A Igreja Que Prevalece é Formada Por Famílias Que Prevalecem |
Textos bíblicos para a sua reflexão durante a semana:
Segunda: Gênesis 13 Sexta: Efésios 6:10-20
Terça: Deuteronômio 6:4-9 Sábado: Salmo 78:1-8
Quarta: Lucas 10:38-42 Domingo: Salmo 127
Quinta: Salmo 128
Introdução
Deus pretendia usar Abraão e sua família para abençoar o mundo. Hoje, ele deseja usar as nossas famílias para abençoar a nossa igreja e, conseqüentemente, o mundo também.
Se a família é a base da sociedade, com certeza também é da igreja. Cumpre-nos verificar o quanto as nossas famílias têm sido bênção para a nossa igreja. Se queremos ser uma igreja que prevalece, precisamos de famílias que manifestem algumas qualidades, como veremos a seguir.
Assim sendo, famílias que prevalecem diante dos desafios deste tempo...
1. FAMÍLIAS QUE PREVALECEM SÃO AQUELAS QUE PRIORIZAM O RELACIONAMENTO COM DEUS (Gênesis 18:19).
O relacionamento com Deus é o alicerce para a construção dos demais relacionamentos da vida. Infelizmente, a agitação do tempo presente tem levado muitas famílias a negligenciar a busca contínua de um relacionamento íntimo e profundo com Deus.
1.1 - É na família que devemos aprender a guardar o caminho do Senhor
Quais são os valores da sua família? O que é mais importante para a sua família? É a partir da família que devemos demonstrar amor incondicional e irrestrito ao Senhor.
Não podemos nos esquecer de que a família abençoa a igreja quando:
(a) cultiva um ambiente propício ao crescimento cristão;
(b) os seus membros se reúnem ao redor da palavra de Deus e procuram a sua orientação para as decisões do dia-a-dia;
(c) conduz os seus membros à fé plena em Deus!
Deuteronômio 6:4-9 fala sobre o culto doméstico. Em minha experiência familiar, tenho descoberto que nada une mais um casal do que o culto doméstico. Ele abençoa o casal e ensina os filhos a dependerem de Deus.
Precisamos considerar a questão do tempo para Deus. Maria, irmã de Marta, nos oferece um bom exemplo de alguém que escolheu ficar aos pés do Mestre (Lucas 10:38-42).
Se Deus encontrar espaço em nosso lar, teremos melhores condições de enfrentar os problemas e as dificuldades da vida.
A família precisa aprender a depender de Deus. Em muitos momentos será melhor parar de falar e agir para deixar Deus agir. Mas para fazer isso, é preciso ter sensibilidade espiritual, e essa sensibilidade existe quando há comunhão com Deus.
Os pais, em especial, precisam gastar tempo com Deus. Isaque orou 20 anos para ser pai (Gênesis 25:19-26). Os pais precisam ser os sacerdotes do lar (Jó 1:5).
É impossível desenvolver um relacionamento conjugal saudável sem um bom relacionamento com Deus. Ao proclamar os dois grandes mandamentos, Jesus mostrou que o relacionamento com o próximo depende do relacionamento com Deus e não há próximo mais próximo do que os membros da família.
É Deus quem ajuda nos momentos de tentação, nos momentos de provação, que orienta na solução dos conflitos e dá paz ao coração de cada um pela sua presença. Enfim, Deus faz a diferença!
1.2 - É na família que devemos aprender a praticar a retidão
Os males sociais que afligem o Brasil hoje são um reflexo daquilo que está acontecendo dentro de casa. Isaque aprendeu com Abraão a ser íntegro!
Os filhos precisam ver exemplos a seguir na vida dos seus pais, ainda que eles escolham não segui-los, como foi o caso de Jacó. É na família que aprendemos a importância da integridade! O lugar mais difícil para se manter a integridade é, justamente, dentro de casa. Temos diante de nós o desafio de viver de acordo com a Bíblia no contexto da família.
Lembro-me de uma irmã que me procurou em certa ocasião para pedir oração em favor da sua família. Ela me disse: “quando o meu marido está em casa ele se comporta de um jeito muito diferente de quando está na igreja”. O marido daquela irmã era líder em sua igreja, mas o seu comportamento em casa não era coerente com aquilo que ele ensinava na sua classe de EBD.
A igreja que prevalece é formada por crentes íntegros, que aprenderam dentro de casa a praticar a retidão dentro e fora dela.
1.3 - É na família que aprendemos a cultuar ao Senhor e a guardar o “dia do Senhor”(Salmo 122:1).
No Novo Testamento encontramos a igreja reunida no primeiro dia da semana, o dia em que Jesus ressuscitou. Encontramos ainda a igreja realizando cultos e reuniões nos outros dias da semana (2:47), o que nos mostra que o culto não deve ser restrito ao domingo. Todo dia é dia de cultuar ao Senhor!
Mas apesar de existir a possibilidade de cultuar ao Senhor em qualquer dia da semana, todos nós sabemos da importância que a guarda do domingo tem para o nosso crescimento espiritual. Devemos nos esforçar para estar junto do povo de Deus a cada domingo, desfrutando da comunhão e da bênção da celebração.
Por outro lado, a igreja não deve se envolver num “ativismo religioso” prejudicial às famílias. Especialmente em nossos dias, o domingo também deve ser um dia em que a família esteja reunida, fortalecendo os seus laços fraternais.
Ao meu ver, o domingo deve ser reservado para o culto ao Senhor e para a comunhão em família. Preferencialmente, não deve ser dia para reuniões de liderança, ensaio de coros, nem outras atividades que prejudiquem a qualidade do culto e da reunião familiar.
2. FAMÍLIAS QUE PREVALECEM SÃO AQUELAS QUE PRIORIZAM OS RELACIONAMENTOS (Gênesis 13:8-10).
Abraão estava diante de uma situação delicada. Os pastores que apascentavam o seu rebanho estavam tendo problemas de relacionamento com os pastores de Ló, seu sobrinho. A atitude de Abraão foi sábia. Ele disse a Ló: “Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos” (v. 8).
Abraão se separou de Ló para preservar o relacionamento! Ele entendeu que os relacionamentos são mais importantes do que qualquer outra coisa.
Jesus disse que o mundo confiaria nele, na medida em que nós, seus discípulos, estivéssemos unidos (João 17:21). Assim sendo, a igreja só consegue cumprir a sua missão no mundo estando unida, trabalhando com um só propósito.
Mas precisamos lembrar que a unidade da igreja depende da unidade da família, pois é dentro de casa que aprendemos nos relacionar com as pessoas. Vejamos como a família abençoa a igreja:
2.1 - É na família que aprendemos a nos sujeitar a uma autoridade!
Quando aprendemos a nos sujeitar aos nossos pais, aprendemos a respeitar o pastor, os diáconos e demais líderes da igreja, enfim, sabemos exatamente qual é o nosso lugar no corpo de Cristo.
2.2 - Aprendemos a amar o irmão!
Aprendemos a perdoar e a pedir perdão! Aprendemos a arte de estender a mão aos que precisam de ajuda! Apredemos a ajudar, antes de criticar, como afirmou certo pai de família: "Lá em casa nós não almoçamos nem jantamos a vida de ninguém!"
2.3 - Aprendemos a cooperar! Aprendemos a não ficar de braços cruzados vendo as coisas acontecerem! aprendemos a arte da cooperação, a qual propicia a ampliação da atuação da igreja na comunidade.
3. FAMÍLIAS QUE PREVALECEM SÃO AQUELAS QUE BUSCAM A UNIDADE
A unidade da igreja acontece através de famílias que buscam a unidade, que vivem em harmonia, que vivem em paz, especialmente, pela presença de Jesus. A unidade da família depende de alguns fatores importantes.
3.1 - A unidade da família depende da nossa disposição em superar as diferenças.
Precisamos aceitar o fato de que somos diferentes! No relacionamento familiar pode haver diferença de opiniões, diferença de herança familiar, diferença de formação acadêmica, diferença de temperamento e muitas outras.
Por mais que pareçam ser semelhantes, as pessoas quando se casam descobrem que, na verdade, há muita diferença. Quando essas diferenças não são bem trabalhadas, não são bem tratadas, surgem os conflitos familiares.Torna-se difícil conviver em harmonia. É preciso trabalhar as incompatibilidades!É preciso encarar as diferenças como um fator de crescimento pessoal e conjugal pois é a partir das diferenças que a família desenvolve todo o seu potencial.
3.2 - A unidade da família depende da disposição de manter uma boa comunicação.
A comunicação é um dos principais fundamentos para a felicidade familiar. Vivemos na era da comunicação. Os meios de comunicação estão estrapolando os limites imagináveis e alcançando um número cada vez maior de pessoas, onde quer que estejam. Não obstante, os lares estão vivendo uma verdadeira crise de comunicação. Para muitos, a residência é apenas um dormitório.
É preciso haver diálogo. Tempo para conversa. Tempo para ouvir. As pessoas estão pagando especialistas para terem alguém que as ouça!
Jaime Kemp oferece algumas sugestões para uma boa comunicação:
(1) Pense duas vezes antes de falar. Não seja precipitado ao responder. (2) Fale sempre a verdade, mas fale com amor. (3) Evite envolver-se em rixas. É possível discordar sem causar brigas. (4) Procure entender a opinião do seu cônjuge.1
Para que haja uma boa comunicação é preciso: saber quando, como, onde e o que dizer.
3.3 - A unidade da família também depende do exercício do perdão
(Mateus 6:14-15)
No relacionamento conjugal, é preciso aceitar o fato de que, por melhor que seja, ninguém tem a razão em todas as questões. Estar disposto a reconhecer os próprios erros é um bom começo de saúde conjugal.
É preciso estar disposto a dar o primeiro passo na reconciliação!
É preciso evitar o acúmulo de problemas não-resolvidos (Mateus 6:34: "Basta a cada dia o seu próprio mal"; Efésios 4:26: "não se ponha o sol sobre a vossa ira", "não fique com raiva o dia todo" - BLH).
O número de casais que se separam depois dos 20 anos de casamento é muito grande, especialmente, porque deixam os problemas se acumularem; não tratam as causas dos problemas! Há pessoas que guardam mágoas durante 20 anos ou mais! Isso mostra que, na medida do possível, os problemas devem ser resolvidos no mesmo dia em que ocorrem.
O perdão acontece mediante a operação de Deus. Humanamente falando, é impossível perdoar. Foi por isso que o escritor aos Hebreus afirmou: "ninguém se prive da graça de Deus!" (12:15). É a graça de Deus que nos concede forças para perdoar!
3.4 - A unidade da família depende ainda da compreensão dos papéis do marido e da mulher (Efésios 5:22-25).
Paulo afirma que a mulher tem a responsabilidade de ser submissa ao seu marido. Hoje está muito difícil falar sobre submissão. Quem manda na sua casa?
É preciso entender que os papéis do marido e da mulher estão interligados! A mulher recebeu a ordem de ser submissa ao seu marido. O marido recebeu uma ordem superior: amar a sua esposa. Por isso, a esposa que se sente amada pelo seu esposo tem prazer em ser submissa a ele.
Em Gênesis 2:18, a ajudadora idônea é aquela que está ao lado do marido, numa posição honrada! Ambos, marido e mulher, têm funções distintas no casamento. Para evitar conflitos, é preciso que ambos busquem identificar onde têm falhado no cumprimento de seus papéis para que haja equilíbrio no relacionamento conjugal.
Conclusão
Famílias que prevalecem são aquelas que buscam a Deus! São aquelas que lutam pela preservação da sua unidade e dos seus relacionamentos!
Não podemos nos esquecer de que na família o mais importante não é o que os outros podem fazer para a sua felicidade, mas o que você pode fazer para a felicidade dos outros.
Deus quer abençoar a sua igreja através da sua família! A minha oração é que a sua família seja sempre uma bênção para a sua igreja!
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