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terça-feira, 30 de junho de 2015

O SACERDOTE NA BÍBLIA


O SACERDOTE NA BÍBLIA

No Novo Testamento, as poucas passagens nos evangelhos em que ocorre a palavra sacerdote referem-se apenas ao sacerdócio judaico. Em relação com o Cristianismo, o termo “sacerdote” nunca é aplicado senão a Jesus Cristo. As funções sacerdotais, relacionadas com o sacrifício e a intercessão, acham-se, freqüentemente, no Novo Testamento em conexão com Jesus Cristo (Mt 20.28; Rm 8.34; Ap 1.5); mas somente na epístola aos Hebreus, é que estas funções lhe são atribuídas como sacerdote. O sacerdócio de Cristo é a nota tônica da epístola aos Hebreus, e emprega-se para mostrar a diferença entre a imaturidade e a maturidade espiritual.
Aqueles que conhecem Jesus Cristo como Salvador têm um conhecimento elementar do mesmo Jesus como Redentor; mas os que o conhecem como Sacerdote são considerados como possuidores de maior conhecimento e experiência. A redenção é, em grande parte, negativa, implicando livramento do pecado; mas o sacerdócio é inteiramente positivo, envolvendo o acesso a Deus.
Os cristãos hebreus conheciam Cristo como Redentor, mas deviam também conhecê-Lo como Sacerdote, oferecendo-se então a oportunidade de um livre e corajoso acesso a Deus em todos os tempos. Este sacerdócio de Cristo acha-se associado com o de Melquisedeque, um sacerdócio misterioso, que vem mencionado em Gn 14, e recordado em tempos posteriores no Salmo 110. O argumento da epistola aos Hebreus é que o fato de ter sido mencionado naquele Salmo um sacerdócio diferente do de Arão, era uma prova de que alguma coisa superior ao sacerdócio de Arão era necessária. O sacerdócio de Melquisedeque é referido para explicar a pessoa Divina do sacerdote, sendo a sua obra ilustrada com o sacerdócio arônico, visto como não havia uma obra sacerdotal em conexão com Melquisedeque.
O sacerdócio de Cristo é considerado como estável e eterno, não sendo jamais delegado a qualquer outra pessoa (Hb 7.24). E este caráter do sacerdócio é devido ao fato de que o sacrifício de Jesus Cristo é superior aos sacrifícios do Antigo Testamento, pois é completo, espiritual e eficaz para a redenção (Hb 9.12 a 14; 10.11 a 14). Deste modo o sacerdócio de Cristo nos ensina aquela grande verdade de que o Cristianismo é a “religião do acesso ; e revela-se isso na exortação “aproximai-vos”.
Em Cristo todos os crentes são considerados como sacerdotes; mas o ministro do Evangelho, distinto na verdade do leigo, nunca no Novo Testamento é mencionado como sacerdote. Ele é o presbítero ou o ancião, palavras que têm uma idéia inteiramente diferente. Mesmo o sacerdócio, na referência aos crentes, nunca está associado com os cristãos individuais, mas tem-se em vista a sua capacidade de corporação: “sacerdócio santo” (1Pe 2.5). A verdade fundamental a respeito do sacerdócio no Novo Testamento  é esta: O Servo é um sacerdote!
> Informações completas, compiladas da Bíblia sobre o SACERDOTE:

a) Primeira menção de pessoas a agirem como Sacerdote. Gn 4:3.4b) Durante o período patriarcal, os chefes agiam como tais. Gn 8:20: 12:8: 35:7c) Após o Êxodo, certos jovens (primogênitos) fora, nomeados para agirem como tais. Ex 23:5 com, 19:22d) Os filhos de Arão nomeados sumo sacerdotes por estatuto perpetuo. Ex 29:9: 40:15e) Todos, com exceção da descendência de Arão. Excluídos do sacerdócio levíticoNm 3:10; 16:40: 16:7f) Santificados por Deus para o oficio. Ex 29:44g) Publicamente consagrados. Ex 28:3; Nm 3:3
> Cerimônia de Consagração:a) Lavagem em água, Ex 29:4: Lv 8:6b) Vestir em vestes santas  Éx. 29:8.9: 40:14: Lv 8:13c) Ungir com óleo. Ex 30:30: 40:13d) Oferecer sacrifícios, Ex 29:10-19: 8:14-23e) Purificação pelo sangue do carneiro da consagração. Ex 29:20.21: Lv8:23.24e) Imposição das mãos sobre, a oferta movida. Éx 29:22-24: Lv 8:25-27f) Participar dos sacrifícios da consagração, Ex 29:31-33: Lv 8:31,32g) Duravam sete dias. Éx. 29:35-37: Lv 8:33h) Tinham de ficar no tabernáculo sete dias após sua consagração. Lv 8:33-36i) Nenhuma Pessoa, defeituosa podia ser consagrada para o sacerdócio levítico. Lv 21:17-23j) Era necessário provar a genealogia, antes de exercer o oficio. Ed 2:62: Nm 7:64
> Suas Vestes:
a) Túnica. Ex 28:40: 39:27b) Cinto. Ex 20:40c) Tiaras, Ex 28.40: 39:28d) Calções de linho. Ex 28:42: 39:28e) Usadas na consagração, Ex. 29:9: 40:15f) Sempre usadas enquanto oficiavam no tabernáculo. Is 28:43: 39:41g) Usadas pelo sumo-sacerdote no dia da expiação. Lv 16:4h) Purificadas por sangue aspergido Ex 29:21i) Guardadas em câmara santa. Ex 44:19j) Freqüentemente providas pelo povo. Ed 2:68,69: Nm 7:70.72k) Era necessário lavar-se na bacia de bronze antes de realizarem seu serviço. Ex 30:17.21
> Seus serviços:a) Tomar conta do tabernáculo, etc Nm 18:1,5.7b) Cobrir os objetos sagrados do santuário antes de sua remoção. Nm 4:5-15c) Oferecimento de sacrificio.. Lv cap. 1 a 6; 2 Cr 29:34: 35:11d) Acender e conservar em ordem as lâmpadas do santuário. Ex 27:20.21; Lv 24:3.4e) Conservar sempre aceso, o fogo do altar, Lv 6:12.13f) Queimar o Incenso. Ex 30:7.8: Lc 1:9g) Colocar e remover os pães da  proposição. Lv 24:5-9h) Oferecer os primeiros frutos. Lv 23:10.11; Dt 26:3.4i) Abençoar o povo. Nm 6:23-27j) Purificar os imundos.. Lv 15:30.31k) Decidir os casos de ciúme. Nm 5:14.15l) Decidir os casos de lepra. Lv 13:2-59: 4:34-45m) Julgar os casos de controvérsia. Dt 17:9-13; 21:5n) Ensinar a lei. Dt 33:0.10: Ml 2:7o) Tocar as trombeta em várias ocasiões. Nm 10:1-10: Is 6:3.4p) Transportar a arca. Js 3:6.17; 6:12q) Encorajar a povo, ao irem à guerra. Dt 20:1-4r) Avaliar as coisas devotadas. Lv 27:8s) Tinham de viver do altar, visto que não possuíam herança. Dt 18:1.2; 1 Co 9:13
> Viviam sobre leis especiais:a) Não podiam casar-se oca mulheres divorciadas ou impróprias. Lv 21:7b) Não podiam contaminar-se pelos mortos, exceto pelos parentes mais próximos. Lv 21:1-6c) Não podiam beber vinho, etc., enquanto estivessem servindo no tabernáculo. Lv 10:9; Ez 44:21d) Não podiam contaminar-se, comendo o que tinha morrido por si mesmo. Lv 22:8e) Enquanto estivessem imundos, não podiam realizar qualquer serviço. Lv 22:1.2 com Nm 19:6.7f) Enquanto estivessem imundos, não podiam comer das coisas santas. Lv 22.3-7g) Nenhum hospede ou servo contratado podia comer de sua porção. Lv 22:10h) Todos os servos comprados os nascidos na casa, podiam comer de sua porção. Lv 22:11i) Seus filhos, casados com estranhos, não podiam comer sua porção. Lv 22:12j) As pessoas que ignorantemente comessem de suas coisas santas, tinham de fazer, restituição. Lv 22:14-16k) Divididos por Davi em vinte e quatro turmas.  Cr 24:1-19; 2 Cr 8:14; 35:4.5l) As quatro turmas que voltaram da Babilônia subdividiram-se em vinte e quatro. Ed 2:36-39   com Lc 1:5m) Cada turma tinha seu Iíder. 1Cr  24.6,31:  2Cr 36:14n) Seus serviços divididos por sorte.  Lc 1:9o) Castigo para quem invadisse seu oficio. Nm 16.1-35; 10:7; 2Cr 26:16-21p) Em ocasiões especiais, pessoas não pertencentes à família de Arão agiram como sacerdotes Jz 6:24-27; 1Sm  7:9; 1Rs 18:33
Foram algumas vezes:a) Foram cobiçosos. 1Sm 2:13-17b) Foram beberrões. Is  28:7c) Foram profano, e ímpios. 1Sm 2:22-24d) Focam injustos. Jr 6:13e) Foram corruptores da lei. Is 28:7 com Ml 2:8f) Foram lentos em santificar-se ao serviço de Deus.. 1Cr 29:34g) Geralmente participavam com o povo, em seu castigo. Jr 14:10;  Lm 2:20h) Ou mais vis do povo feitos sacerdotes por Jeroboão e outros. 1Rs 12:31; 2Rs 17:32i) Suas cerimônias, ineficaz para remover o pecado. Hb 7:11; 10:11
Ilustram:a) Cristo. Hb 10:11.12b) Os Santos.. Ex 19:6: 1Pe 2:9
Leis referentes: 
Is 29:1; 40:15; Lv 10:9; 21:1; Ed 7:24; Ne 7:65
Deviam ser santos:
Ex 19:22; Lv 
10:3; 21:6;  22:9; 2Cr 6:41; Is 52:11; Ml 2:7
> Alguns Idolatras. Exemplo:
Jz 17:5; 1 Sm 5:5; 1Rs 12:31; 13; 2 Rs 10:11; 11:18; 23:5.20
Seus Alimentos: 
Ex. 29:32; Lv 6:16; 7:6.15; 8:31; 10:12,17;  24:9: Nm 18:31
Sua Herança: 
Nm 18:20; 26:62; Dt 10:9; 12:12; 14:27; 18:2; Js 13:14; 14:3; 18:7; 
Ez 44:28; 45:4.
Sumo Sacerdotes:a) Especialmente chamado por Deus. Ex 28:1.2;  Hb 5:4b) Consagrado para seu oficio. Ex 40:13; Lv 8.12
Era chamado de:
a) O sacerdote. Ex 29:30; Ne 7:65b) Sumo-sacerdote de Deus. At 23:4c) Príncipe do povo. Ex 22:28 com At 23:5d) Seu oficio. Hereditário. Ex 29:29e) Segundo em categoria, após o rei. Lm 2.6f) Freqüentemente exercia poder civil principal. 1 Sm 4:18
Seus Deveres:
a) Oferecer dons e sacrifícios. Hb 5:1b) Acender as lâmpadas sagrada.  Ex 30.8; Nm 8:3c) Fazer expiação ao santo dos  Santos, uma vez por ano. Lv 16; Hb 9:7d) Apresentar ao Senhor os nomes das tribos de Israel, como memorial.
Ex 28:12,29
e) Interrogar a vontade de Deus pelo Urim e Tumim.  1 Sm 23:9-12: 30:7.8f) Consagrar os levitas. Nm 8:11-21g) Nomear sacerdotes aos, diversos ofícios. 1 Sm 2.36h) Cuidar do dinheiro coligido no tesouro sagrado. 2 Rs 12:10; 22:4i) Presidir o tribunal superior.  Mt 26:3.57-62; At 5.21-28; 23.1-5j) Fazer o recenseamento do povo.  Nm 1:3k) Abençoar o povo. Lv 9:22.23l) Algumas vezes capacitado a profetizar. Jô 11.49-52
> Comissionado:a) Chamado de segundo sacerdote. 2 Rs 25:18 b) Exercia supervisão sobre o tabernáculo. Nm 4.16c) Exercia supervisão sobre os levita.. Nm 3:32 d) Precisava casar-se com uma virgem da família de Arão.  Lv 21.13,14e) Proibido lamentar quem quer que fosse. Lv 21:10-12f) Devia ser terno e compassivo. Hb 5:2g) Precisava oferecer sacrifício por si mesmo. Hb 5:1-3
Tipificava Cristoa) Por ser chamado por Deus. Hb 5:4,5b) Por seu título. Hb 3:1c) Por sua nomeação. ls 61:1; Jo 1:32-34d) Por fazer expiação.  Lv 16:33: Hb 2:17e) Por suas vestes esplendidas. Ex 28:2 com Jo 1:14f) Por estar sujeito à tentação, Hb 2:18g) Por sua compaixão e simpatia pelos pobres e ignorantes. Hb 4.15; 5.1,2h) Por casar-se com uma virgem. Lv 21:13.14; 2 Co 11:2i) Pela santidade de seu oficio. Lv 21:15 com Hb 7:26j) Por realizar sozinho todo o culto no dia da expiação. Lv 16 com Hb 1:3k) Por trazer os nomes das tribos de Israel sobre o coração.
Ex 28.29 com Ct 8.6
l)Porque só ele entrava no santo dos Santos.
Hb 9.27 com vers. 12,24 e Hb 4.14
m) Por sua intercessão. Nm 16:43-48: Hb 7:25 n) Por sua benção. Lv 9.22,23; At 3.26
Inferior a Cristoa) Por necessitar de expiação para seus  próprios pecados.
Hb 5:2,3; 7:26-28; 9:7
b) Por ser da ordem de Arão. Hb 6:20; 7:11-17; 8:4.5 com vers. 1.2,6c) Por ser sem juramento. Hb 7:20-22d) Por são ser capaz de continuar. Hb 7.23,24e) Por oferecer continuamente o mesmo sacrifício. Hb 9:25,26,28; 10:11,12,14f) Por entrar anualmente no santo dos Santos. Hb 9.7,11,15.




Graça"... é dom de Deus ..."


Graça

Em Gênesis 14:13-24, Abraão retorna do resgate dos habitantes de Sodoma e o rei da cidade, agradecido, diz-lhe: "Dá-me as pessoas, e os bens ficarão contigo" (21). Mas Abraão replica: "... nada tomarei de tudo o que te pertence, nem um fio, nem uma correia de sandália, para que não digas: Eu enriqueci Abraão" (23). Fazendo isso, Abraão faz saber que ele não será devedor ao rei de Sodoma. Sua ação para recuperar os bens e as pessoas não foi para ganhar uma recompensa, ou porque devesse alguma coisa ao rei de Sodoma.
A mesma atitude é vista no tratamento de Deus conosco e é demonstrada em seu tratamento com Israel. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9).
"...pela graça sois salvos mediante a fé..."
A sabedoria do mundo nos diz que simplesmente temos que crer ("mediante a fé") e que Deus nos salva ("pela graça"). Contudo, uma comparação deste versículo com exemplos do Velho Testamento mostra a verdadeira mensagem que Paulo está reapresentando.
"... e isto não vem de vós ...
Quando os israelitas estavam quase entrando na terra prometida, tirando os povos dali , Moisés lhes disse "Quando, pois, o SENHOR, teu Deus, os tiver lançado de diante de ti, não digas no teu coração: Por causa da minha justiça é que o SENHOR me trouxe a esta terra para a possuir..." (Deuteronômio 9:4). Aos israelitas foi dito que tirassem da cabeça que estavam recebendo a terra prometida porque eram bons! Do mesmo modo, nossa salvação não é por sermos tão justos por nós mesmos que, de algum modo, a mereçamos.
"... é dom de Deus ..."
Em Josué 6:2, Deus diz a Josué, "Olha, entreguei na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus valentes." Jericó era um dom. Foi dito aos israelitas que marchassem em volta da cidade durante seis dias e sete vezes no sétimo dia. Esta era uma exigência para que recebessem o dom. Mas ainda que a obediência deles fosse exigida para a tomada da cidade, de modo nenhum significava que eles mereciam a cidade. Nossa salvação tem algumas exigências ligadas a ela (Marcos 16:16; Romanos 10:9; Atos 2:38), mas isso não significa que a mereçamos. Andar em volta de uma cidade treze vezes não valia a destruição de um muro que levara anos para ser construído. Nem os nossos atos são dignos da salvação que recebemos, a recompensa excede de muito o esforço.
"... não de obras..."
Quando Gideão atacou os midianitas, ele tinha 32.000 homens que responderam ao seu chamado (Juízes 7:3). Mas Deus disse que eram demais "Israel poderia se vangloriar contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou" (Juízes 7:2). Mais uma vez Deus se certificou de que eles entendessem que não era o que tinham feito que os salvara. Poderia se perguntar, então, por que Deus mandou 300 homens para destruir Midiã? Não poderia tê-lo destruído simplesmente sem quaisquer israelitas estarem envolvidos? A resposta é que Deus lhes estava ensinando uma lição que, enquanto houvesse coisas que eles tinham que fazer, a recompensa de Deus estava muito além dos seus esforços ou capacidade.
" para que ninguém se glorie ..."
O profeta Isaías pronunciou a condenação contra o rei da Assíria, que se gabara: "Com o poder da minha mão, fiz isto" (Isaías 10:13). Assim como Abraão declinou de dar ao rei de Sodoma um motivo para se gabar (Gênesis 14:23), Deus não nos dá oportunidade para nos gabarmos. Nossa salvação é totalmente dependente de sua misericórdia. Não há nada de justo ou maravilhoso em nossas próprias obras que possamos apontar para elas e reivindicar salvação. Não temos direito de nos gabar. O que temos merecido é morte (Romanos 3:23; 6:23), mas Deus, pela sua graça, nos dá uma saída.
Efésios 2:8-9 é usado freqüentemente pelo mundo para negar a necessidade do batismo e "provar" que somos salvos pela fé, somente. Contudo, como foi visto acima, estes versículos falam de nossa salvação do mesmo modo pelo qual Deus lidou com os israelitas. Suas vitórias eram um dom de Deus, mas em cada caso eles tiveram que fazer alguma coisa para receber o dom. Eles foram lembrados, também, que desde que era um dom de Deus, eles não tinham razão para se gabarem.
Outro versículo freqüentemente invocado em apoio de tal doutrina é Tito 3:5: "... não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou". Aqui Paulo apresenta a Tito a mesma mensagem que aos Efésios. Tito 3:5 é parte de uma sentença composta partida no lugar errado. O pensamento realmente começa no versículo 4: "Quando porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós..."Compare com Deuteronômio 9:4-5. Então, Paulo continua".. mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo".
Mais uma vez, Deus se assegura de que nós entendemos que ele não é nosso devedor. Quando Deus deu aos israelitas a terra prometida, e lhes deu Jericó, e entregou os midianitas em suas mãos, os israelitas tiveram que fazer alguma coisa em cada caso. Contudo, nos é dito que isto foi feito pela fé (Hebreus 11:30). Somos salvos por sua misericórdia, mas ainda nos é exigido fazer alguma coisa para termos acesso a essa misericórdia.

Estamos debaixo da graça ou debaixo da lei?


Estamos debaixo da graça ou debaixo da lei?

Um dos pontos principais que enfocaremos nesta edição se refere a um conceito existente na igreja há centenas e centenas de anos, onde se diz: “estamos debaixo da graça e não debaixo da lei”. Realmente podemos encontrar este versículo na Carta de Paulo aos Romanos (Rm 6:14). Mas, este versículo tem sido interpretado erroneamente pelos pais da Igreja de Roma, o qual vem perpetuando no meio cristão até nos dias de hoje. Alguns crêem, por incrível que pareça, que o Antigo Testamento é um livro de lendas e história de Israel. O pior é que muitos usam ou citam este versículo como se fosse um “passaporte” para o crente fazer quase tudo o que deseja. Agem como se a graça de Jesus abrisse todas as portas quanto aos “antigos” mandamentos, estatutos ou ordenanças dados por Deus. Pensamentos como, se estamos debaixo da graça não há fronteiras ou limites que nos cercam. Como por exemplo, pode-se comer tudo o que se deseja de modo irrestrito; tem-se sempre o pronto perdão de Deus para as falhas e pecados, não gerando conseqüências para aquele que crê. Afinal, podemos trabalhar o tanto, como e quando quisermos, relacionar com quem quisermos, comer com quem quisermos, sentar com quem quisermos, participar e se envolver intensivamente na sociedade e com as coisas mundanas, relacionar intimamente com a esposa de modo irrestrito, criar filhos e educá-los sem os impor limites e punições, enfim, estamos na graça e “livres” de qualquer lei que nos oprime, incomoda ou nos aborrece. Lei é para os desobedientes judeus ou para aqueles que buscam para si um peso ou um neurótico estilo de vida, dizem alguns cristãos. Afinal, “Estamos ou não debaixo da graça e não debaixo da lei”? Será que Paulo anulou a lei que Jesus não aboliu ( Mt 5:17) quando citou este versículo? Não é difícil perceber que o contexto que Paulo aqui se refere, como judeu zeloso e cumpridor da lei ( At 25:8;28:17), não é que a graça de ser salvo anulou a lei, mas sim, aquele que teve a experiência do novo nascimento em Cristo, ou seja, a natureza do pecado que habitava em nós deu lugar ao Espírito de Deus, não estando mais sob o jugo da lei do pecado ( natureza do pecado), que oprime, amarra e destrói o homem, o separando de Deus. Uma coisa é entender o legalismo da lei a outra é viver sob os princípios da lei. Se este versículo continua sendo entendido erroneamente pelos cristãos, então, é melhor que estes cristãos risquem todas as cartas de Paulo, os escritos dos profetas e toda a Torá de suas Bíblias, pois, encontramos nas Escrituras os inefáveis benefícios da lei, a qual o próprio Paulo como salvo em Yeshua (Jesus) se refere a ela chamando-a de santa, justa e boa e que nela se encontra prazer (Rm 7:12;22); Ele disse isto não só porque ele era um judeu zeloso, mas sobretudo, porque os gentios também deviam ter consciência que a lei é santa, justa e boa, como escrito no verso 12 da sua carta endereçada aos Romanos. Agora, um judeu não messiânico ou qualquer pessoa fora da graça salvadora que só guarda a lei, ou parte da lei, desprezando ou desconhecendo a graça, não estaria cumprindo o pleno propósito de Deus. Aqui está o erro: – parar na lei e desconhecer Jesus, a maior graça de Deus. Devemos, então, abolir frases como “não temos nenhum compromisso com a lei”, “Cristo nos resgatou dessa maldição ou a lei é para judeus e a graça de Deus é para os crentes” ou ainda “ o fim da lei é Cristo” no sentido que Ele terminou com a lei, etc. são conceitos mal interpretados que irão cada dia mais afastar a Igreja do verdadeiro propósito, distanciando-a ainda mais de suas raízes bíblicas e judaicas e, principalmente, de Israel e de seu povo que ainda precisam ser salvos, reconhecendo Yeshua como o seu esperado Messias.
Em II Tm 3: 16,17 lemos: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça…”. Ora, que Escritura é esta a que Paulo se refere? Naquela época não existia ainda o que se chama de Novo Testamento. Assim, a expressão “Toda Escritura” se refere obviamente ao Antigo Testamento, ou seja, a Torá (o Pentateuco de Moisés), os profetas (Niviim) e os santos Escritos (Ketuvim). Este conjunto de livros é chamado pelos rabinos de Tanach ( ou Tanak) que é um acróstico formado pela abreviação das primeiras letras das palavras Torá, Niviim e Ketuvim. Há um mal costume dos primórdios da Igreja de chamar a Tanach de Velho ou Antigo Testamento, dando a entender que existe um novo e que o velho se tornou fora de uso ou obsoleto. Mas, sabemos que isto não é verdadeiro, pois o que Deus inspirou é santo, bom, justo, fiel e válido para hoje e para sempre.
Mas, o que é então a graça de Deus?
Esta palavra no hebraico é “Hessed” ( dsj ), pode também ser traduzida como o amor de Deus, a misericórida e até mesmo pelo perdão de Deus. A palavra graça no conceito hebraico ainda inclui o conceito de perdão de uma dívida, onde o credor usa de uma graça para abater parte de uma dívida. Por exemplo, se uma pessoa deve R$100 a alguém e este resolve perdoar R$80,00, a dívida passa a ser somente de R$20,00. A parcela perdoada é que se chama de “graça”.
Qual seria, então, a maior graça de Deus? A maior graça é crer em Yeshua como filho de Deus, ser salvo e alcançar a vida eterna através Dele. Ou seja, Deus enviou seu Filho como graça para quitar nossa dívida. Mas, o fato de ser salvo pela fé no sangue de Yeshua que me purifica de todos o meu pecado não torna a lei inválida. Pois, se eu nego a lei, estou negando o pecado. Não é a transgressão da lei o pecado? Se eu nego o pecado, eu nego a morte e como conseqüência a necessidade da morte de Yeshua que traz vida, e vida em abundância. O próprio Yeshua disse em Mt. 5:17 – “ não pensais que vim revogar a lei ou os profetas, não vim para revogar, vim para cumprir”. Se ele tivesse anulado a lei estaria negando a si mesmo.
Muitos cristãos também acham que a graça foi inventada no Novo Testamento. Mas, esta palavra, Hessed (graça) já aparece nos primeiros livros da bíblia. Não seria, por exemplo, a criação do homem a manifestação da graça de Deus? O cuidado na preparação de um lugar para colocar o homem, criar o sol, as estrelas, os astros para enfeitarem a sua noite, não seria a manifestação de sua graça? Quando o homem caiu em Gn.2:15 vemos a manifestação da graça de Deus ao prover, ainda no jardim, a promessa da vitória sobre o mal, através de Yeshua? Tudo o que Deus fez foi pela sua graça, pelo seu amor incondicional.
Se observarmos a natureza em seus mínimos detalhes – as plantas com seus tons variados, o ciclo da natureza, o mover dos astros em suas definidas órbitas – tudo isso não seria a manifestação da graça de Deus? A multiplicação das sementes, os frutos não são todos resultantes da graça de Deus? Quando Deus coloca o homem no jardim e cria para o homem o trabalho (o cultivo do jardim) não é essa manifestação da graça de Deus? Isso é muito bonito e profundo!
É interessante ver no hebraico a palavra usada para designar o trabalho. A palavra “abad” (db[) significando trabalhar (produzir algo) para louvar a Deus. Observe que é o ato de trabalhar deveria ser uma forma agradável de produzir algo, glorificando o Criador de todas as coisas, pois afinal, o homem foi criado para refletir a Sua imagem e semelhança. Mas, pode haver um outra pessoa que trabalha sob pressão ou amaldiçoando ou murmurando. Neste caso, a palavra que se usa na língua hebraica é a mesma grafia, mas com pronúncia diferente. Se diz “ebed” (db[), significando trabalhar sob pressão, trabalho penoso ou trabalho escravo. Isto nos induz que conceito da graça de Deus nos conduz a sabedoria de viver no livre-arbítrio. As coisas tem propósito neutro, quem define o lado bom ou o lado mau somos nós mesmos.
É maravilhoso ver o que Deus preparou para o homem. Deus queria o homem produzindo algo, criando, transformando idéias e planos em algo real, concreto como uma maneira de adorá-lo.
A graça de Deus sempre atuou em toda a história do povo judeu. Não foi a graça de Deus que livrou os hebreus das pragas do Egito? Quem teria aberto o mar Vermelho se não a graça de Deus? Quem teria feito de um simples pastor chamado David um vitorioso guerreiro que derrotava gigantes? No livro de Salmos vemos em várias passagens que reconhecem a multi-graça de Deus sobre sua vida e de seu povo(Sl. 90:17).
Só se entendemos a graça de Deus derramada no “Antigo” Testamento podemos entender At. 15:11 – “Mas cremos que fomos salvos pela graça de Deus…”. Qual graça? A mesma presente desde a criação do homem. A graça de Deus enviou Seu filho Yeshua, para morrer como pecador, para pagar todos os nossos débitos. Todo aquele que peca é devedor, seu fim é a morte. Mas pela graça de Deus nossos débitos, por falharmos em cumprir Sua lei, são quitados por Yeshua. Isto não significa que a lei não é mais válida. Toda a graça de Deus converge para a pessoa de Yeshua.
Nos parágrafos anteriores relacionamos a palavra graça com a lei e com a palavra trabalho, mas vamos encontrar na bíblia a correlação com a glória de Deus. Em Romanos (3:23,24) diz: – “Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”.
A palavra glória no hebraico é “Kevod (dbk) e que significa peso. O peso de Deus é Ele mesmo, sua essência, Seu Espírito. Então, o pecado tira de mim a essência de Deus, e me coloca “pesado de mim mesmo”. Para desfrutar da glória de Deus tenho que despir de minha própria glória. A minha glória, o meu eu, tem que ser colocado no “misbeah” (jbzym), ou seja, no altar, que é lugar de morte da natureza adâmica ou do pecado. No altar de sacrifício é que posso despojar do velho homem e encher-me da essência de Deus. Só aí, então, vou ser cheio da glória de Deus, do Seu conhecimento, recebendo capacitação e direcionamento Dele e, sobretudo, o Seu perdão.
Agora podemos ver algo maravilhoso – apesar de termos sido salvos pela maior graça, que foi o sacrifício de Yeshua, precisamos da lei para nos conduzir, capacitar, orientar, nos ensinar, nos adestrar, nos corrigir. Por quê? Porque Yeshua é a Palavra, o Verbo, a Lei que fala e trata do pecado.
Imaginemos que agora o governo quer dar a graça aos adultos brasileiros de todos possuírem a carteira de habilitação. O fato de possuir a carteira não isenta ninguém de observar as leis de trânsito, não é mesmo? Da mesma forma, uma vez remido pelo sangue de Yeshua e não podemos simplesmente esquecer toda a lei. Ao contrário, a redenção em Yeshua traz a cada um de nós maior peso de responsabilidade na observância da vontade de Deus. Só damos o devido valor a graça se conhecemos a lei e sua conseqüência. Na lei de Moisés era pecado o adultério (Dt. 5:18). Que diz a graça em Yeshua? – “ Se Olhar para uma mulher com uma intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt. 5:28). Na graça, o ódio ao irmão é semelhante ao homicídio. Vemos, então, que a graça embora seja recebida e dada pela fé e de graça, nos exige que andemos num nível e numa qualidade de vida muito mais alta que a lei. Mas, a lei é boa, pois ela nos delimita, marcando até onde podemos chegar. Em outras palavras, a lei nos estabelece limites e nos preserva e previne de conseqüências danosas.
Muitos cristãos dos dias atuais passam por cima de muitos mandamentos de Deus, alegando estar debaixo da graça e não sob o jugo da lei. Mas, a lei não foi anulada como foi dito! Imagine que no nosso exemplo didático, as leis de Deus são comparadas como às leis da placas de trânsito que orientam os motoristas. Estas placas (leis) são sinais de alerta de direcionamento e de orientação que nos levam em segurança ao nosso destino final. Temos a graça de dirigir, mas a lei nos conduz para não sairmos da estrada e não errarmos o alvo. Está em Yeshua é estar na graça (no caminho certo), mas agora temos que caminhar pela a estrada do mundo, a aí então é que precisamos da lei. Há uma única maneira de ser salvo: – crer no sacrifício e no sangue de Yeshua. Nada mais que façamos nos reconecta com Deus. Mas a lei existe para nos direcionar em nossa caminhada caminha, nos alertando que devemos guardar e permanecermos na plena graça e misericórdia divina. Na carta de Paulo aos Gálatas ( 3:24) diz que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo. O aio é aquele instrui que direciona. Somente entendendo a lei temos o entendimento do que é a graça. Muitos dos chamados “crentes desviados” estão nessa situação porque não deram a devida importância à graça, que só é possível de conhecermos se atentamos à lei, aos mandamentos, aos estatutos e as ordenanças de Deus. A graça disponível em Yeshua não pode ser usada como um passaporte para o pecado. A liberdade em Yeshua é plena da responsabilidade de obedecer aos mandamentos, estatutos e ordenanças de Deus, que são tipos de lei. Lei é uma palavra genérica na língua hebraica ( Dat – td ).
No Salmo 19:7 a lemos “ A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”. Assim, podemos entender que a lei também existe para as áreas não restauradas de nossa alma. O salmista diz: “Agrada-me fazer a tua vontade, o Deus meu; a tua lei está dentro do meu coração.” A vontade de Deus está expressa na sua palavra. A lei é muito mais prática do que pensamos, como por exemplo, ela lida com problemas comuns,como: a quem emprestar dinheiro, como indenizar alguém por algum dano causado, como preservar o direito de propriedade, como proteger a vida, a saúde, o patrimônio, o sucesso, a maneira de pensar, de se relacionar com o próximo, etc. Um outro bom exemplo é entender a lei judaica do dízimo. É ela uma lei para os judeus? Sim. Ela está citada como estatuto no Antigo ou no Novo testamento? No antigo Testamento. E por que, então, a igreja de hoje pratica a lei do dízimo se é uma lei do Antigo Testamento? É porque dízimo é uma benção, se dou dízimo, reconhecendo que Deus é quem tudo me dá, sou abençoado com a prosperidade, sendo bem sucedido naquilo que fazemos. Nesta lei encontramos o princípio da semeadura e da colheita. Se dou, recebo muito mais. Temos que ser francos ao afirmar que não é sensato só escolhermos aquilo que nos agrada no Antigo Testamento e anularmos as outras ordenanças e estatutos. Se entendemos o dízimo como benção, por que não observamos e buscamos outras leis que abençoam nossa saúde, nossa vida familiar, nossa vida profissional, sentimental, o relacionamento com nosso próximo e tantas e tantas outras leis que foram criadas com o propósito de nos abençoar? Os crentes não devem se esquecer que em Cristo foram enxertados na Oliveira que é o Israel salvo de Deus. Assim, como enxertados eles podem livremente participar de todas as bênçãos e promessas dadas por Deus ao povo de Israel. Paulo diz que os gentios podem participar da mesma seiva da oliveira ( Rm 11;17)
Paulo diz claramente em sua carta aos Romanos evidentemente para os crentes romanos: …”De modo que a lei é santa, e o mandamento é justo e bom…”( Rm 7:12)
No livro de Provérbios está escrito: “ Filho meu, atenta para as minhas palavras, aos meus ensinamentos inclina os ouvidos, não os deixe aparta-se dos teus olhos, guarda-os no mais íntimo do teu coração, porque são vida para quem os acha e saúde, para o corpo”.(Pv 4:20-22). Onde estão os ensinamentos e as palavras ditas no livro de Provérbios? Na lei. A lei nos traz saúde para nosso corpo. Ela nos ensina a controlar, por exemplo, a alimentação para nos dar melhor qualidade de vida, como já dito anteriormente.
Pv. 28:7 diz: “O que guarda a lei é filho prudente, mas o companheiro de libertinos (comilões) envergonha a seu pai.” É falta de sabedoria comer de modo desenfreado. Pv. 29:18b : “ o que guarda a lei é bem aventurado”. Se sigo o que D’us ordena sou muito mais que feliz e preservo ainda mais a graça de crer em Yeshua.Na verdade, Yeshua é uma forma abreviada de Yehoshua, nome hebraico que foi traduzido para o Português como Josué. "Yeoshua" significa "o Eterno salva". Em determinada história bíblica, a figura de Josué surge como o sucessor de Moisés na missão de conduzir o povo de Israel para a terra de Canaã.
Tudo isto com um objetivo claro: tornar o homem perfeito e perfeitamente capacitado para toda boa obra. Esse é o padrão de D’us para nossas vidas.
Pv. 28:9 diz: “o que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até sua oração será abominável”. O atender à palavra de D’us me faz apto a ter oração respondidas.
Percebemos pelo curso dos acontecimentos que a igreja de Yeshua, espalhada pelas diversas denominações, deve voltar para o estudo da Torá que quer dizer instrução, ensino da Palavra, da Lei de D’us.
Evidentemente, dispensamos comentários quanto às leis sacrificiais que o próprio Yeshua cumpriu morrendo na cruz como sacrifício vivo por nós, e também de certas leis circunstanciais ou específicas que valeram somente para aquela época de travessia no deserto, como por exemplo certas regras quanto à higiene, alimentos perecíveis, pois não havia sabonetes e nem geladeiras ou freezers. Mas, as leis morais, éticas, familiares e de qualidade de vida, por exemplo, estão mais do que vivas e válidas para os dias de hoje.
Mais uma vez vamos frisar: a lei em si não salva, a salvação é pela graça, mas a lei me capacita a viver no padrão de Deus, mostrando a todos os limites e delimitações até onde podemos chegar dentro da justiça e misericórdia de Deus.
Agora que já sabemos um pouquinho sobre a Graça e Lei de Deus, podemos dizer, A graça sem lei não ficaria sem graça?


domingo, 28 de junho de 2015

Neopentecostalismo: Uma heresia dos dias atuais


Neopentecostalismo: Uma heresia dos dias atuais


A igreja de Cristo hoje passa por um dos seus piores momentos da história desde a época dos Santos Apóstolos. Uma grande quantidade de cristãos estão indo por um caminho que não é verdadeiro, ou seja, não é ortodoxo. As Igrejas estão adotando um tipo de doutrina que é contrária a Santa Palavra de Cristo. Interpretações erradas para favorecimento próprio, mentindo e deturpando a Bíblia, enganando pessoas e multidões.

Estou falando aqui das igrejas que adotam a doutrina Neopentecostal. Doutrina essa espúria e mentirosa, deturpadora da Palavra de Deus que tem como âncora arrecadar dinheiro. Essas igrejas estão atuando livremente em nosso país e sendo aceita como igreja cristã.

A principal âncora desse movimento nojento aqui no Brasil é a Igreja Universal do Reino de Deus, e seus descendentes, membros da IURD que se separaram e criaram suas igrejas, mudaram de nome porém com mesma linha NEOPENTECOSTAL . IgrejaS essaS que mistura doutrinas estranhas ao evangelho, pois utilizar rosa ungida, banho de sal grosso, banho de arruda, levar foto para ser ungida, água fluidificada e etc. Seus ensinamentos são totalmente contrárias a Palvra de Deus, mas mesmo assim são tachados como povo de Deus.

A IURD é sempre lançadora de moda, uma das suas últimas modas é colocar três bonecos sentados numa mesa deturpando a Santa Palavra de Cristo. Para fundamentar seus ensinamentos, como por exemplo, a rosa ungida diz que fazem esse tipo de coisa porque a Bíblia diz que Jesus é a Rosa de Saron. Se for assim eu afirmo que torço pelo Sport Recife que tem como símbolo o Leão porque Jesus disse que era o Leão da Tribo de Judá.

Me sinto envergonhado com esse tipo de coisa, mas ao mesmo tempo me sinto chamado a denunciar esses absurdos teológicos para ver se alguém que lê esse post realmente se converta ao verdadeiro Evangelho de Cristo. Precisamos de outros Luteros, Calvinos, John Knox, Ulrico Zuínglio entre outros. Temos que voltar ao Protestantismo histórico que tinha como lema os cinco solas da reforma: SOLA ESCRIPTURA, SOLA CHRISTUS, SOLA GRATIA, SOLA FIDE, SOLI DEO GLORIA.

Outro tipo de coisa que é falsa é a tal unção de toronto conhecida como Unção do Riso. É falado que nesse tipo de unção o Espírito Santo de Deus se manifesta levando pessoas a rirem até desmaiarem. Queria que me mostrassem na Bíblia esse tipo de dom espiritual. Um vídeo muito famoso no YOUTUBE nos mostra um pastor herético conhecido e venerado no mundo neopentecostal e por alguns pentecostais chamado de Kenneth E. Hagain.

Esse herético pastor lançou muitos livros mas quero registrar dois desses livros: O Nome de Jesus e Zoe: A Própria vida de Deus, que foram vendidos por outro propagador da famosa Teologia da Prosperidade RR. Soares.

Esses dois livros trazem ensinamentos heréticos à respeito de Cristo. Darei alguns exemplos mostrando trehos desses livros. Vejamos alguns:

Nas páginas 25-26 do livro "O Nome de Jesus" Kenneth E. Hagain diz que Satanás teve Jesus sobre seus poderes. Hagain também afirma que só a morte espiritual de Jesus removeria os nossos pecados. A morte espiritual de Jesus segundo Hagain significa ter a natureza de Satanás. Em outro momento do livro ele afirma que Jesus ficou alienado de Deus, e que Jesus se tronou como nós separado de Deus. Onde Hagain encontrou tanta asneira, tanta heresia? Tenho certeza que não foi na Bíblia, pois as Sagradas Escrituras não falam em nenhum momento sobre esse tipo de coisa. ISSO É HERESIA!

Na página 79 do livro "Zoe: A Própria Vida de Deus" Hagin diz: Ninguém poderá oferecer-me nada melhor. Nem o próprio Senhor Jesus tem uma posição melhor diante de Deus do que você e eu temos.

Este tipo de coisa é heresia e infelizmente a igreja de cristo está embriagada com esse tipo de ensinamento. precisamos de outra REFORMA JÁ!


Essa semana eu publiquei um post da Márcia Gizella que falava sobre perfumes que são vendidos nas igrejas como sendo ungidos. Isso é um crime contra Deus. Isso tem que parar logo se não teremos muitas pessoas enganadas e decepcionadas com Cristo por conta dessas igrejas que pregam um cristo diferente do Cristo bíblico.

Finalizo esse meu desabafo torcendo que o povo que realmente almeja viver um verdadeiro Evangelho, sem mistura e sem macúla abra os olhos e não se deixem enganar por essas igrejas que pregam a Teologia da Prosperidade, igrejas Neopentecostais que só visam o lucro financeiro, que vem as pessoas como um $. Para um bom entendimento sobre o que é Teologia da Prosperidade recomendo ler: SuperCrentes, Evangélicos em Crise e Decepcionados com a Graça do Rev. Paulo Romeiro, O que estão Fazendo com a Igreja? do Rev. Augustus Nicodemus. Esses livros sim tratam da ortodoxia cristã com sinceridade e afinco.

A FAMÍLIA A ESCOLA DOMINICAL E SUA IMPORTÂNCIA.


Estou trazendo este tema porque vejo e sinto que não está sendo dada a devida importância e valor a EBD, estão preocupando-se com valores outros, e esquecem da importância da EBD na formação de obreiros e membros que possam assumir sua posição como colaborador, membros que façam o "ide" com seus devidos conhecimentos.



A FAMÍLIA A ESCOLA DOMINICAL E SUA IMPORTÂNCIA.



“Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros
que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e
aprendam, e temam ao Senhor, vosso Deus, e tenham cuidado
de fazer todas as palavras desta lei” (Dt 31.12).

A Escola Dominical contribui para a formação espiritual, moral e
social, em todas as faixas etárias. A Igreja do Senhor Jesus deve dar a
maior importância à família. A igreja local é formada por famílias, que
se reúnem para adorar a Deus. E essa adoração deve ter o respaldo e a
base fundamental na Palavra de Deus. Esta, por sua vez, só pode ser
apreendida, através do estudo e do ensino, da doutrina, e do discipulado.
Na ED, principalmente nos moldes tradicionais, tem-se uma oportunidade
rica de se edificar vidas e famílias, através do ensino ministrado
nas diversas classes, distribuídas por faixas etárias. Há alguns anos,
vi, numa igreja, uma placa afixada na entrada do templo: Não mande seus
filhos à Escola Dominical: Venha com eles. O ensino cuidadoso na ED tem
grande valia para a formação espiritual, moral e social das famílias, principalmente,
quando seus componentes, pai, mãe e filhos, são assíduos
frequentadores das classes dominicais.
Em anos passados, havia Escola Dominical em praticamente todas
as denominações. Nas Assembleias de Deus, tanto de influência
dos missionários europeus como norte-americanos, havia uma grande
valorização da ED. Podemos afirmar que a maioria dos líderes, pastores,
 evangelistas, missionários, professores; bem como mulheres que
têm liderança nas igrejas locais, como dirigentes de Círculo de Oração,
professoras, esposas de obreiros, a maioria passou pela ED. Os maiores
beneficiados foram as famílias, as igrejas e as nações.
Em alguns países, a ED perdeu espaço. Deixou de ser realizada por
vários fatores. Na América do Norte, em muitos estados, não se realiza
mais a ED. Em seu lugar, é realizado um culto dominical, quase sempre
o único do primeiro dia da semana. Tivemos oportunidade de verificar
esse fato quando ministramos em alguns lugares. Chamou-nos a atenção.
Indagando o porquê dessa mudança, fomos informados de que, no
domingo, para grande parte das pessoas é dia de lazer, de descanso. A
igreja não pode “atrapalhar” o programa da família.
Na Europa, a situação é mais complicada. A ED foi sepultada em
muitos lugares depois que o materialismo ateu, ensinado nas escolas, nos
colégios e nas faculdades, influenciou gerações e mais gerações a afastar-
-se de Deus, e assimilando a falsa teoria da evolução. Em muitas igrejas,
os adolescentes e jovens não quiseram mais ir aos cultos, por não verem
mais sentido. Restaram os idosos que, ao longo dos anos, por doença
ou velhice, tiveram que ficar em casa. Igrejas fecharam. Sem culto, sem
reuniões, sem contribuições, o caminho foi o fechamento dos templos.
Muitos foram vendidos e transformados em mesquitas, em cinemas, ou
em estabelecimentos comerciais.
Triste fim espiritual para um continente que foi berço de grandes
avivamentos cristãos! Pesquisas indicam, com razoável segurança, que,
dentro de poucas décadas, a Europa será um continente islâmico. Os
muçulmanos ensinam o Alcorão cuidadosamente a seus filhos desde
crianças. Os cristãos, infelizmente, em grande parte, preferem ir à praia,
ao lazer, ou deixar os filhos diante da televisão ou do computador, na
internet, sendo “educados” com programação nada edificante para suas
vidas. A maioria dos pais cristãos não vai à ED. E não têm autoridade
para influenciar seus filhos a amarem a Escola Dominical.
Mas a derrocada espiritual desses países, chamados de Primeiro
Mundo, começou, quando os pais não tiveram mais coragem e firmeza
para ensinarem a Palavra de Deus em seus lares; quando as igrejas evangélicas
capitularam e se deram por vencidas pelo materialismo diabólico;
quando os filhos deixaram de ir para as reuniões, para os cultos, para
a ED. A Bíblia diz: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e,
até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
Em nosso Brasil, está acontecendo algo semelhante. Em diversas
igrejas, não se realiza mais a ED. A exemplo do que ocorreu na outra
América, estão sendo realizados cultos dominicais, pela manhã, e mais
nenhuma outra reunião. Isso para que as famílias tenham mais tempo
para o lazer. E sintoma de desvalorização do ensino da Palavra de Deus.
Há ensinadores e teólogos que dizem que a ED, nos moldes que conhecemos,
com o ensino por faixas etárias, está ultrapassada. É retrógrada.
Em lugares onde a Palavra de Deus é desprezada, fecham-se Escolas
Dominicais, fecham-se igrejas. E abrem-se motéis, bares, e prisões de
segurança máxima.
Já ouvimos até de pastores da Assembleia de Deus dizerem que a
ED não está na Bíblia. Verdadeira ignorância. Se o etíope, mordomo da
Etiópia, tivesse frequentado a ED, não teria ficado anos sem entender a
Palavra de Deus. “E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse:
Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém
me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse”
(At 8.30,31). O alto representante etíope só entendeu a Palavra, quando
Filipe lhe explicou. E sua explicação foi tão eficaz que o homem pediu
para ser batizado em águas. Na ED, nas classes específicas, por faixas
etárias, muitas questões podem ser explicadas e respondidas a contento.
Diz a Palavra de Deus: “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5.21).
Examinando a origem, o desenvolvimento e os efeitos da ED na vida de
homens e mulheres de Deus, ao longo da História, constatamos que tem
sido grande o benefício para a igreja do Senhor Jesus. Nem todos podem
frequentar um curso teológico, que propicia melhor aprofundamento
no conhecimento bíblico. Mas todos podem frequentar uma ED, que
é a maior escola bíblica do mundo. Ainda hoje, em pleno século XXI, a
família pode ser altamente beneficiada pelo ensino bíblico na ED.

I - ORIGEM E FINALIDADE DA ESCOLA DOMINICAL

1. Origem da Escola Dominical

Foi num domingo de 1890, quando o jornalista inglês, Robert Raikes,
crente metodista, estava em sua escrivaninha, buscando escrever um
editorial sobre a melhoria do sistema carcerário de sua cidade.
Naquele momento ele foi interrompido pelo barulho de crianças
que brincavam na rua, dizendo palavrões, e brigando o tempo todo. Ali,
ficou pensativo, imaginando o que seria daquelas crianças, crescendo
sem amor, e sem educação. Era o período da Revolução Industrial. O
trabalho infantil era comum. As crianças trabalhavam, ao lado de seus
pais, para ajudar na renda familiar.
Aos domingos, os pais descansavam, e as crianças ficavam nas ruas,
brincando e brigando. Qual seria o futuro daqueles meninos? Pensava
Raikes. Não havia escolas públicas na Inglaterra. Só os mais abastados
podiam matricular os filhos nas escolas particulares.
Profundamente tocado, ele deixou de lado o editorial sobre a reforma
dos presídios e passou a escrever outro artigo sobre as crianças
pobres, que cresciam sem estudar. Quando o jornal saiu, o artigo de
Raikes chamou a atenção da comunidade. Uns, ficaram solidários com
ele. Outros o criticavam, dizendo que não deveria estar preocupado com
crianças, filhas de operários, quando “havia assuntos mais importantes”
para se tratar.
Raikes, “no próximo editorial, expôs seu plano de começar aulas
de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as
crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo através do
jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a ajudar-lhes
neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois, um sacerdote anglicano
indicou professoras da sua paróquia para o trabalho”.1 Foi um
apelo à solidariedade.
“As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados
e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam
não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação
religiosa. Era uma verdadeira educação cristã”2. As crianças, a princípio,
estranhavam por estar trocando as brincadeiras pelos estudos.
Mas, logo, viram a grande bênção de Deus em suas vida, pois passaram
a aprender a ler, escrever, e, o mais importante, a conhecer a
Cristo como seu Salvador, nas aulas dominicais. Além disso, Raikes
proporcionou um trabalho de ação social em prol das crianças pobres,
conseguindo alimento e agasalho para elas, pois sofriam muito
na época de frio. Os professores da Escola Dominical eram voluntários.
Alguns recebiam pequena ajuda. Outros gastavam do próprio
bolso para atender à ED.
Como em todo trabalho de quem sonha para ajudar os outros,
Raikes teve forte oposição de quem menos se esperava, ou seja, dos
pastores de algumas igrejas. Eles reclamavam porque não gostavam
de ver as igrejas, recebendo crianças “mal comportadas” e sujas! A semente
da ED foi uma “boa semente”. Quatro anos depois, em 1784,
após espalhar-se por várias cidades, já contava com 250 mil alunos.
Em 1811, quando Raikes faleceu, a escola já matriculava 400 mil
alunos, sendo, de longe, a escola que mais alunos tinha no país. Logo,
os pais verificaram a mudança no comportamento das crianças, e
passaram a dar apoio à iniciativa oportuna e louvável do jornalista
Raikes. As famílias foram as maiores beneficiadas no seio da comunidade.
No Brasil, a ED foi fundada em 1855, pelo missionário Kalley, iniciando
com o ensino a jovens e adultos. Depois, foram admitidas crianças
e adolescentes. “Hoje, a Escola Dominical conta com mais de 60
milhões de alunos matriculados, em mais de 500 mil igrejas protestantes
no mundo.”3

2. Finalidades da Escola Dominical

Pela sua origem, entendemos que a ED foi criada com a finalidade
de resgatar crianças da rua através da evangelização e do ensino secular
para melhor compreender a Palavra de Deus. De certa forma, essa
finalidade evangelística tem sido deixada de lado. Raras são as EDs
que possuem classe de evangelização e de discipulado. Ê por demais
desejável que a igreja resgate esse objetivo da ED. O ensino bíblico
sistemático, finalidade relevante, nas classes por faixas etárias, deve
continuar pois é de grande significado para a formação dos cristãos.
Mas algumas providências devem ser tomadas para que a ED cumpra
seu papel evangelizador.

II - A ED AUXILIA NA FORMAÇÃO DO CARÁTER

O caráter “é o aspecto psíquico da personalidade. O caráter é a característica
responsável pela ação, reação e expressão da personalidade.
E a maneira própria de cada pessoa agir e expressar-se. Tem a ver com a
própria conduta. E a “marca” da pessoa.4 O caráter faz parte da personalidade;
“E adquirido, não herdado...Resulta da adaptação progressiva do
temperamento às condições do meio ambiente: o lar, a escola, a igreja, a
comunidade, o estado socioeconômico...”5
Tendo como base do ensino a Palavra de Deus, através das lições
ministradas em cada classe por faixa etária, a ED torna-se inestimável
auxiliar na formação do caráter. E fato notório que a maioria dos líderes
das igrejas, os missionários, os dirigentes, os pastores e outros obreiros,
todos passaram pela ED.

III - A ED FORTALECE A PERSONALIDADE CRISTÃ

1. O que é personalidade

Personalidade é definida como “O que determina a individualidade
duma pessoa moral. O elemento estável da conduta de uma pessoa; sua
maneira habitual de ser; aquilo que a distingue de outra” {Aurélio). “A
personalidade é formada durante as etapas do desenvolvimento psico-
-afetivo pelas quais a criança passa desde a gestação. Para a sua formação
incluem tanto os elementos geneticamente herdados (temperamento)
como também os adquiridos do meio ambiente no qual a criança está
inserida.”6 A personalidade, portanto, é construída.
Pode-se dizer que personalidade é: “A organização dinâmica dos traços
no interior do eu, formados a partir dos genes particulares que herdamos,
das existências singulares que suportamos e das percepções individuais
que temos do mundo, capazes de tornar cada indivíduo único em sua
maneira de ser e de desempenhar o seu papel social (BALLONE, 2003).7
A formação da personalidade começa na infância. Dizem estudiosos
que a personalidade de uma pessoa está definida até aos sete anos de
idade. O que ela aprender e apreender, até esta fase, comprometerá todo
o seu desenvolvimento psíquico, emocional, afetivo, social etc. Daí, podemos
ver como é importante o papel da Escola Dominical na formação
da personalidade das crianças. Certamente, é o que a palavra de Deus
adverte: “Ensina o menino no caminho em que d eve andar, e a té quando
envelhecer, não se esquecerá dele” (Pv 22.6, ARA — grifo nosso).
Essas definições, de caráter científico, mostram que a personalidade
tem componentes genéticos, educacionais, familiares, e psicossociais,
em que o indivíduo vai se tornando “único em sua maneira de ser e
de desempenhar seu papel social”. Em outras palavras, na formação da
personalidade entram em ação fatores hereditários (herança genética dos
pais: cor da pele, dos olhos, estatura etc), e ambientais (formação familiar,
escolar, cultural, moral, ética, espiritual etc.).
Desse modo, é grande é a importância da ED na igreja, para a formação
da personalidade dos alunos. Os fatores ambientais podem ser
grandemente influenciados pelos princípios elevados do ensino bíblico.

2. A juventude é beneficiada

Os adolescentes e jovens podem ser fortalecidos em sua personalidade.
Os adolescentes estão na fase, em que buscam a sua identidade, preocupam-
se muito consigo mesmos, reorganizando sua personalidade;
“quem sou eu?”, “Por que sou assim?”, “Qual o meu futuro?”, “Meus pais
não me entendem”; muitos desviam-se das igrejas nessa fase. É necessário
muita atenção por parte dos pais, e da igreja, na contribuição para a
formação da personalidade deles.
Os jovens, enfrentando as turbulências da adolescência, acabam, de
uma forma ou de outra, conscientizando-se de seu papel na sociedade.
Pensam seriamente nas escolhas: escola, faculdade, profissão, namoro,
noivado, casamento, vida espiritual etc. “Como purificará o jovem o
seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra” (SI 119.9); “Foge,
também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a
paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Tm 2.22).
A juventude cristã, que frequenta a ED tem sido instruída e alertada
contra esses males próprios de uma sociedade sem Deus, materialista e
hedonista.

3. A ED e os adultos

Os adultos são fortalecidos em sua vida, podendo contribuir para a
formação dos mais jovens: “Os passos de um homem bom são confirmados
pelo SENHOR, e ele deleita-se no seu caminho” (SI 37.23). Há
adultos que não têm consciência da vida cristã por terem uma formação
espiritual deficiente, ou por só terem aceito a Cristo na idade adulta. A
ED precisa ajudar a lapidar o caráter dessa pessoa.
A ED é uma escola de discipulado por excelência. Em cada classe,
havendo professores bem preparados, os alunos podem ser formados
para serem bons discípulos de Jesus, e não apenas membros ou congregados
das congregações e igrejas. Jesus mandou fazer discípulos, ensinando
todas as coisas que Ele havia mandado.

IV - A ED PREPARA OS ALUNOS PARA DEFENDEREMSUA FÉ

Em todos os ambientes, notadamente, nas escolas seculares, predomina
a educação materialista. E grande parte dos crentes não tem condições
de argumentar em defesa da fé. Alguns ficam calados ante as investidas dos
falsos “mestres”. E outros não sabem como confrontar as ideias materialistas
e ateístas, por falta de conhecimento bíblico e teológico. Grande número de
crentes tem conhecimento muito superficial das verdades bíblicas.
A ED, através de um ensino baseado num currículo bem elaborado,
pode contribuir para a verdadeira apologética (defesa da fé), dando aos alunos
conhecimentos bíblicos, teológicos fundamentados na verdadeira ciência,
para que os seus alunos possam enfrentar os ataques do materialismo.
Nos cultos de doutrina, os obreiros podem passar para os crentes
os ensinos fundamentais que fortalecem a fé e o caráter cristão. No entanto,
em tais ocasiões, eles falam para um auditório heterogêneo, numa
linguagem única para segmentos diversos de pessoas. A ED, com suas
lições apropriadas para crianças, adolescentes, jovens e adultos, aborda
assuntos da atualidade, os grandes problemas morais de nosso tempo,
como aborto, eutanásia, gravidez substituta (“barriga de aluguel”, sexo
grupai, homossexualismo desenfreado, transexualidade (mudança de
sexo). Tudo isso pode ser abordado e discutido na ED, de tal forma que
os alunos possam melhor posicionar-se sobre tais problemas, à luz da
santa Palavra de Deus.
Com lições que ensinam sobre seitas e heresias, a ED presta uma
contribuição excelente, para que os crentes não caiam nas armadilhas
sutis das falsas religiões, que se apresentam travestidas de cristãs, mas, na
realidade, são instrumentos do Maligno para afastar as pessoas de Deus.
Quando a ED é bem estruturada, os professores falam para alunos separados
por faixas etárias, numa linguagem própria para cada grupo específico:
crianças, adolescentes, jovens, ou adultos.
No mundo, há um número inimaginável de escolas. Todavia, nenhuma
instituição escolar tem um efeito tão benéfico sobre a família como
a ED. Em todos os países, que valorizam as igrejas, sempre tem havido
pessoas que se tornaram úteis à sociedade, e frequentaram a ED. Portanto,
as igrejas evangélicas precisam valorizar ainda mais essa, que é, certamente,
a maior escola de formação do caráter e de vidas transformadas.