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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Crenças estranhas produzidas pelo Preterismo


Crenças estranhas produzidas pelo Preterismo



A Teologia Escatológica, que durante séculos recebeu atenção honrosa pelos incansáveis estudos sobre a doutrina das últimas coisas, nos deixando um tesouro de valor inestimável através de exaustivas pesquisas realizadas por todos os ramos da cristandade, está agora sob ataque liderado por uma estranha heresia chamada Preterismo, que tomou impulso nos últimos trinta anos. Preterismo significa passado. O termo preterismo inverte o significado de profecia para o fim dos tempos.  Em outras palavras, o Preterismo ensina que Mateus 24, pelo menos até o versículo 34, foi cumprido quando Jesus veio em julgamento sobre Jerusalém em 66-70 DC. Além disso, segundo eles, muitas partes do Apocalipse são vistos como coisas que já foram cumpridas. Afirmam que as profecias dizem respeito aos infortúnios advindos sobre Jerusalém em 70 DC, que denominam de a Grande Babilônia, julgada por Jesus em Apocalipse 18.
“O entendimento preterista afeta grandemente eventos, personalidades e cronologias. Se o Preterismo é verdade, (não é), então a nossa visão do passado e futuro tornou-se obsoleta, caiu em desuso, e nós fomos enganados no que aprendemos até hoje; toda a cristandade foi enganada naquilo que tem sido levada a acreditar até este ponto” (1). Se a visão preterista é real, então a teologia profética escatológica tem produzido algo muito diferente até aqui sobre a doutrina das ultimas coisas.
A lista a seguir inclui muitas  crenças estranhas produzidas pelo Preterismo:
“1 – Mateus 24 e o livro do Apocalipse foram cumpridos. A destruição de Jerusalém foi a Grande Tribulação, juntamente com a perseguição dos crentes, não vai ser repetida e, portanto, não é um evento futuro.
2 –  A Grande Apostasia aconteceu no primeiro século. Portanto, não temos garantia bíblica em esperar a apostasia aumentando à medida que progride a história; ao invés disso, devemos esperar  a cristianização crescente do mundo.
3 –  Os Últimos Dias é uma expressão bíblica para o período entre o Advento de Cristo e da destruição de Jerusalém no ano 70 DC: os últimos dias “de Israel”. Muitos até chegaram ao absurdo de concluir que a segunda vinda do Senhor Jesus ocorreu espiritualmente através dos atos do exército romano que destruiu Jerusalém e o Templo em 70 DC.
4 –  O Anticristo é um termo usado por João para descrever a ampla apostasia da igreja cristã antes da queda de Jerusalém em geral, qualquer professor ou sistema apóstata pode ser chamado de  anticristo; a palavra não se refere a algum Fuhrer futuro.
5 – O Arrebatamento, a subida dos santos para encontrar o  Senhor nos ares, também não existe mais, pois para muitos preteristas ela já ocorreu ou tem outro significado. A Bíblia não ensina qualquer separação entre a Segunda Vinda e o arrebatamento, pois eles são simplesmente diferentes aspectos do Último Dia.
6)  A Besta do  Apocalipse era um símbolo de  Nero em particular, e do Império Romano em geral.
7)  O Falso Profeta de Apocalipse não era outro senão a liderança do apóstata Israel, que rejeitaram a Cristo e adoraram a besta.
8)  A grande prostituta  do Apocalipse foi Jerusalém, que caiu em apostasia  perseguindo os profetas, tinha deixado de ser a Cidade de Deus.
9) O milênio, para o  preterismo radical é o Reino de Jesus Cristo que Ele estabeleceu no seu primeiro advento. Ou seja, o milênio está acontecendo agora, com os cristãos reinando como reis da terra. Outros, que são pós-milenistas, interpretam o milênio como um estágio futuro da história. Embora o Reino já esteja inaugurado, haverá ainda o dia do maior derramamento do Espírito que a igreja já experimentou.
10)  A Primeira Ressurreição  de Apocalipse 20:5 é uma “ressurreição espiritual: nossa justificação e regeneração em Cristo”
11)  Em contraste com a fidelidade eventual e capacitação pelo Espírito Santo da Igreja, o Israel étnico foi excomungado por sua apostasia e jamais voltará a ser o Reino de Deus. Assim, segundo muitos preteristas, a Bíblia não aponta qualquer plano futuro para Israel como uma nação especial. A Igreja é agora a nova nação (Mt 21:43). É por isso que Cristo destruiu o Estado judeu. Ao destruir Israel, Cristo transferiu as bênçãos do reino de Israel para um novo povo, a igreja.  A Nova Jerusalém, a Cidade de Deus, é a Igreja, agora e para sempre.
12 – A Grande Apostasia, dizem eles,  refere-se ao último suspiro de Satanás na história (Apoc 20:7-10). O Dragão será solto por um curto período de tempo, a enganar as nações em sua última tentativa para derrubar o Reino. Essa é a descrição da Grande Apostasia para os Preteristas.
13 – O Armagedon foi para João um símbolo de derrota e desolação,  significando a derrota daqueles que se colocam contra Deus, que obedecem a falsos profetas em vez da verdade. Nunca houve ou haverá uma Batalha do Armagedom literal, pois não há tal lugar” (2).
A Resistência Preterista
Se olharmos atentamente para cada sentença preterista citada acima, chegamos a conclusão de que o diabo e seus anjos não mais estão travando guerra com os crentes como diz a Escritura (I Cor 10:20; II Cor 11:14; Efésios 6:10-18; I Pedro 5:8). A doutrina preterista conclui que o diabo, anjos caídos e demônios estão queimando no lago de fogo.
Examinando toda essa lista de heresias mortíferas descobrimos  também que o Preterismo  nega a ressurreição dos crentes, o que consequentemente desaparece com a doutrina do arrebatamento dos que morrem em Cristo. Paulo chama isso de  heresia (I Tim 1:20; II Tim 2:17), quando cita dois perturbadores na Igreja que disseminaram uma estranha doutrina. E ele alerta sobre aquilo  que estes homens plantaram como sendo extremamente maligno, pois corroía como câncer. Pelo simples fato de ensinarem “que a ressurreição era já feita,  perverteram a fé de alguns”, verso 17.
“Uma maneira simples de provar que a ressurreição corporal inda não ocorreu é tentar apenas desenterrar os ossos de um crente que viveu antes de 70 DC. Como seus ossos ainda estão lá a ressurreição não aconteceu. Os preteristas tentam escapar desta prova absoluta, alegando que a ressurreição não é uma ressurreição corporal. Ao fazer isso, eles negam a ressurreição corporal dos crentes cavando ainda mais profundamente o próprio buraco” (3).
Com esse descuido doutrinário extremo o Preterismo anula a doutrina do Milênio negando que reinaremos com Cristo por Mil anos, pois ensinam que já estamos no milênio governando com o Senhor. Assim, e diante dos próprios  argumentos, o preterismo é obrigado a confessar que Jesus já voltou. Mas, será mesmo que a Segunda Vinda de Jesus ocorreu em  70 DC? Encontre a resposta no meu artigo Porque o Tempo está Próximo
O Preterismo e as Escrituras
Como conciliar o Preterismo com as Escrituras? Como vimos, os preteristas alegam que todas as referências na Bíblia para os “últimos dias” diz respeito aos “últimos dias” de Israel em 70 DC, quando Jerusalém foi destruída pelo exército romano, o que significa que hoje Israel supostamente não tem mais relevância do que o continente perdido da Atlântida. Como poderiam explicar que, Jerusalém/Israel,  a Babilônia de Apocalipse, como a intitulam, destruída para sempre como diz a interpretação profética preterista, não desapareceu do mapa, mas pode hoje ser vista entre as nações a todo vapor?
Não dizem os preteristas que Apocalipse é uma referência para a queda de Jerusalém, e que ela nunca iria se reerguer novamente?
Apocalipse 18
21 E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada.
22 E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de flautistas, e de trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de mó em ti não se ouvirá mais;
23 E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias.
Para ambos os preteristas, integrais e parciais, quase nada é tomado literalmente. A maioria das profecias devem ser interpretadas de maneira alegórica ou simbólica, especialmente o Livro do Apocalipse. Ou seja, eles simbolizam o que deve ser literal e aplicam uma interpretação literal àquilo que é símbolo. Para todos os preteristas, o Sermão do Monte não inclui profecias  relacionadas à vinda do Messias, mas discorre apenas sobre a destruição de Jerusalém. Alegam que Apocalipse não foi escrito em 95 DC, mas muito mais cedo e é um complemento de Mateus 24 e referências. Os preteristas parciais acreditam em uma segunda vinda e a ressurreição dos crentes (mas não no Arrebatamento), juntamente com um “tribunal de Cristo”. Eles não acreditam em um milênio literal, Batalha do Armagedom, o Anticristo literal, ou um papel para a nação de Israel.
E aqui entram mais algumas questões: Como eles interpretam Mateus 24:21, onde está registrado que o “anticristo” assina um tratado de paz de sete anos com Israel? O que fariam com os muitos cenários pós 70 AD que foram piores, incluindo a Segunda Guerra Mundial? Como poderiam resolver as profecias do Livro de Zacarias quando diz que todas as nações do mundo vêm contra Jerusalém, se em 70 DC apenas Roma entra no cenário de ataque? Além do mais, o contexto em Zacarias diz que estas nações serão destruídas, que Israel sairá vitorioso. Ali é descrito que a batalha implica numa reunião de “todas as nações”e “os reis da terra” e isso nunca aconteceu no primeiro século. Nesta batalha Deus vai “defender os moradores de Jerusalém” (Zacarias 12:8) e destruir as nações que “vierem contra a Cidade Santa” (Zacarias 12:9, 14:3) – não foi isso que aconteceu em 70 DC. Em 70 DC, os judeus como uma nação não se voltou para o Messias, conforme profetizado em Zacarias 12:10. Se todos estes acontecimentos tiveram lugar em 70 DC, deve-se perguntar: Quando as nações foram julgadas conforme descrito em Mateus 25:31-46?
O Preterismo se atrapalha naquilo que é literal e distroe o que é simbólico, incluindo o Milênio. Eles acreditam que nós estamos agora no “Reino de Cristo”, o que  tem sido desde os dias da igreja primitiva. Satanás está preso, dizem eles, apesar de Pedro declarar que ele anda ao derredor rugindo como leão. Não importa que a terra esteja sofrendo com a dor, tristeza, desastres, e os governos ímpios sob o comunismo radical. Mais de 50 milhões de crentes morreram desde 70 AD e houve 15.000 guerras – como pode isto ser “o Reino de Cristo”, o reino de paz, estabelecido pelo milênio?
Uma vez que, de acordo com os preteristas, “Jesus” não está voltando, tem de se perguntar: E sobre as Escrituras, tais como Atos 1:11, que diz, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir?”. Este deve ser um desafio para os “preteristas completos” que acreditam que ele voltou em 70 DC.
E quanto a Nero? Obviamente  ele não poderia ter sido o anticristo; ele morreu em 68 DC, portanto, antes da destruição de Jerusalém. Ele era um imperador mal, de fato, mas ele não chega nem perto de ser o “rei de semblante feroz” de Daniel 8:23. Além do mais,  ele não fez nenhum pacto com Israel (Daniel 9:26, 27). Dispensacionalistas acreditam que ele será destruído pelo Rei dos reis, o que não aconteceu com Nero, que se suicidou. Antes disso, ele não emitiu nenhuma “marca” e as pessoas podiam comprar e vender. Ele nunca se sentou no Templo declarando-se Deus, exigindo ser adorado (2 Tes. 2:4) pelo simples fato de nunca ter estado em Jerusalém.
De onde vieram os mortos da tribulação nos versos 13 e 14 do capitulo 7? O texto diz que eles vieram de todas as tribos, línguas e nações. Ora, por que de todas tribos línguas e nações se a história confirma que os dizimados pelo  exército romano em 70 DC eram judeus?
Muitos dos argumentos apresentados pelos preteristas  parecem ter algum mérito inicial quando observados pela visão ignorante das Escrituras. Porém, se fazemos uma análise mais aprofundada, o que parece ter mérito  revela-se sem mérito.
Os Preteristas tem construído sua doutrina sobre uma suposição equivocada, pois tentam “provar” a partir de textos diversos, que a profecia bíblica teve sua realização dentro de cerca de 40 anos do primeiro advento de Cristo. Ou seja, a maioria das profecias consideradas como previsões para o fim dos tempos tiveram já seu cumprimento final em 70 DC com a invasão do exército romano em Jerusalém. Há muitas implicações, tanto teológica e prática, que exigiria um grande ajuste para a fé cristã se eles estiverem certos. No entanto, desde que os seus argumentos estão incorretos, não há preocupação para tal.
Aqueles que acreditam que Cristo veio no ano 70 DC, certamente não  estão esperando nosso Senhor a qualquer momento, retorno que terá como ponto principal o arrebatamento da igreja. Imagino como deve ser terrível para um preterista, que sem se preocupar com qualquer sinal ou aviso antes deste evento abençoado, nem percebe que está  tremendamente equivocado.

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