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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Jejum


Jejum

O JEJUM NO VELHO TESTAMENTO

Encontramos várias modalidades de jejuns no V.T.: 

A. Jejum involuntário: São os ocasionados por circunstâncias especiais:

1. Moisés, quando esteve 40 dias no Monte Sinai: 
Ex. 34.28; Deut. 9.9. O que estava acontecendo, 
não dava para pensar em comida. 
2. Elias, quando caminhava para Horebe: 
1 Reis 19.8.

3. Jesus, no deserto da tentação: 
Mat. 4.2; Marc. 1.13; Luc. 4.2.

4. Paulo: 
2 Cor. 6.5.

B. Jejum voluntário, por motivos religiosos:

1. No Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia), não aparece a palavra “jejum”, senão indiretamente nos textos de Lev.16.29 e Num. 29.7: “afligireis as vossas almas”. 
2. A palavra aparece pela primeira vez em 2 Samuel 12.16-22, quando Davi recusa alimento, buscando a cura do filho. O problema foi gerado pelo pecado de Davi.

3. Nos últimos escritos do Velho Testamento é que vamos encontrar o assunto com mais freqüência: Esd.8.21; Neem. 9.1; Ester 4.3; Salmo 35.13; 69.10;109.24; Dan. 6.18; 9.3.

C. Jejum por motivos especiais:

1. Durante calamidades públicas: Jer. 36.9 (36.1-32)

2. Para humilhar a alma: Salmo 35.13; 69.10

3. Para humilhação: Esd. 8.21

4. Para tristeza: 1 Sam. 31.13

5. Para atrair a misericórdia Divina: Is. 58.3,4.

6. Para manifestar a Deus o peso de culpas por pecados cometidos pelo povo: 1 Sam. 7.6; 1 Reis 21.9,12.

7. Programações nacionais de jejuns: Zac. 8.19 e sgts., 2 Reis 25.1; Jer. 52.6,7; 2 Reis 25.8,9,25.

 O JEJUM NO NOVO TESTAMENTO 

 No novo testamento, o jejum também é uma pratica da igreja cristã. Dois textos nos evangelhos citam uma explicação de Jesus que parece ser algo novo sobre a ação do jejum no individuo que o faz. Vale enfatizar que os jejuns que aparecem nos textos do antigo testamento e que reflete os tempos antigos da historia de Israel mostram algo coletivo, feito por todo o povo, já no novo testamento, vê-se um jejum individual, apenas em algum momento feito por toda comunidade.
A. Menciona que Ana servia a Deus com jejuns e orações: Luc. 2.37. 
B. Os fariseus jejuavam duas vezes por semana: Luc. 18.12.

C. Os discípulos de Jesus não jejuavam enquanto estavam com Ele: at. 9.14,15; Marc. 2.18,19; Luc. 5.33-35.

D. Jesus menciona a necessidade do jejum para expelir demônios: Mat. 17.21,22.

E. Depois da ressurreição de Cristo, aparecem as seguintes menções de Jejum: Atos 13.3; 14.23; 27.9; 2 Cor. 6.5; 11.27.

 APLICAÇÃO DA DOUTRINA DO VELHO TESTAMENTO AO NOVO

A. As finalidades e motivos do jejum do Velho Testamento não servem para o crente do Novo Testamento, uma vez que isso seria “obra da carne”. Todo sacrifício já foi feito por Cristo. 
B. Não é pela “aflição da alma” que nos aproximamos de Deus, mas pelo “novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu” (Heb.10.19-10).

C. Não é pela autopunição, porque Cristo já levou os nossos pecados.

D. A experiência de Paulo mencionada em 2 Cor. 6.5, não é clara. Parece mais um jejum por falta de alimento.

E. Todas as vezes que aparece o assunto no Novo Testamento, está ligado à oração – oração e jejum – oportunidade para orar sem se preocupar com alimentação. Portanto, o jejum simples, sem oração, não tem valor.

F. Todos os casos do Novo Testamento estão ligados a uma situação especial e não representam uma prática normal da vida cristã. E esses casos especiais, são:

1. Para expulsar demônios (Mat. 17.21,22);

2. Para enviar missionários (Atos 13.2-3).

Nota: É curioso que, na eleição de diáconos, os apóstolos se dedicariam ao ministério da oração e da Palavra. Não se menciona o ministério do jejum (Atos 6.4).

G. Nas recomendações aos cristãos gentios, não aparece a menção do jejum (Atos 15.28,29).

CONCLUSÕES.
Resta-nos, finalmente, relacionar algumas vantagens e desvantagens do jejum:

A. Vantagens

1. Deixa a mente mais à vontade para concentração;

2. Dá mais disposição mental para a oração;

3. Facilita mais o sentimento;

4. Estômago vazio, até para pregar é melhor.

B. Desvantagens

1. Dependendo da estrutura emocional da pessoa, pode ocasionar vertigens e outros fenômenos mentais.

2. Padres e freiras têm tido visões de “Nossa Senhora” durante períodos prolongados de jejuns.

3. Se praticado com freqüência, pode confundir a experiência espiritual com fenômenos mentais.

4. Por outro lado, a prática do jejum puro e simples, pode substituir a graça de Cristo pelo sacrifício físico, o que é uma heresia católica.

 CONCLUSÃO GERAL .
O jejum é um assunto pessoal de cada crente. Não deve ser implantado como prática nas igrejas. Se alguém quiser praticá-lo, que o faça sozinho, sem querer impô-lo aos outros. E, ainda assim, que seja usado unicamente com a finalidade de oração e enquanto estiver orando. Jejum sem oração, simplesmente jejum, é carnalidade.

Um comentário:

Flávia Montenegro disse...

Muito interessante esse estudo Itamar
Para aqueles que tem dúvida e quer ter a certeza da função do verdadeiro jejum.