Amados irmãos em cristo Jesus, que a graça e a paz esteja com todos, e clamo ao soberano Deus que nos ilumine para que a sabedoria seja derramada sobre todos para que entendamos e possamos diferenciar os ensinamentos errados e heréticos sobre o nosso futuro com respaldo bíblico, trago hoje um estudo sobre o MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO DO LIVRO DE APOCALIPSE, vejamos: Apocalipse é com certeza um dos livros mais discutidos ao longo da história da igreja, e considerado um dos mais difíceis da Bíblia para se interpretar pela maioria dos cristãos. Isso acontece devido ao grande número de símbolos e figuras presentes no livro.
Existem então diferentes métodos de interpretação do livro de Apocalipse, e veremos nesse texto, resumidamente, cada uma dessas interpretações. Vale ressaltar que tais interpretações ou padrões de hermenêutica, não se aplicam apenas ao livro de Apocalipse, mas também à outros textos bíblicos (principalmente aos livros proféticos), porém para o nosso texto iremos considerar apenas o livro de Apocalipse.
Interpretação Preterista de Apocalipse:
O método Preterista considera o contexto histórico na interpretação do Apocalipse, ou seja, muito do simbolismo presente no livro está relacionado aos acontecimentos contemporâneos da época em que foi escrito. No Preterismo, muitas das profecias do Novo Testamento também foram cumpridas na destruição de Jerusalém em 70 d.C. e em eventos do período da igreja primitiva.
Dentro da interpretação Preterista, existe uma classificação que podemos chamar de Preterismo Moderado e Preterismo Radial (ou Hiperpeterismo). Basicamente a diferença entre moderado e o radical é a totalidade ou não do cumprimento das profecias. O Preterismo Radical, por exemplo, acredita que tudo foi cumprido em 70 d.C. na destruição de Jerusalém e depois na queda do Império Romano, enquanto o Preterismo Moderado acredita em uma segunda vinda de Cristo, ressurreição dos mortos e julgamento final. O Preterismo Radical é considerado por muitos herético, pois nega fundamentos básicos da fé cristã, como a segunda vinda de Cristo. Dentro do Apocalipse, os preteristas, pelos menos em sua maioria, identificam a besta como sendo o Império Romano, o falso profeta seriam os sacerdotes que instituía o culto ao imperador, a grande meretriz como sendo a cidade de Roma ou a própria Jerusalém apóstata.
Interpretação Historicista de Apocalipse:
No Historicismo, as profecias do livro de Apocalipse (e outras profecias bíblicas), são interpretadas como se fossem se cumprindo ao longo da história. Dessa forma, muitas profecias já se cumpriram, outras estão em pleno cumprimento, e também há aquelas que ainda se cumpriram, ou seja, seria como um esboço da história da igreja desde o século I até a Segunda Vinda de Cristo.
Até o século XIX, podemos dizer que a interpretação Historicista era a predominante dentro do protestantismo, sendo superada em números quando surgiu o Dispensacionalismo com uma interpretação completamente Futurista.
Interpretação Futurista de Apocalipse:
Na interpretação Futurista, quase tudo no livro de Apocalipse está relacionado aos acontecimentos futuros do fim dos tempos – para alguns com exceção apenas dos três primeiros capítulos. A interpretação Futurista se popularizou com o surgimento da corrente escatológica conhecida como Dispensacionalismo (ou Pré-Milenismo Dispensacionalista) e que se tornou a principal visão escatológica dentro do movimento pentecostal.
A interpretação Futurista (em sua maioria) crê que haverá um arrebatamento secreto da igreja antes de um período de sete anos de grande tribulação, a besta será um líder político que liderará um governo mundial, o falso profeta seria uma espécie de ecumenismo religioso que tomará o mundo no governo do Anticristo e ao final Cristo voltará para livrar o povo de Israel e estabelecer um reino literal de mil anos (Milênio) na terra.
Interpretação Idealista de Apocalipse:
A interpretação Idealista pode ser definida como totalmente simbólica, na medida em que interpreta toda descrição presente no livro de Apocalipse como símbolos, verdades ou ideais espirituais, ou seja, nada irá ocorrer realmente de forma literal e histórica, mas completamente de maneira espiritual.
De forma resumida, o Idealismo interpreta o Apocalipse como um símbolo da luta entre o bem e o mal, entre a igreja e o paganismo dominado pelo poder satânico. Sendo assim, verdades espirituais são ensinadas para que cristão possam aplica-las em diversas situações. Existem também alguns idealistas que interpretam a segunda vinda de Cristo e o juízo final também como algo simbólico, caindo no mesmo erro dos Hiperpreteristas, enquanto outros (a maioria), mesmo idealistas, interpretam como eventos literais que acontecerão.
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