o principal pastor, segundo se vê no décimo capítulo de João; e todos os demais pastores são subpastores. Uma palavra grega cognata é poimaine, "pastar" (ver Jo. 21.15), e outra forma verbal, poimanate, significa "pastoreai", "dai pasto" (l Pe. 5.2). Esse pastoreio espiritual deve incluir um ensino sério, além do trabalho de cuidar das ovelhas, em todos os sentidos. Jesus é chamado de "o grande Pastor", em Hb. 13.20. Pedro, por sua vez, chamou-O de "Pastor e bispo (supervisor) das vossas almas" (1 Pe. 2.25). Assim, os bons pastores são inspiração e orientação. Ele é o Bom Pastor que deu a sua vida pelas suas ovelhas (Jo 10.2,11, 14,16). (Enciclopédia de Bíblia filosofia e teologia, R.N. Champlin, Ed. Hagnus S.P.) A verdade é que os exemplos supracitados não estão sendo uma realidade no ofício pastoral de muitos líderes. Há muito tempo o termo pastor deixou de ser um título honorável para ser uma mera profissão pelos os que profissionalizaram o ofício. Nota-se isso na postura de alguns pastores que atendendo as exigências do seu público deixa de transmitir uma mensagem transformadora para transmitirem uma mensagem meramente animadora. Com uma mensagem atraente muitos granjeiam admiradores que lhes aplaudem não porque suas mensagens impactaram a vida espiritual de seus ouvintes, mas porque não incomodaram suas atitudes excêntricas em relação a Deus. O pastor que é verdadeiramente pastor não oferece um pasto genérico para suas ovelhas, mas um que tenha sua origem no céu. Imagine uma ovelha se alimentando de ervas sintético sem possuir na sua composição os nutrientes necessários para o sustento de sua vida?! Ela terá com certeza um pasto aparentemente natural, verdejante, saudável, bonito e atraente, mas não será suficiente para sua subsistência. Pobres ovelhas acham que o seu pastor está sendo um homem que tem a verdade, mas não sabem que ele não está sendo um pastor de verdade. O verdadeiro pastor alimenta suas ovelhas a ponto de fazê-las deitarem para descansar (Sl. 23.2), e não ficarem no pavor por causa da ausência do pastor. O verdadeiro pastor não negocia suas ovelhas como produto barateado, mas a estima como o seu maior bem. O verdadeiro pastor dá a sua vida pelas ovelhas e não tira a vida de suas ovelhas tirando delas o alimento puro e verdadeiro, "quem de mim se alimenta... viverá" Jo. 6.57. O verdadeiro pastor vai adiante de suas ovelhas dando-lhes a lição do exemplo, e não atrás delas fustigando-as para que ande. Hoje muitos pastores estão preocupados em encher suas igrejas com pessoas, mas não estão preocupados em encher as pessoas nas suas igrejas; encher de Deus, Sl. 21.6 "e o encheste com o gozo da tua presença". Encher da palavra, "que a palavra de Cristo habite abundantemente em vós..." (Col. 3.16), encher do Espírito Santo "... mas enchei-vos do Espírito." (Ef. 5.18). Certo pastor disse que na sua congregação ele não "contava os crentes, mas pesava", ao contrário de muitos que além de contar, pesa, mas usando dois pesos e duas medidas. Muitos não se importam mais com a qualidade espiritual de seus rebanhos; não ligam mais para elas, não as levam ao um pasto verdejante, as correntes das águas, não as fazem deitarem com segurança e muitas vezes não estão com elas no vale. Não estão preocupados se vão bem no lar, se estão bem com Deus e com sigo mesmo; o conselho do sábio é: "Procura conhecer o estado das tuas ovelhas, e cuida bem dos teus rebanhos, pois as riquezas não duram para sempre, nem a coroa de geração em geração" (Pv. 27.23,24). Mas, não será enfadonho ocupar-se nesse cargo que exige amor e dedicação? Pastorear nos dias de hoje tornou-se um ofício relativamente fácil, isso porque nessa era do desconstrutivismo de toda ordem, sejam elas morais, espirituais, políticas e religiosas, as pessoas se deixam levar por qualquer palavra que, lhes trazendo satisfação pessoal é sempre receptível. As palavras do apóstolo são categóricas: "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se as fábulas." (2Tm.4.3,4). O segredo do "sucesso" de muitos pastores não é o resultado de uma vida dedicada à oração e leitura da palavra, mas uma busca desesperada por métodos e técnicas de psicologias humanas no afã de serem agradáveis ao público. Muitos estão preocupados no que as pessoas vão falar, mas não estão preocupados no que Deus está querendo falar. Ouvir a voz de Deus em meio a tantas vozes tornou-se uma tarefa difícil pra muitos. Há pastores que a exemplo de Arão estão cedendo às pressões do povo para usarem de uma linguagem mais eclética e pluralista. Há pastores que estão dirigindo sem direção porque já perderam o escopo de seu ministério, "Comeis a gordura, vestis-vos de lã, e degolais o cevado, mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes..." (Ez. 34.3,4) Mesmo diante de um cenário crítico por faltarem homens que se dediquem ao chamado pastoral, Deus tem levantado verdadeiros pastores como Ele mesmo prometeu: "Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência." (Jr. 3.15).

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