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domingo, 26 de abril de 2015

Bíblia e arqueologia


A História de Pompeia – o Vesúvio


Provavelmente fundada no século 6 aC, Pompeia tornou-se uma cidade romana em 80 aC. No primeiro século dC, serviu como uma cidade de veraneio para romanos ricos, como exemplificado por mosaicos da cidade, murais, jardins, fontes, e Spas privativos. Tudo isso mudou no ano de 79, quando uma erupção vulcânica cobriu a cidade de Pompeia com cinzas e lama quente, deixando-a enterrada. Foi arrancada às cinzas no século 18 e 19. Os estudiosos discordam sobre a população de Pompeia no momento em que ela foi destruída, com estimativas que variam de 12.000 a 30.000 habitantes.

Monte Vesúvio
A erupção do Monte Vesúvio em 24 de agosto de 79 dC, que sepultou a cidades de Pompeia e Herculano, foi testemunhado e registado por Plínio, o Jovem (62-112 dC) Plínio foi mais tarde um senador romano e sobrinho de Plínio, o Velho. Em duas cartas ao seu amigo Tácito, o famoso historiador, Plínio o Jovem regista em detalhes vívidos tal como o fazia o seu tio, o almirante de uma frota romana estacionada em Miseno, foi morto pela fumo e cinzas. Plínio, o Jovem tinha 17 anos na época. Ele observou que o evento Miseno, na ponta noroeste da Baía de Nápoles. O Monte Vesúvio é o único vulcão ativo da Europa continental e a última erupção foi em 1944.


Anfiteatro
Construído antes do Coliseu de Roma, este anfiteatro (80 aC) é uma das mais antigas e mais bem preservado do mundo. Ele poderia acomodar 10.000 espectadores. Este foi o local de um famoso motim em 59 dC, que se seguiu entre Pompeia e a cidade vizinha de Nuceria durante um espectáculo de gladiadores. Devido ao número de mortes do motim, o Senado proibiu todos os jogos a serem realizados no anfiteatro na década seguinte.
As Ruas
As ruas de Pompeia eram compostas de grandes polígonos em forma de pedras vulcânicas. Os centros das ruas eram levantados para que o escoamento de drenagem para as calhas laterais. Não foi, no entanto, criado nenhum sistema de drenagem para as calhas, e, assim, acumulava-se a sujidade nas ruas. Passeios pedonais foram construídos de pedras levantadas que os pedestres podiam circular nas ruas sem pisar na sujeira e lama. Os espaços entre as pedras permitiam às carroças e as charretes puxadas por cavalos passar com as rodas. Há ainda quem defenda que esses espaços foram feitos pelas rodas.

As Casas
Pompeia estava situada numa planície e espécie de península. As ruas eram paralelas e cruzavam-se em ângulos retos. Cada ínsula era murada e mais continha uma mistura de habitações, lojas e restaurantes. Pompeia não foi dividida por classes de renda, e as casas dos ricos podem ser encontradas ao lado das casas dos pobres ou trabalhadores. A casa átrio era o estilo mais comum de casa.
Moldes das Vítimas Vesúvio
Embora muitas pessoas tenham fugido quando o Vesúvio deu os primeiros sinais de erupção, alguns habitantes de Pompeia ou foram incapazes de fugir ou escolheram permanecer. Os seus corpos foram selados pelas cinzas e pedra-pomes. Quando os corpos decompostos depois, eles deixaram para trás cavidades com impressões que preservam os mínimos detalhes dos corpos. As cavidades são essencialmente moldes, e arqueólogos foram capazes de desenvolver um método para a criação de moldes de corpos através de bombeamento de gesso para a cavidade.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Camelo ou corda?

Espero poder ajudar nesta mensagem. pesquisando tomei conhecimento de erros interpretativos, e encontrei este estudo exegético, e procuro sempre e dentro do possível buscar dentro do Grego e/ou Hebraico, porém com uma interpretação fundamentada. Deixo a paz do Senhor com todos.

Camelo ou corda?
Há muitas atrocidades interpretativas fruto da imaginação de exegetas e tradutores de grego amadores. Uma que já vi de difícil diagnóstico e solução é aquela sobre Mt 19.24 que lemos: “E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino dos céus”. A palavra grega traduzida por “camelo” é κάμηλος, mas numa leitura variante de manuscritos gregos encontramos κάμιλος que significa “corda grossa”. Já outros têm dito que o buraco em questão era um fenda que existia em Israel que não permite um camelo passar porque este animal não consegue fazer um contorção no corpo. É evidente que algum copista tentou amenizar a hipérbole feita por Jesus no texto em questão. Mas e então, como sair desse entrave e impasse?
Minha solução vem da etimologia da palavra grega para “agulha” que também ocorre no texto. A palavra grega é ραφίς derivada de ράπτω e ραφή com significados respectivos de “costurar” e “costura”, desse modo, o buraco em questão é mesmo de uma agulha de costura, e não de alguma fenda rochosa. O contexto da passagem mostra que os discípulos ficaram surpresos entendendo claramente a ideia da impossibilidade sugerida por Jesus. Não há motivo justificável para se mudar a força da expressão “um camelo passar por um buraco de uma agulha” para “uma corda”. Tal mudança empobrece a frase, enfraquecendo da figura de linguagem. 
Tenho muitas vezes parafraseado a frase de Jesus, substituindo “camelo” por “planeta” quando quero falar de algo impossível para provocar a sugestão de hipérbole. Por exemplo:
“É mais fácil passar o planeta Terra por um buraco de uma agulha do que um pobre de espírito sair do Reino de Deus. Porque não é assim o dom gratuito como a ofensa, porque, se pela ofensa de um morreram muitos, MUITO MAIS a graça de Deus, e dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo (Rm 5.15)?”. 
Portanto, nada justifica amenizar a hipérbole, mas sim aumentá-la.

Jesus, o verbo encarnado João 1: 1-15


Conhecer sua origem e permanência
entre nós consolida  nossa fé. Saber que Jesus esteve conosco estabelece motivação
para vencermos as constantes lutas
que enfrentamos.

Deus reservou aos homens o melhor de sua glória ao planejar o envio de seu Filho ao mundo. Toda a experiência de uma pessoa com Jesus em seu início é rasa, levando em conta a dureza dos nossos corações, gerada pelo pecado.

No entanto, a perseverança e firmeza neste propósito leva-nos a dimensões consideráveis desta fonte de vida e poder que o relacionamento mais íntimo de Jesus com os homens oferece.


I - O VERBO E SUA ORIGEM

O Evangelho de João é o canal de Deus para nos fazer compreender sobre a presença de Jesus, o Verbo divino, entre homens. Jesus não é uma criatura de Deus. Uma coisa é avaliar, através da Bíblia, nas citações dos apóstolos, a magistral encarnação do Verbo entre nós; outra é poder, na mesma Bíblia, ouvir Jesus falando com seus próprios lábios, identificando-se como aquele que sempre foi, sempre é, e sempre será o Filho glorificado que, mesmo tendo deixado a glória momentânea, providencialmente retornou com honras.
De forma clara vemos isso na oração sacerdotal, quando Ele mesmo confirma sua existência eterna: “antes que houvesse mundo", Jo 17: 5. 
a)   A origem. Enquanto os três outros Evangelhos iniciam-se falando sobre o nascimento de Jesus, João, indo muito mais distante, revela sua existência antes da criação: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus... e o Verbo era Deus”, 1: 1.
Refere-se a um tempo a que chama de princípio que, em consonância com Gn. 1: 1, também revela um tempo ocorrido antes da obra criadora de Deus, Col. 1: 17.
b) O propósito. Isso nos leva a entender o grande amor de Deus e seus desígnios. Podemos saber que Deus não se assentou no vazio de uma terra sem forma para comandar o nada, mas planejou a sua obra e a estabeleceu para fazer o homem coroa de sua criação e que nisto sentiu prazer e deleite. Ef. 3: 9 aponta também para este princípio quando diz: “desde os séculos oculto em Deus...
c) A visão dos profetas. Antes da encarnação de Jesus, sua vinda era contemplada, crida e aceita pela fé. Isaías disse que o povo que andava em trevas (os perdidos) viu uma grande luz, Is. 9: 2. 
 

II - A ENCARNAÇÃO DO VERBO

Depois de considerar a existência e capacidade do Verbo, João passa a mostrar em síntese o processo completo de sua humanização, usando duas palavras: verbo e luz.
a) Luz dos homens. Primeiro fala da presença do Verbo com Deus, sendo Deus, agindo como Deus, para depois falar da luz, no extraordinário verso 4. Nesse ponto Deus está graciosa e generosamente voltando-se para o homem. Luz é um termo para homens, é vida, e contrasta com trevas, a morte eterna. Luz é algo novo, que contrasta com a ideia de antiguidade expressa por “no princípio”.
b) Habitou entre os homens. O verso 14 relata uma das mais conhecidas citações em toda a Bíblia: “0 Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai.” Além de outras grandes lições, esta passagem deixa claro o ponto básico deste estudo: a encarnação do Verbo. Recebeu forma humana e tabernaculou entre os homens.


Que fato extraordinário quando visto de nossa frágil perspectiva: um Deus tão gigante e glorioso se digna assumir de forma mais direta e envolvente possível a nossa conjuntura desgastada. E apresentou-se cheio de graça e de verdade entre os homens.
c) O nascimento. Assim, em Lc. 1: 31-35 temos a mensagem do anúncio do nascimento de Jesus a Maria, como uma introdução maravilhosa, onde Deus, por causa de sua santidade e propósito, revela que Maria ficaria grávida pelo Espírito Santo. O texto de Lc. 2 : 7 registra o nascimento em seu momento preciso: “E ela deu à luz...” concretizando a encarnação majestosa.
d) O nome Jesus. Deus nunca precisou, no tocante a si mesmo, de nome ou nomes para ser visto. Mas já que o propósito da intervenção de Deus, no que se refere à salvação, era Jesus, então uma identidade divina entre os homens precisava ser alcançada. E por isto Deus ordenou ao seu anjo que levasse a Maria o nome que o seu Filho obteria na terra: Lc. 1: 3. Jesus, no hebraico, quer dizer salvador.
 

III - O CARÁTER DO VERBO

Depois de ter considerado a origem e a encarnação do Verbo, para conhecê-lo melhor, vejamos agora o seu caráter, baseados no texto de Cl. 1: 15-17.
a) A imagem visível. O v. 15 diz que Jesus é a imagem do Deus invisível, apontando para a revelação do próprio Deus, pois a expressão imagem está ligada também à encarnação, ou seja, é uma forma humana de se ver Deus.
b) Primogênito. Termo que Paulo usa para definir a característica de Jesus como aquele que se revela ao mundo e pode ser percebido por aqueles que crerem nEle.
c) Criador. Termo usado para se referir a Jesus, v.16, confirmando sua participação na obra criadora. Todavia mais excelente aqui é o destaque sobre sua relevância sublime no céu.
Se admitimos que Ele também estava no princípio e que é feitor de todas as coisas, admitimos também que é poderoso pela e entre as obras que fez. De fato, o v. 17 informa sobre sua preexistência e salienta o seu domínio. Isso está claramente confirmado em Hb 1: 2-3, onde o desconhecido escritor aborda também, além da revelação que nEle consiste, a excelência do seu nome, e sua superioridade entre os anjos.
Prossigamos sem temor, depois de termos entendido a grandeza de Deus, e de como se revelou através de seu Filho  que se encarnou, favorecendo-nos em nossa salvação.

domingo, 19 de abril de 2015

JESUS O NAZARENO É DEUS? IS JESUS THE NAZARENE GOD?


האם ישוע הנצרתי הוא אלוהים?                                                                         IS JESUS THE NAZARENE GOD?

JESUS O NAZARENO É DEUS?

Os cristãos dizem que Jesus o Nazareno é Deus.

No entanto, os judeus dizem que Jesus o Nazareno não é Deus.

Quem está certo? Os cristãos ou os judeus?
        
Para respondermos a esta pergunta, devemos consultar a Bíblia, pois a Bíblia é o conjunto dos livros que são inspirados por Deus.

Mas antes disso, precisamos descobrir qual é a verdadeira Bíblia, pois a Bíblia dos cristãos é composta pelos livros do Antigo Testamento (Tanakh) e pelos livros do Novo Testamento, e a Bíblia dos judeus é composta somente pelos livros do Antigo Testamento (Tanakh, ou Bíblia Hebraica).

Não há nenhuma dúvida de que os livros do Antigo Testamento (Tanakh, ou Bíblia Hebraica) são inspirados por Deus, mas existe controvérsia a respeito de se os livros do Novo Testamento são inspirados por Deus ou não, pois os judeus dizem que os livros do Novo Testamento não são inspirados por Deus, e os cristãos dizem que os livros do Novo Testamento são inspirados por Deus.

Portanto, para sabermos qual é a verdadeira Bíblia, temos que saber se os livros do Novo Testamento são inspirados por Deus ou não.

Os livros do Antigo Testamento (Tanakh, ou Bíblia Hebraica) foram escritos no período entre 1506 AEC e 330 AEC.

Os livros do Novo Testamento foram escritos muito depois, no período entre 48 EC e 97 EC.

Nos livros do Novo Testamento há palavras que contradizem as palavras que Deus já havia falado antes, que estavam escritas nos livros do Antigo Testamento (Tanakh, ou Bíblia Hebraica).

Por exemplo: Está escrito no Antigo Testamento (Tanakh, ou Bíblia Hebraica), em Gênesis 17:9-14 e Êxodo 12:48-49 e Levítico 12:3, que Deus ordenou que todos os homens sejam circuncidados, e que, quando nasce um menino, ele seja circuncidado com oito dias de nascido e, no entanto, está escrito no Novo Testamento, em Gálatas 5:2, que não devemos fazer a circuncisão.

Outro exemplo: Está escrito no Antigo Testamento (Tanakh, ou Bíblia Hebraica), em Levítico 11:1-30, que Deus ordenou que nós não comamos os animais imundos, entre os quais estão o porco, o camelo, o coelho, o avestruz, os peixes sem escamas, o camarão, a lagosta, o siri, o caranguejo, a lula e o polvo e, no entanto, está escrito no Novo Testamento, em Mateus 15:11, Marcos 7:18-19, e Atos 10:9-16, e Romanos 14:14 e 14:20, e 1 Timóteo 4:1-5, que tudo é limpo, e que é permitido comer qualquer animal.

Portanto, os livros do Novo Testamento não são inspirados por Deus, pois a sua mensagem é totalmente oposta à mensagem de Deus, que está nos livros do Antigo Testamento (Tanakh, ou Bíblia Hebraica).

Os cristãos dizem que Jesus o Nazareno é o Messias, mas eles estão equivocados, porque Jesus o Nazareno não é o Messias. Os cristãos interpretam equivocadamente as profecias que estão na Bíblia Hebraica (Tanakh). O messias príncipe mencionado em Daniel 9:25-26 não é o Messias filho de Davi, mas sim um sacerdote governante, pois os sacerdotes também são ungidos, e ungido é sinônimo de messias, e em Daniel 9:26 está escrito que depois das sessenta e duas semanas será cortado o messias, e ele não terá, o que significa que o messias ali mencionado não terá o reino. O messias príncipe mencionado em Daniel 9:25-26 foi o Rei Antígono, que foi sumo sacerdote e rei da Judeia de 40 AEC até 37 AEC, e foi decapitado pelos romanos em 37 AEC. Para mais detalhes sobre este assunto, veja a páginahttp://www.caraita.teo.br/qual_a_correta_interpretacao_da_profecia_das_setenta_semanas_de_daniel.htm .

Está escrito em Deuteronômio 6:4 o seguinte:

DT 6.4 OUVE, ISRAEL, JAVÉ É NOSSO DEUS, JAVÉ É UM.

Portanto, vemos que Deus é um, e não dois, nem três.

Assim sendo, constata-se que Jesus o Nazareno não é Deus, pois se Jesus o Nazareno fosse Deus, Deus seria dois.

Em Deuteronômio 6:4 Deus disse que Ele é um.

Portanto, vemos que a doutrina da Santíssima Trindade é uma doutrina falsa.

Os que pregam a falsa doutrina da Trindade dizem que Deus é três mas é um, mas isto é um absurdo, pois 3 é diferente de 1.

A equação 3=1 é uma equação totalmente errada.

Está escrito em Êxodo 20:3 que Deus disse o seguinte:

ÊX 20.3 NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM.

Portanto, vemos que aqueles que acreditam que Jesus o Nazareno é Deus, e por isso prestam culto religioso a Jesus o Nazareno, cometem pecado, pois têm outro deus além do verdadeiro Deus, o Criador de todas as coisas, e assim violam o mandamento que está em Êxodo 20:3.

Além disso, dizer que um homem é Deus é um absurdo, pois nenhum homem pode ser Deus, porque Deus é o Criador de todas as coisas, e o homem é uma criatura, e é totalmente impossível a criatura ser o Criador. Isto é uma impossibilidade lógica.

Não devemos endeusar nenhum homem, mesmo que esse homem seja o Messias (ou Cristo, ou Ungido).

O Satanás lança doutrinas falsas e absurdas, e infelizmente muitas pessoas acreditam nestas doutrinas falsas e absurdas, e assim pecam contraDeus, prestando culto religioso a um homem, como se ele fosse Deus, desobedecendo ao mandamento de Deus, de não ter outros deuses diante d’Ele (Êxodo 20:3).

Bendito seja Deus, que nos libertou destas doutrinas falsas, absurdas e diabólicas, nos fazendo saber que a verdadeira Bíblia é a Bíblia dos judeus, a qual é composta somente pelo Antigo Testamento (Tanakh, ou Bíblia Hebraica).

As pessoas que pregam a doutrina falsa da divindade de Jesus o Nazareno usam como argumento o versículo Isaías 9:5 (em algumas Bíblias é 9:6).

No referido versículo está escrito o seguinte:

IS 9.5 PORQUE UM MENINO NOS NASCEU, UM FILHO SE NOS DEU, E O PRINCIPADO ESTARÁ SOBRE O SEU OMBRO, E SE CHAMARÁ O SEU NOME PELE-JOEZ-EL-GUIBOR-ABIADE-SAR-SALOM.

O referido nome significa “Milagre do Conselheiro Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

Com base no significado deste nome, aquelas pessoas dizem que o Messias é Deus.

No entanto, o fato de Deus ter dito que o Messias terá este nome não significa que o Messias seja Deus, pois este nome significa apenas que quando o Messias vier, Deus, que é o Conselheiro, o Deus Forte, o Pai da Eternidade, o Príncipe da Paz, fará um milagre.

Os versículos Isaías 8:3-4 mostram que Deus mandou que se pusesse em um menino o nome de Maer-Salal-Hás-Baz, que significa “Apressando-se o despojo apressou-se o saque”, e que Deus disse que isto significava que antes que aquele menino soubesse chamar meu pai ou minha mãe, Damasco e Samaria seriam despojadas e saqueadas, o que mostra que estes nomes que Deus dá a certos meninos nas profecias às vezes significam algo que vai acontecer após o nascimento daquele menino, e não o que aquele menino será.

Além disso, Jesus o Nazareno não é o Messias, conforme já demonstrei acima, de modo que o versículo Isaías 9:5 não se aplica a ele.

Algumas pessoas usam como argumento para dizer que Jesus é Deus o fato de Deus ter falado na primeira pessoa do plural em Gênesis 1:26 e 3:22 e 11:7 e Isaías 6:8.

No entanto, este argumento não é correto, pelas seguintes razões:

O fato de em Gênesis 1:26 e 3:22 e 11:7 e Isaías 6:8 Deus ter falado na primeira pessoa do plural não significa que Ele seja dois ou três, significa apenas que Ele usou o plural majestático, que é uma maneira de falar que é usada por reis ou pessoas muito importantes, somente para indicar a majestade de quem está falando.

Em hebraico, e em muitas línguas, inclusive em português, o plural é às vezes usado com o sentido de grandeza ou de importância.

Por isso é que em português nós usamos o pronome da segunda pessoa do plural, “vós”, para nos dirigirmos a uma pessoa importante, ou simplesmente para demonstrar respeito pela pessoa com quem estamos falando.

Por exemplo: alguém diz para o rei: “Majestade, vós sois um bom rei”, usando o pronome e o verbo na segunda pessoa do plural, para demonstrar respeito pelo rei, mas isto não significa que o rei seja dois, ou três.

Outro exemplo: usamos os tratamentos respeitosos “Vossa Excelência”, “Vossa Majestade”, “Vossa Senhoria”, “Vossa Mercê”, etc., em que a palavra “Vossa” é plural, mas isto não significa que a pessoa com quem estamos falando seja uma pessoa dupla ou tripla.

Inclusive, o tratamento “Vossa Mercê” se tornou tão comum, que foi abreviado primeiramente para “Vosmicê”, ou “Vassuncê”, e depois foi abreviado para “você”, e hoje em dia todo mundo trata os outros por “você”, que nada mais é que uma forma abreviada de “Vossa Mercê”, que é um tratamento respeitoso que usa o pronome no plural (segunda pessoa do plural), mas isto não significa que todos nós sejamos duplos ou triplos.

Isto explica por que Deus falou na primeira pessoa do plural em Gênesis 1:26 e 3:22 e 11:7 e Isaías 6:8.

Algumas pessoas usam como argumento para dizer que Jesus é Deus o fato de que a palavra hebraica “Elohim”, que é usada no Tanach (Antigo Testamento) como um dos nomes de Deus, e que significa “Deus”, tem a terminação “im”, que em hebraico é a terminação do masculino plural.

Estas pessoas dizem que Deus é mais de um, porque a palavra “Elohim” é plural.

No entanto, não procede este argumento, porque em hebraico a terminação “im” não é usada somente para fazer o plural, é usada também para formar um substantivo abstrato, e é usada também para fazer o aumentativo.

Em hebraico, virgindade é “betulim”, o que comprova que em hebraico a terminação “im” é usada para formar substantivos abstratos.

Em Gênesis 24:9 as palavras “seu senhor”, que se referem a Abraão, são a tradução da palavra hebraica “adonav”, que é apalavra “adonim” acrescida do sufixo da terceira pessoa do plural masculino, sendo que Abraão é um só, de modo que neste versículo “adonav” significa “seu grande senhor”, e não “seus senhores”.

Isto comprova que em hebraico a terminação “im” (que acrescida do sufixo da terceira pessoa do singular se torna “av”) por vezes é usada para fazer o aumentativo, e não para fazer o plural.

Portanto, a palavra “Elohim” (que acrescida do sufixo da terceira pessoa do singular é “Elohaiv”), pode também ser traduzida como “Divindade” ou como “Grande Deus”.

Nos casos em que a palavra hebraica “Elohim” se refere a Deus, o Criador do Universo, o verbo é colocado no singular, o que mostra que nestes casos a palavra “Elohim” é singular, e pode ser traduzida como “Divindade” ou como “Grande Deus”.

Quando a palavra hebraica “Elohim” se refere a Deus, o Criador do Universo, e é seguida de um adjetivo, ou de um particípio usado como adjetivo, este também recebe a terminação “im”, que no caso é sinal de aumentativo, e não de plural.

Em Gênesis 20:13 e 35:7 e Salmos 58:12 e 149:2 e Eclesiastes 12:1 e Isaías 54:5 (duas vezes), no texto hebraico massorético o verbo aparece no plural, referindo-se a Deus, o Criador do Universo, mas isto acontece porque houve erros de cópia que infelizmente não foram corrigidos pelos massoretas, sendo que fica evidente que houve erros de cópia nestas passagens, porque nas traduções antigas (septuaginta, versão siríaca e vulgata) e no Pentateuco Samaritano (nos casos de Gênesis 20:13 e 35:7) o verbo consta no singular.

Os massoretas fizeram várias correções de erros de cópia no texto do Tanach (Antigo Testamento), que se chamam “Qere”, mas infelizmente não corrigiram todos os erros de cópia, mas é possível corrigir os demais erros de cópia examinando o Pentateuco Samaritano e as traduções antigas do Tanach (septuaginta, versão siríaca e vulgata) e os manuscritos antigos do Tanach em hebraico, inclusive os manuscritos do Mar Morto (Qumran).

Na Bíblia Hebraica Stuttgartensia há várias notas de rodapé com as leituras variantes que constam nos manuscritos antigos e nas traduções antigas e no Pentateuco Samaritano, e ali você pode ver que nas mencionadas passagens (Gênesis 20:13 e 35:7 e Salmos 58:12 e 149:2 e Eclesiastes 12:1 e Isaías 54:5) o verbo está no singular em traduções antigas e no Pentateuco Samaritano (nos casos de Gênesis 20:13 e 35:7), o que comprova que nas mencionadas passagens o verbo está no plural no Texto Massorético por erro de cópia e porque os massoretas, infelizmente, não corrigiram aqueles erros de cópia.

Já fiz várias correções de erros de cópia no Texto Massorético do Tanach (Antigo Testamento), com base nos manuscritos antigos e nas traduções antigas (septuaginta, versão siríaca e vulgata) e no Pentateuco Samaritano.

Para ver o Texto Massorético do Tanach (Antigo Testamento) com várias correções de erros de cópia feitas por mim, com base nos manuscritos antigos e nas traduções antigas (septuaginta, versão siríaca e vulgata) e no Pentateuco Samaritano, clique no seguinte link:


Que Javé (Yahveh) vos abençoe.

João Paulo Fernandes Pontes (nome hebraico: Yochanan Ben Yosef).

Publicado em 13 de junho de 2005.

Atualizado em 29 de junho de 2014.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Diferença entre judaísmo e cristianismo


Diferença entre judaísmo e cristianismo

Texto interessante de um Rabino Judeu, muito respeitoso para com o cristianismo, mostrando que a principal diferença entre o judaísmo e o cristianismo não é basicamente a crença em Jesus ser ou não o messias, mas os dogmas que separam as duas crenças.

Outro ponto interessante é que no ínicio do cristianismo, ambas religiões eram mais próximas e a história comprova isso. O texto na íntegra:

Dada a tradicional pergunta "afinal vocês acreditam ou não em Jesus Cristo?", a resposta mais inteligente que eu já escutei foi esta:"nós judeus acreditamos que o Messias virá. Vocês cristãos acreditam que ele já veio, mas voltará. Portanto, numa coisa nós concordamos - ainda vem alguém pela frente. Alguém ainda está para vir. Muito simples! Basta aguardar o Messias e, quando ele chegar, perguntamos se essa é a primeira ou a segunda vez que ele aparece por aqui...".

Se Jesus é ou não o messias não é a pergunta mais importante que divide o Judaísmo do Cristianismo. A grande questão que difere os dois sistemas religiosos é a ênfase que cada um dá para fé e ações. De acordo com o Judaísmo, D'us considera as ações das pessoas muito mais importantes do que sua fé. "Melhor que (os judeus) Me abandonem, mas sigam as Minhas leis" (Talmud Y. Hagiggah 1:7). Agir de acordo com os princípios éticos e morais judaicos é a obrigação central dos judeus. O Cristianismo, por outro lado, à medida que foi se desenvolvendo, deixou de lado a quase totalidade das leis e transformou a fé no seu ponto central.

No início as diferenças eram praticamente insignificantes. O próprio Jesus afirmou que "não imaginem que eu vim para abolir a lei dos profetas (...) quem infringir a lei será o último para ir ao reino do céu" (Mateus 5:17). Com o passar do tempo, a derrota para os romanos em 70 e.c. e a influência dos apóstolos, notadamente Paulo, a lei foi sendo abandonada. Com o advento do protestantismo, os sacramentos católicos foram eliminados, mas não a valorização exclusiva da fé. Lutero escreveu que "a fé por si mesma, sem os sacramentos, justifica, liberta e salva". Esse processo teve um efeito cataclísmico no distanciamento entre nós e os cristãos.

Existem três dogmas que derivam dessa diferença fundamental. Para os cristãos, acreditar nesses dogmas é necessário para resolver alguns problemas que seriam insolúveis caso os dogmas não existissem. Trata-se do "Pecado Original", da "Segunda Vinda" e do "Perdão através da morte de Jesus". Ah, nenhum destes dogmas estão na Torá.  Para os judeus, esses dogmas não são necessários porque esses problemas nunca existiram. E de fato não existe, igual  "judaísmo messiânico". O Cristianismo estabelece que todas as pessoas nascem pecadoras, estando nessa condição de forma hereditária. Paulo escreveu que "o pecado veio através de um homem e através de outro homem que ele será removido" (ética IX). Assim, apenas o batismo, e nada mais, tem o poder de salvar o ser humano. Seria uma espécie de antídoto universal para o pecado que nasce com cada pessoa, desde os tempos imemoriais. Para o Judaísmo, "Pecado Original" não é problema. A noção de que as pessoas nascem pecadoras não é judaica, procure na Torá! Não tem... Cada pessoa nasce inocente e cabe a elas tomar as suas próprias decisões morais e escolher se ela quer ou não pecar, isto tem um nome, se chama livre arbítrio e responsabilidade.

Outro problema Cristão é o fato das profecias messiânicas não terem se concretizado quando da vinda de Jesus. Como pode Jesus ser o messias se nenhuma das principais profecias se tornou realidade? "Nação não levantará a espada contra nação, nem aprenderão mais a guerra" (Isaias 2:1). Não é preciso ser um especialista em história para saber que, nesses vinte séculos de era cristã, isso não se concretizou.

obs. Opinião não compartilhada pelo autor do blog

A solução oferecida pelo Cristianismo é o conceito da "Segunda Vinda" de Jesus, quando finalmente a era messiânica chegará. Para os judeus, esse conceito não é aceitável porque a Torá nunca mencionou uma segunda vinda do Messias.

Além desses elementos, existe o problema de que as pessoas não podem obter salvação através de suas ações. Para resolver isso, desenvolveu-se o dogma da fé em Jesus como única forma de salvação. Nessa solução, como foi observado acima, o Cristianismo difere profundamente do Judaísmo. Quais pecados a morte de Jesus estaria removendo dos ombros da humanidade? Como a Torá afirma que apenas o povo judeu pode ser cobrado pelas obrigações homem-D'us, então a morte de Jesus só poderia estar perdoando a humanidade pelos pecados homem-homem. Essa doutrina se opõe diretamente ao Judaísmo e sua noção de culpabilidade. De acordo com o Judaísmo, nem mesmo D'us pode nos perdoar pelos crimes cometidos contra outros seres humanos. Apenas a pessoa atingida tem o poder de nos perdoar, sabia disto?

Por fim, existe a diferença fundamental em termos da atitude para com os agressores. "Não ofereça ao mal nenhuma resistência. Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, ofereça a ele a esquerda também" (Mateus 5:38) e "Ame os seus inimigos e reze pelos teus perseguidores" (Mateus 5:44). O Judaísmo, por outro lado, exige que os agressores sejam poderosamente resistidos. A Torá cita o exemplo de Moises, quando mata o capataz egípcio que batia em um escravo judeu. Do judeu é exigido tratar seus inimigos com justiça, mas não existe nenhuma indicação nas fontes de que um judeu deve amar seus inimigos. Nenhum judeu é obrigado a amar um nazista, por exemplo, como poderia sugerir a declaração de Mateus.

Apesar das muitas diferenças entre nós e os cristãos, essas diferenças não devem em hipótese alguma ser obstáculo para um excelente relacionamento entre as comunidades. Os dois sistemas religiosos compartilham valores e objetivos bastante similares. Ambos querem um mundo mais ético e humano e as pessoas religiosas das duas comunidades devem se ajudar nesse intento. No entanto, em uma época em que movimentos missionários cristãos das mais variadas estirpes lançam campanhas de conversão de judeus, é importante conhecer as diferenças entre nós e os cristãos para termos claras as linhas vermelhas que separam cada religião.

Artigo baseado nas obras de Dennis Prager e Joseph Telushkin. Tradução e colaboração de Selma Bias Fortes.
fonte: Judeus.org

Shalom!

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Jesus é Deus

"Jesus é Deus? Alguma vez Jesus afirmou ser Deus?"

Resposta:
Na Bíblia não há registros de Jesus dizendo, palavra por palavra: “Eu sou Deus”. Entretanto, isto não significa que Ele não tenha afirmado ser Deus. Como exemplo, tome as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro olhar, isto pode não parecer uma afirmação de Jesus em ser Deus. Entretanto, perceba a reação dos judeus a Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam a afirmação de Jesus como uma declaração em ser Deus. Nos versículos seguintes Jesus não corrige os judeus dizendo: “Eu não afirmei ser Deus.” Isto indica que Jesus realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). João 8:58 nos dá outro exemplo: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus tomaram pedras em uma tentativa de apedrejar Jesus (João 8:59). Por que os judeus iriam querer apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que criam ser uma blasfêmia, ou seja, uma afirmação em ser Deus?

João 1:1 diz que “o Verbo era Deus.” João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne.” Isto claramente indica que Jesus é Deus em carne. Atos 20:28 nos diz: “...Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” Quem comprou a igreja com Seu próprio sangue? Jesus Cristo. Atos 20:28 declara que Deus comprou a igreja com Seu próprio sangue. Portanto, Jesus é Deus!

Tomé, o discípulo, declarou a respeito de Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Jesus não o corrige. Tito 2:13 nos encoraja a esperar pela volta de nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo (veja também II Pedro 1:1). Em Hebreus 1:8, o Pai declara a respeito de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.”

Em Apocalipse, um anjo instruiu o Apóstolo João para que adorasse a Deus (Apocalipse 19:10). Nas Escrituras, várias vezes Jesus recebe adoração (Mateus 2:11; 14:33; 28:9,17; Lucas 24:52; João 9:38). Ele nunca reprova as pessoas quando recebe adoração. Se Jesus não é Deus, Ele teria dito às pessoas para não ser adorado, assim como fez o anjo em Apocalipse. Há muitos outros versículos e passagens das Escrituras que atestam a favor da divindade de Jesus.

A razão mais importante para Jesus ser Deus é que se Ele não o fosse, Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar preço tão infinito. Somente Deus poderia carregar os pecados do mundo (II Coríntios 5:21), morrer e ressuscitar, provando Sua vitória sobre o pecado e a morte.


A Babel Protestante e as contradições dos filhos de Lutero


A Babel Protestante e as contradições dos filhos de Lutero



Inicialmente destaco que respeito todas as religiões e sou defensor da liberdade religiosa. Não concordo com ataques a honra e dignidade das pessoas e assim reconheço que é direito de todo e qualquer ser humano aderir a fé, crença e credo que lhe pareça mais conveniente. Feitas as devidas ressalvas, não precisarei nem mesmo citar a doutrina católica para refutar o protestantismo. Pretendo demonstrar que o protestantismo é um religião contraditória em si mesma. Condena-se o protestantismo por seus próprios conceitos e confissões.

 1) SÓ A BÍBLIA

– Diz o protestante que tudo está na Bíblia. Se tudo está na Bíblia, deveríamos esperar duas coisas:

 a) Seria lícito que a Bíblia se auto definisse como única fonte de revelação. Tal não ocorre. Nenhum texto bíblico afirma que a Bíblia é a única fonte de revelação. Pelo contrário, a Bíblia diz que Jesus fez e disse muitas outras coisas as quais não foram escritas. Pergunta-se ao protestante: Ora, se vós protestantes acham que não devem acolher o que não está escrito na Bíblia, arriscando-se até mesmo a perderem algo que tenha vindo do Senhor Jesus, qual o motivo da vossa crença e fervor no protestantismo ou em Luteros e Calvinos que não podem ser provados pela mesma Bíblia ? E São Paulo ainda recomenda a preservação da tradição e tudo que foi ensinado. E o protestante diz que tradição e transmissão oral não servem para nada.

b) Seria lícito que o próprio protestantismo estivesse definido na Bíblia, pois é o protestante que diz que tudo aquilo que não está na Bíblia deve ser rejeitado. Tão não ocorre.

 Curioso é que pela tese protestante, certos estariam os católicos ao rejeitarem o protestantismo já que tal doutrina não encontra amparo bíblico.
Foi o protestante quem se obrigou ao “Só a Bíblia”. É o protestante que deveria exigir para si mesmo textos bíblicos com a definição da própria Bíblia como única fonte de revelação, bem como a definição do Canon, a definição dos livros inspirados, a definição da Bíblia protestante como a mais adequada, a definição do seu tradutor e ainda a definição de que é o protestantismo a religião ou vertente cristã mais adequada.

 Eis a grande contradição. Para ser protestante ou assumir o protestantismo gritando “SÓ A BÍBLIA”, o crente tem que sair da Bíblia e dar crédito ao homem que pela própria Bíblia não é digno de confiança.

 2) Diz ainda o protestante: “Igreja não salva ninguém”
 “Todos podem interpretar a Bíblia com a assistência do Espírito Santo”
 “Não é o que pregador diz, mas o que diz a palavra”
 “Não há um só homem infalível”

 Incorpora o protestante à sua doutrina outras duas crenças:
“Quem aceita Jesus está salvo.”
“Uma vez salvo, sempre salvo.”

 Vamos analisar todas estas afirmações.
Se Igreja não salva ninguém, se todos podem interpretar a Bíblia e se não é possível confiar 100% no que o pregador diz, até porque para o protestante não há um só homem infalível, pergunta-se:

 Por que criam a cada dia mais e mais denominações se igreja parece ser o fator de menor importância para a salvação do homem ?
Por que fazem cultos se todos já estão salvos e se salvação não pode ser perdida ?
Por que precisam de pastores, templos, cd´s, dvd´s, se todos podem interpretar a Bíblia e se pregador e pregações não são “infalíveis” ?
E se o crente já está salvo e salvação não pode ser perdida, para que servem seus templos, pregadores e mesmo a leitura da Bíblia ?
Se alguém que já foi “salvo” deixar de ir a igreja perderá sua salvação ?
Se salvação não pode ser perdida, faz diferença ir ou não a Igreja ?
Faz diferença ler ou não ler a Bíblia se a salvação já está garantida ?
Alguém perde a salvação se não pagar o dízimo ?

 3) INTERPRETAÇÃO CATÓLICA

 Se todo e qualquer homem pode interpretar a Bíblia, por que apenas a interpretação católica estaria errada?
Se tudo está na Bíblia e apenas a interpretação católica é que está errada, pedimos a base bíblica que define que todas as interpretações protestantes estão certas e que apenas a interpretação católica está errada.
Pedimos ainda a base bíblica que comprovaria que todo e qualquer protestante conta com a assistência do Espírito Santo na interpretação pessoal da Bíblia e que a mesma assistência não aproveita aos católicos.

 Na Bíblia católica lemos que interpretação alguma é de caráter privado (Pedro) e assim “nossas” interpretações nunca estão certas ou erradas, porquanto não nos cabe fazer o que DEUS destinou tão e somente à sua Igreja.

 4) DENOMINAÇÕES PROTESTANTES

 Sabendo que o Espírito Santo não se divide, perguntamos por que tantas igrejas protestantes com tantas doutrinas divergentes entre si, se todos contam com a assistência do mesmo Espírito Santo em suas interpretações ?

 É possível que o Espírito Santo ensine a alguns o batismo e a outros não ? É possível que o Espírito Santo sopre no ouvido de alguém que o divórcio é lícito e para outro diga o contrário ?

 5) CONSTANTINO

 Diz o protestante que foi Constantino que fundou a Igreja Católica. Assim sendo, na visão protestante, se Constantino fundou uma igreja outros homens também poderiam fazê-lo. Pergunta-se:

 Onde está na Bíblia e somente na Bíblia, já que o protestante não admite outra fonte de revelação que, apenas a Igreja de Constantino estaria errada em sua interpretação ?
Aliás, onde está na Bíblia que foi Constantino que fundou a Igreja Católica ?

 E se apenas a interpretação da Igreja de Constantino é a única condenável, por que o protestante abraça as teorias “Sola Scriptura” e “Sola Fide” de Lutero, respectivamente, Só a Bíblia e Só a fé, sabendo que o mesmo era sacerdote da Igreja de “Constantino” e aparentemente tão e somente pretendia reformá-la para nela manter-se ?
 Tivesse a Igreja de “Constantino” abraçado as teorias de Lutero, de que igreja hoje fariam parte os protestantes ?
Quer dizer que o protestante abraça as teorias e “teologias” de um pretenso reformador da Igreja que ele considera ser a “Grande Babilônia” ?

 6) DIVERGÊNCIAS

 Como todos sabemos, e isto é fato, existem milhares ou milhões de doutrinas protestantes divergentes entre si. Pergunta-se o motivo pelo qual as divergências com os católicos são tidas como intoleráveis e no sentido inverso por que as divergências entre as milhares de denominações protestantes parecem ser irrelevantes ? Qual a base bíblica para citadas tolerância e intolerância ?

 7) HERESIAS

 Sabemos ainda que os protestantes atacam uns aos outros como hereges. Basta pesquisar rapidamente na Internet que encontramos acusações de toda a ordem. Não há quem não chamou ou quem não foi chamado de herege por outro protestante.

Pergunta-se: Se todos chamam uns aos outros de hereges e não raras vezes uns condenam as teorias dos outros, e, considerando que todo e qualquer protestante se diz salvo e diz ainda que salvação não pode ser perdida, pergunta-se se está correta a afirmação de que heresia não condena ninguém ao inferno ? Se heresia não condena ninguém ao inferno, por que os católicos “hereges” deveriam tornar-se protestantes ? Então o que salva o homem é o rótulo protestante ?
Como fica assim a afirmação de que placa de igreja não salva ninguém ?
 Se apenas as “heresias” católicas são passíveis de condenação ao inferno, e, considerando que o protestante grita “Só a Bíblia”, pergunta-se onde está na Bíblia que as “heresias” católicas e os católicos estão condenados e que as heresias protestantes e suas milhares de interpretações e denominações não trazem quaisquer prejuízos para a salvação ?
Onde está na Bíblia que para ser salvo o cidadão deve “aceitar” Jesus em um templo protestante ?

 8) INFALIBILIDADE

 Diz o protestante que não há um só homem infalível. Primeiro precisamos esclarecer que o protestante não sabe o que é infalibilidade. Ele confunde infalibilidade com impecabilidade. Mas não falaremos disto. Voltemos ao tema. Se não há um só homem infalível, pergunta-se: Como pretende o protestante convencer o católico de sua doutrina se ele mesmo condena que exista alguém confiável em matéria de fé e doutrina ? Por que o católico deveria lhe dar ouvidos se ele protestante já se definiu como alguém não confiável ? 

Antes mesmo de tentarem convencer os católicos a tornarem-se protestantes, não caberia aos filhos de Lutero a definição de uma só doutrina “verdadeira” entre as milhares ou milhões que existem no protestantismo ?

 9) PREGAÇÃO

 Se cada pessoa pode interpretar a Bíblia por conta própria com a assistência do Espírito Santo, se não há um só homem confiável em matéria de fé e doutrina e se a Bíblia é a única fonte de revelação, o que seria mais interessante para o protestante ?
Pregar para um católico que teoricamente poderia interpretar por conta própria e que não deve dar crédito a um protestante, já que não existe ninguém “infalível”, ou, deveria este protestante entregar ao católico uma Bíblia traduzida pelo “insuspeito” João Ferreira de Almeida para que o mesmo possa conhecer a “verdade” protestante em sua leitura privada com a assistência do Espírito Santo ?

 10) LUTERO I

 Diz o protestante que Lutero foi um “anjo”. Outros dizem que foi o “escolhido” por DEUS para consertar o que estava errado na Igreja. Nesta hora Constantino desaparece tão rápido como surgiu e a Igreja volta ser a Igreja. Tem protestante até mesmo citando Santo Agostinho ou São Tomás de Aquino. Deixa pra lá. Todavia, sabemos que a maioria não permaneceu com o “anjo”, “enviado” e “ungido” de DEUS. Pergunta-se:

 Se DEUS levantou Lutero para consertar os erros da “Grande Babilônia”, por que a maior parte dos protestantes continua fazendo a reforma que DEUS já teria feito ?
Acaso DEUS cometeu falhas na sua reforma ?
Qual a base bíblica para que o protestante dê as costas para o grande “ungido” do Senhor ?

 11) LUTERO II
Confrontado sobre Lutero, o protestante muda seu discurso e diz que Lutero foi apenas um pioneiro. Alguém que teria se revoltado contra os “desmandos” da Igreja Católica.

Outros mais debochados dizem que mesmo antes de Lutero já existiam outros grupos semelhantes.
 Só não lembram que Lutero estava entre aqueles que condenava tais grupos e contra alguns agiu inclusive com extrema violência.

 Mas em geral, acrescentam os protestantes que Lutero cometeu erros, razão pela qual grande parte seguiu Calvino, entre outros “mestres”.
Ora, se Lutero cometeu erros, e, pelo visto Lutero era homem pecador, seria plausível que entre os seus enganos estivessem os apontamentos que fez sobre a Igreja Católica e sobre sua doutrina ?
 Se Lutero comete erros, muitos dos quais condenados por outros “reformadores”, por que o protestante confia cegamente nas teorias do “Só a Bíblia” e “Sola Fide” de um pretenso reformador que era pecador, cometia erros e era membro da Igreja de Constantino que seria a grande Babilônia, sabendo ainda que contra este mesmo reformador pesam condenações de outros reformadores ?

 12) CATOLICISMO Diz o protestante que a Igreja Católica modificou a doutrina com o passar do tempo. Entretanto, parte dos protestantes diz que a Igreja Católica é dogmática. Nunca muda. Sempre arcaica.
Um outro grupo diz ainda que a Igreja precisa modernizar-se.
Pergunta-se: Seria possível que os protestantes ao menos concordassem nas críticas que fazem ao catolicismo ?

 Que todos os protestantes concordam que a Igreja Católica deve ser odiada por todos os protestantes isto todos já sabemos.
Mas será possível que até nas críticas contra a Igreja Católica não podemos encontrar unidade no protestantismo ?

 13) INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

 Diz o protestante que qualquer homem, com exceção dos católicos, pode interpretar a Bíblia. Ou podemos interpretar ?
De fato, na Igreja Católica, tal como nos ensina a Bíblia, nem todos são mestres ou intérpretes. Para nós apenas a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade (Timóteo).
 Diz ainda o protestante que todo e qualquer intérprete protestante da Bíblia conta com a assistência do Espírito Santo.
 No protestantismo como sabemos, todos são profetas, sacerdotes, ungidos, intérpretes, mestres e super papas, sendo que cada um é infalível para si mesmo, ou seja, cada protestante é infalível em sua doutrina pessoal que agrega Lutero, Calvino, Wesley, pregadores modernos, novidades Gospel, doutrinas pentecostais, doutrinas batistas e especialmente sua interpretação particular da Bíblia. Por vezes até encontramos protestantes citando os pais da Igreja que nesta hora deixa mais uma vez de ser a Igreja de Constantino.

 Todos são “infalíveis”. Basta um protestante discordar do outro que já surge o embrião de uma nova denominação.
Contrariado, o protestante que não reúne condições de fundar uma nova “igrejola”, faz beicinho, xinga, briga, larga família, troca de cônjuge e inicia o troca-troca de denominações.
 Ao final, cansado da Babel protestante, resolve declarar-se como sendo um “Sem Igreja” ou crente sem rótulo. Contudo, ainda assim, só para não fugir à regra, o crente que não integra qualquer denominação já está salvo e sendo que, esta mesma salvação, não pode nem mesmo ser perdida.

 De quebra este “sem igreja” também desenvolverá especial aversão ao catolicismo e muito embora denomine os demais protestantes como hereges ao mesmo tempo se dirá “irmão em Cristo” de todos eles!

Tem hora que o protestante segue a interpretação literal. Assim os protestantes nos exigem provas bíblicas do purgatório e da Assunção de Maria. Desconhece o protestante e infelizmente também grande parte dos católicos que, não estamos obrigados ao “Só a Bíblia” do infernal Lutero. Seguimos, além da Bíblia, o magistério da Igreja, coluna e sustentáculo da verdade e a transmissão oral. Todos tão importantes quanto os outros.

 Mas tem hora que o protestante deixa de ser literal e diz que determinada doutrina está implícita. É o caso da própria Trindade que a Igreja Católica sempre ensinou e os reformadores não contestaram e para a tal da Igreja invisível que nem mesmo está implícita e que parece reunir apenas protestantes e evangélicos de quaisquer denominações que tenham levantado o dedo em algum templo ou mesmo seita e que fizeram o favor de a”aceitar” Jesus, pouco importando o Cristo que cada uma delas pregue.

 Tem Jesus para todos os gostos e se alguém não gostar de nada é só abrir uma nova “igrejola” e pregar sua própria doutrina atribuindo-a ao verdadeiro Jesus. Hoje em dia é possível constatar nas principais doutrinas protestantes uma infinidade de Jesujes.

 Tem o Jesus do aborto, o Jesus do trízimo, o Jesus do débito automático, o Jesus patrocinador, o Jesus da prosperidade, o Jesus da confissão positiva, o Jesus da unção do zoológico e até mesmo o Jesus do evangelho judaizante.

 O protestante é literal quando lhe interessa. Quando se trata de algo que não pode provar ele abraça o subjetivismo, o tal do “implícito” e até mesmo descarta a Bíblia que jurou defender para abraçar outras literaturas, em especial, livros de seus pregadores ídolos.

 O protestante é literal para nos cobrar o batismo de crianças, por exemplo, mas não é literal para comer da carne de Jesus ou beber de seu sangue!

 E mesmo que a Bíblia afirme que a carne de Jesus é verdadeiramente comida e seu sangue verdadeiramente bebida e o próprio Jesus diga ser o Pão da Vida ou o Pão que veio do céu, ou mesmo que ele tenha nos ensinado o Pai Nosso, nestas ocasiões o protestante diz que o “verdadeiramente” da Bíblia é a mesma coisa que o “relativamente” protestante. Ou então dirá que a oração ensinada por Jesus é apenas um método e nada além disto.

 A Bíblia diz que a fé vem pelo ouvir. É por isto que nós católicos ouvimos a Igreja, coluna e sustentáculo da verdade. Não por acaso o eunuco da Bíblia pediu explicação. Se tenho que ouvir para ter fé é porque alguém tem que me ensinar.

Mas para o protestante a fé vem principalmente pela sua própria leitura. Lógico. Se o protestante rejeita a Igreja é evidente que a fé dele não poderia vir inteiramente pelo ouvir. O protestante pode até ouvir a teoria de um outro protestante. Mesmo assim esta doutrina aprendida de outro protestante pode vir a ser contestada em futuro próximo, tão logo aquele que excepcionalmente se fez aluno tenha recebido uma outra informação ou tenha feito uma leitura privada da Bíblia ou de outra literatura que de alguma forma tenha lhe transportado para outro “entendimento, naturalmente, sempre superior aos demais.”

 Por vezes, até mesmo a condenação de uma determinada doutrina protestante por outro pregador protestante já remete o crente a outro “entendimento” e aquilo que era “verdade” de uma hora para outra passa ser mentira.

O protestante é seletivo na leitura e no ouvir, acatando e descartando textos, pregadores, reformadores e traduções, conforme sua necessidade. O interessante é que o suposto “mentiroso” ou “ignorante” que pregou doutrina espúria e que tenha sido “descoberto” por outro protestante, continua sendo Irmão em Cristo mesmo que a divergência entre os dois protestantes seja colossal.

 Vejamos o exemplo, dos pregadores e das seitas que diziam ser sua santidade João Paulo II a besta do apocalipse.

A mesma situação se verifica nas seitas e pregadores que diziam que Jesus retornaria no ano de 2007. Tais “profecias” protestantes não se cumpriram e os pregadores e seitas responsáveis continuam gozando da mesma “confiança”, estima e por vezes gozam de prestígio ainda maior do que antes. E todos continuam sendo “irmãos em Cristo”.

Tem hora que o protestante segue Lutero como no caso do Sola Fide e Sola Bíblia. Tem hora que o protestante rejeita Lutero como no caso da devoção a Virgem Maria e nos sacramentos.

 Tem hora que o protestante abraça Calvino. E tem hora que o rejeita como no caso da necessidade da Igreja para a salvação do homem. Tem hora que o protestante usa o grego. Outra hora usa o aramaico e outra hora usa o hebraico. E depois de tudo isto, diz o protestante que qualquer um pode interpretar a Bíblia.

Ora, se a própria Bíblia protestante não define quando se deve ser literal ou quando se deve adotar as teorias dos “implícitos” e “explícitos”, e, se todos precisam conhecer Lutero e Calvino e ainda entender de grego, aramaico e hebraico, é no mínimo repugnante que alguém de fato acredite que todos podem ser mestres e doutores da lei ou que a Bíblia seja de fácil interpretação.

 Mas isto é protestantismo, onde nada precisa fazer sentido, onde nada é o que parece ser e tudo que deveria ser não é.

Quem está certo ?

O eunuco da Bíblia que pede explicação porque não consegue entender as escrituras ou o protestante que rejeita tal doutrina ?

Quem está certo ?

O católico que acata o texto bíblico que define a Igreja como coluna e sustentáculo da verdade ou o protestante que não consegue nem mesmo concordar com outro protestante em matéria de fé e doutrina ?