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sábado, 30 de abril de 2016

Educação Transformadora EBD

Educação Transformadora EBD



Para uma reflexão coerente a respeito da Escola Dominical, do ensino e da transformação, como propõe o tema deste artigo, se faz necessário ressaltar que não existe educação transformadora se não pensarmos que há necessidade de transformação. Quem necessita de transformação e por quê?


Se quisermos uma educação cristã que seja relevante para os nossos dias, precisamos fazer uma leitura do nosso tempo. Vivemos “tempos trabalhosos” e a Escola Dominical, como instituição de ensino religioso, precisa formar alunos (indivíduos) que possam enfrentar, segundo os preceitos de Jesus, os desafios espirituais, políticos, sociais, filosóficos, éticos, etc. do nosso tempo. Além desses desafios atuais, necessitamos refletir a respeito da Escola Dominical enquanto instituição de ensino religioso. Quais são nossos maiores entraves na atualidade? Creio que dentre os vários desafios da atualidade, atrair os alunos e garantir a frequência deles na Escola Dominical é o mais desafiador. Também não é uma tarefa nada fácil fazer com que os já matriculados, sejam assíduos e continuem a crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, experimentando uma transformação pessoal.
1. Educação Transformadora 
O que é transformar? “Fazer tomar nova feição ou caráter, alterar-se, modificar-se, passar de um estado ou condição a outro”. Fica, assim, a seguinte indagação: “Nosso ensino tem contribuído para formar pessoas mais éticas, mais amorosas, enfim, pessoas melhores?”. 
É importante ressaltar que quando nos referimos à educação transformadora, não estamos nos referindo a um método educativo, mas de uma filosofia pedagógica que requerer uma prática coerente.  O Evangelho de Jesus Cristo é transformador, logo a educação cristã tem como princípio a transformação do indivíduo (Jo 3.3; 2 Co 5.17). Evangelho que não transforma, não é evangelho. Religião alguma pode transformar o ser humano. A religião acaba deformando, adoecendo o indivíduo, somente Jesus tem o poder de transformar. Todavia, para que nosso ensino seja transformador, relevante para os nossos dias, precisamos ter uma visão holística do indivíduo, gerando uma transformação global (corpo, alma e espírito). A educação cristã, gera uma transformação de dentro para fora, pois o inverso não é transformação.
A transformação é algo tão relevante que o primeiro milagre realizado por Jesus aponta para o poder transformador do Evangelho (Jo 2). Jesus não transformou a água em vinho para deixar os noivos e os convidados alegres. Jesus desejava mostrar que somente Ele, e não a religião, poderia transformá-los.
Infelizmente, temos visto crentes que são assíduos à Escola Dominical, porém os anos passam e a pessoa não se torna um ser humano melhor. Você já parou para refletir a esse respeito? Que tipo de ensino estamos oferecendo na Escola Dominical?
Para aprofundar a nossa reflexão, faremos uma breve comparação entre uma “educação transformadora” e uma “educação bancária”. Vamos tomar como base a educação transformadora (centrada em Jesus) e a educação que Paulo Freire chamou de “bancária” e que Freinet denominou de “escolástica”. Observe:
Educação transformadora x “educação bancária” (Paulo Freire)
 O aluno é o sujeito da aprendizagem.O professor é o sujeito da aprendizagem. Para Freire “na visão bancária da educação, o saber é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber”.
 Diálogo. O aluno é um mero receptor.
 Reflexão. O aluno apenas memoriza.
 Inclusiva. Não valoriza e não abre espaço para as  diferenças.
 Aberta para o novo, para  mudanças. Não há espaço para mudanças.
O ser humano está sempre em primeiro lugar. A tradição, os recursos e métodos se tornam mais importantes.
 Salvação pela fé, graça divina. Legalismo (uso incorreto da lei).
2. Mudança e Transformação
Se quisermos uma educação que transforma, precisamos de algumas mudanças, embora saibamos que mudar não é algo fácil. Em geral, as instituições de ensino — religiosas ou não — são resistentes a todo tipo de mudança. Alguns professores são tão resistentes que nunca acrescentam nada de novo a suas aulas. Eles são sempre previsíveis, utilizando domingo após domingo a mesma metodologia e quase nenhum tipo de recurso didático. O conteúdo e os princípios da Palavra de Deus, que devem ser trabalhados em nossas aulas, são imutáveis e inegociáveis, porém a metodologia e os recursos devem acompanhar o nosso tempo. Estamos diante de uma nova geração e por isso precisamos buscar novas metodologias a fim de atrair e fazer com que os alunos queiram participar ativamente das aulas e aprender. Essa procura por novas metodologias é difícil, pois requer tempo e vontade, mas é extremamente necessária para alcançar esta geração. Mudança de paradigma requer reflexão, pesquisa, diálogo, vontade de mudar, romper com o comodismo e transpor os vários obstáculos que têm prejudicado a aprendizagem. Na educação cristã, temos vários entraves que precisam ser vencidos, todavia, acredito que os principais obstáculos são:
- Docentes mal preparados;
- Tradicionalismo no preparo das aulas;
- Falta de recursos didáticos adequados aos conteúdos;
- Falta de aplicabilidade do conteúdo.
Conclusão
Quero concluir esta reflexão com as palavras de Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”

Referências Bibliográficas
BUENO, Telma. Educação Cristã: Reflexões e práticas. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 11ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. 8. ed. São Paulo: Ática, 2010.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 28. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. 21. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 5. ed. São Paulo: Papirus, 2011.

terça-feira, 26 de abril de 2016

O Deus revelado na Bíblia

O Deus revelado na Bíblia

Incrédulos têm utilizado a destruição das nações pagãs por Israel em Canaã como prova de que o Deus do Antigo Testamento é injusto e cruel.
Quando o SENHOR teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; E o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; Pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria. Porém assim lhes fareis: Derrubareis os seus altares, quebrareis as suas estátuas; e cortareis os seus bosques, e queimareis a fogo as suas imagens de escultura. Deuteronômio 7:1-5.

Seria o Deus do Antigo Testamento injusto e cruel?

Os seguintes factos devem ser tomadas em consideração:
1 – A Longanimidade de Deus
Deus esperou 400 anos antes de julgar estas nações, o que nos lembra que Ele é muito longânimo.
Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos, Mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia. Gênesis 15:13-16
Estas nações tiveram a luz da criação e da consciência, e eles também tinham luz profética. Havia profetas na região, como Melquisedeque e Abraão, Isaac e Jacó e seus filhos. Os cananeus poderiam ter se arrependido como Nínive fez, e Deus teria perdoado (Jonas 3:5-10).
2 – Imoralidade das Nações
As nações em questão se dedicaram a todo tipo de perversão moral vil, incluindo o homossexualismo, estupro, incesto, a bestialidade, e a queima de seus filhos, isso mesmo eles queimavam os seus filhos em oferenda.
Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Eu sou o Senhor vosso Deus. Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual vos levo, nem andareis nos seus estatutos. Levítico 18:1-3
E não chegarás à mulher durante a separação da sua imundícia, para descobrir a sua nudez, Nem te deitarás com a mulher de teu próximo para cópula, para te contaminares com ela. E da tua descendência não darás nenhum para fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor. Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é; Nem te deitarás com um animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; confusão é. Com nenhuma destas coisas vos contamineis; porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que eu expulso de diante de vós. Por isso a terra está contaminada; e eu visito a sua iniquidade, e a terra vomita os seus moradores. Levítico 18:19-25
Porém, qualquer que fizer alguma destas abominações, sim, aqueles que as fizerem serão extirpados do seu povo. Portanto guardareis o meu mandamento, não fazendo nenhuma das práticas abomináveis que se fizeram antes de vós, e não vos contamineis com elas. Eu sou o Senhor vosso Deus. Levítico 18:29,30
Quando o Senhor teu Deus desarraigar de diante de ti as nações, aonde vais a possuí-las, e as possuíres e habitares na sua terra, Guarda-te, que não te enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas diante de ti; e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao Senhor teu Deus; porque tudo o que é abominável ao Senhor, e que ele odeia, fizeram eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos seus deuses. Deuteronômio 12:29-31
Essas nações foram destruídas por causa da sua total imoralidade.
Considere a condição de Sodoma e Gomorra centenas de anos antes e Deus ordenou a destruição dessas nações. Os homens de Sodoma cercaram a casa de Ló e tentaram abusar os anjos que os visitavam (Gn 19:4-9).
O aspecto do seu rosto testifica contra eles; e publicam os seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos. Isaías 3:9
Não é moralmente errado para um Deus totalmente santo e justo punir aqueles que voluntariamente, flagrantemente, e impenitentemente quebram suas leis.
Aqueles que acusam Deus de injustiça e crueldade para punir nações más são hipócritas, porque eles próprios acreditam na lei e na ordem e apoiam a punição daqueles que cometem crimes como estupro, roubo, abuso infantil e assassinato, particularmente quando esses crimes são cometidos contra eles e seus entes queridos.
Homens são rápidos para pedir justiça quando são ofendidos, mas eles criticam Deus quando Ele aplica a Sua justiça contra os pecadores.
3 – Os juízos de Deus são avisos para os outros.
A destruição de Sodoma e Gomorra e outras cidades dos cananeus são avisos para aqueles que irão ouvir, mesmo para estes tempos finais. Isto é enfatizado nas Escrituras:
E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente; 2 Pedro 2:6
Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno. Judas 1:7
Mesmo no julgamento, Deus é misericordioso. O que Ele ama acima de tudo é a misericórdia e o que Ele é, acima de tudo é um Salvador, mas os homens devem arrepender-se e voltar-se para Ele. Essa é a Sua exigência, e o Criador tem todo o direito de definir as regras!
4 – Existe misericórdia para quem se arrepende
O Senhor foi misericordioso para com aqueles que, como Raabe que se arrependeu de sua idolatria e colocaram sua fé em Jeová Deus (Josué 2).
Todo o teor das Escrituras ensinam que Deus se deleita mais na misericórdia do que na punição.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. 2 Pedro 3:9
Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. 1 Timóteo 2:4
5 – Deus é Onisciente.
Ele conhece todas as coisas. Ele sabe o começo e o fim. Ele sabe o que as pessoas vão fazer e as escolhas que eles fazem mesmo antes de nascer e enquanto eles ainda são bebês. Parece cruel e irracional para Deus ter crianças mortas com seus pais, mas Deus sabia o que essas crianças fariam quando eles crescessem, como Ele sabia nos dias de Noé.
6 – Era necessário que essas nações pagãs malignas fossem derrubadas para que Israel pudesse se estabelecer naquela terra como uma luz para o mundo.
Eles tinham sido deixados sozinhos, Israel teria sido corrompido moralmente e religiosamente dentro de um curto espaço de tempo (Dt. 7: 2-6). A destruição dessas nações foi realmente um ato de grande compaixão da parte de Deus.
As nações pagãs que foram destruídas mereciam, ao persistir no seu pecado, e exercendo o justo juízo sobre eles Deus estava oferecendo bênção para o mundo inteiro. Através de Israel, Deus deu ao mundo a Sua revelação divina na Bíblia, e através de Israel Ele trouxe o Salvador ao mundo para morrer pelo pecado do homem. “Porque Deus amou o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Aqueles que acusam Deus de injustiça e crueldade ignoram o fato de que o próprio Deus pagou o preço exigido de sua própria santa lei para que os homens pudessem ser salvos. O coração de Deus foi revelado nas palavras surpreendentes que Jesus falou na cruz em relação às pessoas que o tinham tão terrivelmente e injustamente abusado dele: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”
O Deus revelado na Bíblia é a pessoa mais compassiva no universo. Na verdade, Ele é a fonte de todo o verdadeiro amor e compaixão, mas ele também é santo e justo, e Ele não pode ser julgado por insignificantes padrões humanos, inconsistentes.

sábado, 23 de abril de 2016

A VINDA DE JESUS SERÁ REPENTINA Como Um Relâmpago


A VINDA DE JESUS SERÁ REPENTINA

Como Um Relâmpago


O senhor voltará com grande poder e glória sobre as nuvens do céu (Mt 24.30). Esse acontecimento é alvo final de todas as profecias que foram feitas acerca do futuro de Israel, Igreja de Deus e das nações. Quando vemos o caos reinando no Oriente Médio, a perplexidade entre as nações e a confusão dentro do cristianismo, então podemos ficar contentes e tranquilo porque o Senhor nos deixou essa mensagem, que Ele proferiu no Monte das Oliveiras.


A VINDA DE JESUS SERÁ REPENTINA

Como Um Relâmpago

Alguns elementos especiais e misteriosos indicam a natureza e procedimento do arrebatamento da Igreja na vinda do Senhor. Como já sabemos, a Volta de Cristo se dará em duas fases: primeiro, o Arrebatamento; segundo, a vinda de Jesus em Glória, quando todo olho O verá (Ap 1:7). O Arrebatamento se dará de forma repentina, em tempo ínfimo, pois a Bíblia diz que isto se dará “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15:52a), expressão que, no grego, é “átomo”, ou seja, unidade que não pode ser dividida. 
O crente deve estar em comunhão com o Senhor, em santidade, a fim de que tenha condições de discernir espiritualmente o momento em que está vivendo e se preparar convenientemente para não ser apanhado de surpresa pela vinda do Senhor. O Arrebatamento é iminente e o juízo divino não demora, e somente aqueles que estiverem atentos, aguardando o Senhor, serão poupados do “Dia do Senhor”, da ira divina que se abaterá sobre a Terra (LUCIANO,blog,2016).

ü     Surpresa. Esse elemento é rejeitado por alguns grupos que entendem que não haverá dois eventos distintos; o arrebatamento da Igreja e a vinda pessoal de Cristo. Ora, o que a Bíblia nos ensina é que, a Igreja, constituída pelos mortos e vivos em Cristo, se encontrará nas nuvens com o Senhor. Se por alguns a idéia da surpresa é rejeitada, uma grande maioria cristã prefere o que declara as Escrituras que destacam o elemento surpresa (Tt 2.13; Mt 24.35,36, 42,44; 25.13). Esse elemento é fundamental porque a Igreja vive na esperança da vinda do Senhor.

ü     Invisibilidade (1 Ts 4.17). Por que será um evento invisível e para quem? Será invisível para o mundo material porque os arrebatados serão constituídos somente dos transformados. A transformação será tão parida, que nenhum instrumento cronológico terá condição de perceber ou marcar o tempo. Quando o crente conquistar esse corpo imaterial, a matéria perdera totalmente sua força (1 Co 15.43,44,49,51,53).

ü     Imaterialidade (1 Co 15.42,52,53). Na verdade, a transformação que ocorrerá na vinda do Senhor será extraordinária e gloriosa, pois o que é material se revestirá do imaterial, o corruptível do incorruptível. Todas as limitações da matéria serão anuladas completamente, pois, literalmente, nossos corpos serão revestidos de espiritualidade.

ü     Velocidade (1 Co 15.52). Para tentar explicar a velocidade do evento, Paulo usou o termo grego átomos, que aparece no texto sagrado pela expressão “num momento”, cujo sentido literal é indivisível (quanto ao tempo, aqui). A palavra átomos era usada para denotar “algo impossível de ser cortado ou dividido”. Também encontramos outras expressões bíblicas para denotar velocidade, tais como “abrir e fechar de olhos”, ou “piscar de olhos”. Mesmo em época avançada e de tecnologia, nada poderá contar e detectar o momento do milagre do arrebatamento da Igreja.

Estudar e meditar sobre o arrebatamento da Igreja promove nos remidos a fé e a esperança na vinda do Senhor. Não nos preocupamos demasiadamente com as varias teorias de interpretação sobre o arrebatamento (se ocorrera antes, no meio ou depois da Grande Tribulação), permaneçamos, sim, atentos ao fato de que Jesus virá. Devemos estar preparados para encontrar com o Senhor.


COMO UM LADRÃO (1 Tessalonicensses 5.2) 

      “Porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite”.

A figura do “ladrão” foi usada apenas para facilitar o nosso entendimento sobre como será o Arrebatamento da Igreja. Sabendo como age o ladrão, saberemos o que acontecerá no Dia do Arrebatamento.
No mesmo sermão, Jesus chamou a atenção dos discípulos para o inesperado de sua vinda, comparando-a com a chegada de um ladrão para arrombar uma residência. Desde que o homem se rebelou contra Deus, e deu lugar ao pecado e ao Diabo, a prática criminosa do roubo, do assalto e dos furtos tem lugar no meio da sociedade. Os discípulos conheciam diversos casos de arrombamento de casas. E sabiam que, em todos os casos, as vítimas foram apanhadas de surpresa. Com o realismo dos fatos, Jesus valeu-se da figura da vinda de um marginal para roubar uma família. “Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa” (Mt 24.43).
E um alerta sobre a surpresa da vinda de Jesus, para estarmos preparados para sua volta a qualquer instante. E também um alerta para termos cuidado para nossa casa espiritual, ou nossa vida, não ser assaltada pelo “ladrão”, que só vem para destruir tudo o que temos da parte de Deus: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir” (Jo 10.10a). Infelizmente, há tantos que dão mais lugar aos interesses do ladrão destruidor do que àquEle que veio para que tenhamos vida e vida com abundância” (Jo 10.10b). Mas Deus está sempre avisando: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã (Mc 13.35). O “ladrão” está rondando nossas vidas, nossos lares, nossos casamentos, nossas famílias, de maneira sorrateira e sutil. Muitos de nós colocam equipamentos de segurança nas residências, prevenindo-se contra o ladrão, o marginal que arromba casas. Mas grande parte não coloca a sua vida em segurança, no lado espiritual, para esperar Jesus, que vem como um ladrão. Quando muitos acordarem, já será tarde demais.

Observação sobre A Vinda Do Filho Do Homem (V 26)
As declarações de Jesus sobre a vinda do Filho do Homem revelam que ela abrange dois aspectos. A vinda do Filho do Homem refere-se, tanto à primeira fase da sua volta, numa data desconhecida, antes da tribulação (ver Ap 3.10); O ARREBATAMENTO DA IGREJA, para buscar os santos da igreja, (ver v. Mt 24.42; Jo 14.3; 1 Ts 4.14). Como também à segunda fase da sua vinda, que ocorrerá depois da tribulação, para julgar os ímpios e recolher os justos no seu reino (Ap 19.11; 20.4).                                                                           
Cristo se referiu a dois eventos, tanto à sua volta imprevisível (Mt 24.42,44), como também à sua volta previsível (Mt 24 29,30), vê-se pelo fato que Ele cita três diferentes categorias de pessoas nos versículos 37-44, ilustrando os dias de Noé . As três categorias de pessoas e seu relacionamento com a vinda de Cristo são: (1) As vítimas do dilúvio nos dias de Noé, representando os descrentes da tribulação. Não sabem a ocasião da volta de Cristo e estão despreparados. Serão destruídos no tempo do fim (Mt 24 38,39,43; cf. Lc 17.26-29). Trata-se de uma referência à segunda fase da sua volta depois da tribulação. (2) Noé, representando os crentes da tribulação. Por causa dos sinais do tempo do fim, os santos da tribulação sabem, quase exatamente, o momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos. A ocasião da volta de Cristo para eles ocorre no tempo previsto (v. 27; cf. Gn 7.4). Aqui trata-se da segunda fase da volta de Cristo, depois da tribulação. (3) Os discípulos de Jesus. Eles representam os crentes dos nossos dias, Os crentes da igreja, antes da tribulação, que não saberão o tempo da volta de Cristo para levá-los ao céu (vv. 42,44; ver Jo 14.3 nota; cf. 1 Ts 4.14). Não haverá sinais específicos precedendo a vinda do Senhor para buscá-los, pois Cristo declara que ela ocorrerá inesperadamente.


 COMO FOI NOS DIAS DE NOÉ
A época que precederá a vinda de Cristo se assemelhará aos dias de Noé (37). As pessoas estavam levando vidas normais e seculares, ignorando a Deus (38). Mas de repente o dilúvio (em grego, kataklysmos, “cataclisma”) os levou a todos (39). Assim, disse Jesus, será também a vinda do Filho do Homem (uma frase encontrada pela terceira e última vez neste capítulo).
Jesus compara o dia da sua volta com os dias de Noé e de Ló. Antes do dilúvio, as pessoas viviam a vida normalmente. Elas continuavam comendo, bebendo e casando-se. Não levaram a sério as palavras de julgamento que Noé apregoava. Quando chegou o dilúvio, elas estavam desprevenidas, e todo o mundo pereceu (Gn 7.11-23).
Algo semelhante aconteceu nos dias de Ló. As pessoas eram dedicadas a interesses terrenos. Elas comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e construíam. Estes indivíduos estavam preocupados com interesses próprios, não tendo consciência de que estavam a caminho do julgamento. Eles também estavam desprevenidos quando Deus fez chover do céu fogo e enxofre (Gn 19.2325). A oportunidade de salvação passou por eles e o julgamento divino os colheu. Quando Cristo voltar, essa mesma indiferença e desvanecimento predominarão (Lc 17.30). As pessoas não discernirão os tempos nos quais vivem por estarem sobrecarregadas com os cuidados da vida.
Quando o julgamento vier, será rápido e decisivo. No dia da gloriosa aparição de Cristo, os seres humanos têm de se precaver contra a devoção às próprias preocupações. Um homem que esteja no telhado descansando ou se encontre no campo trabalhando, pode pensar que tem um tempo para voltar para casa e recolher suas posses. Isso será impossível.
Todos devem ser livres de ligações com as coisas terrenas e estar comprometidos de coração com o Reino de Deus. A vinda do Filho do Homem requer devoção sincera a Ele. Interesses mundanos e amor às posses materiais têm consequências fatais".

CORRUPÇÃO GERAL DA TERRA
 Decadência moral de nossa época

Pedro, quando fala profeticamente sobre a volta de Cristo, menciona claramente o dilúvio (veja 2 Pe 2.1-9; 3.5-7). E o Senhor Jesus que disse em relação à sua Volta, que ela aconteceria em tempos iguais aos tempos de no Noé: (Lc 17.26,27,30).
Uma vez que ela se equipara à época que antecede o dilúvio. Quanta perversidade, quanta zombaria, quanta decadência moral e quanto egoísmo desenfreado encontrados por todos os lugares! O ser humano (inclusive as pessoas nas cúpulas dos governos) não quer mais ser advertido pelo Espírito de Deus, pois prefere distanciar mais e mais do Todo Poderoso. A mistura de religiões, o relacionamento tolerante e o diálogo aberto de igrejas cristãs com grupos de convicções contrarias à Bíblia nega o único Deus vivo e verdadeiro. As pessoas estão abertas para tudo, menos para a verdade, que em Cristo se revelou e se apresentou a nós da maneira mais cristalina.
O Senhor sabia que os descendentes de Noé não seriam diferentes das pessoas que viviam antes do dilúvio; somente o sacrifício podia poupa-los do juízo. Esse sacrifício, porém, já era um prenúncio do sacrifício pleno e completo de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Somente através dEle podemos escapar do juízo.


COMO FOI NOS DIAS DE LÓ
Os pecados de Sodoma eram muito graves
Em Gênesis 18.20 está escrito: “ Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito”.
Os “dias de Ló” eram semelhantes aos “dias de Noé”, em termos de visão materialista. A preocupação dos moradores de Sodoma, Gomorra, Adama e Zeboim era: “Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam” (Lc 17.28). Mas é notório que o casamento e a família não eram valorizados. Sodoma e Gomorra são conhecidas, na literatura, mesmo na área secular, como cidades-símbolo do homossexualismo exacerbado.
Os “dias de Ló” são emblemáticos e sinal para os dias em que vivemos. O movimento homossexual, ou LGBT, ganha espaço na mídia como nunca; em países do “primeiro mundo”, como Estados Unidos, Holanda, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Inglaterra, França, Portugal, Espanha e em outros, de outras nações, o apoio e a aprovação da “união civil de pessoas do mesmo sexo”, ou do “casamento igualitário”, ou ‘homoafetivo”, tem tido o respaldo dos governos e dos judiciários. Em nosso Brasil, nunca houve tanta visibilidade quanto ao apoio oficial à união homossexual, condenada pela Palavra de Deus de forma clara e institucionalizada.
Precisamos entender a seriedade do período em que vivemos e ouvir qual tem sido o alerta de Deus para essa geração. É necessária essa geração perceber qual é a conversa que o Eterno Deus está tendo com a humanidade, e principalmente com a igreja dessa última hora, pois o nosso Deus não mudou, nem se adequou, nem tão pouco se aperfeiçoou. Ele é a PERFEIÇÃO, é IMUTÁVEL, sempre teve um padrão estabelecido para a humanidade, o ser humano é que é inconstante e pensa que Deus acompanha as tendências humanas, ou cresce em sabedoria juntamente com a mente humana. E esse tem sido o grande erro dessa geração, não conhecer o Deus das escrituras, e por não ler a bíblia, fantasiam um deus folclórico segundo a sua imaginação e crêem que é o mesmo Deus das escrituras. Ou para se explicar, ou tentar se excursar da culpa do pecado, dizem o famoso jargão: “Mas nós estamos no período da Graça” e esquecem-se que Deus sempre exerceu graça e juízo em toda a trajetória humana, muitos se apegam que por Deus possuir o atributo da Graça Ele perdeu o atributo de Juiz, e que ainda odeia o pecado e a iniquidade. E por não conhecer o Deus de Israel (HasHem Adonai) essa geração chegou ao nível de pecado (se não ultrapassou) a geração dos dias de Noé e nos dias de Ló (LEANDRO, blog, 2015).


CONCLUSÃO
Assim como Deus mandou construir apenas uma arca naquela época, com apenas uma única porta e única janela, voltada para cima, também hoje existe uma única possibilidade de salvação: através de Jesus Cristo. Ele é a única porta que conduz a salvação (NORBERT,2005, p.61).

JESUS VEM, EU CREIO!

JESUS VEM, EU CREIO!



Esperar que Jesus voltará a qualquer momento influencia o nosso estilo de vida. A grande crise de mornidão espiritual em que vivemos tem a ver com as prioridades de vida de alguns crentes. Quem espera Jesus voltar estabelece prioridades na vida que leve à espera desse encontro; mas quem não espera estabelece outras.

ATITUDES CORRETAS ANTE A VOLTA DO SENHOR

A primeira fase da volta de Jesus para buscar a sua Igreja, integrada pelos crentes fiéis e santos, será tão repentina que não haverá tempo para ninguém preparar-se de última hora. Os meios de comunicação antigos e os mais modernos não terão oportunidade para anunciar a iminência da volta de Cristo. Essa premência e surpresa do arrebatamento dos salvos já foi anunciada há muitos séculos, e estão bem claras nas Escrituras. Diante dessa realidade profética e real, o cristão verdadeiro, que tem consciência do que é ser salvo para ir para o céu, onde Cristo está (Jo 14.3), deve viver num estilo de vida e conduta de quem está esperando seu Senhor a qualquer momento.

COM FÉ E VIGILÂNCIA

                A raça humana se divide, basicamente, em dois grupos - aqueles que vigiam, esperando a vinda de Cristo, e aqueles que não vigiam. O princípio da separação está graficamente exemplificado aqui. Estando dois no campo, será levado um e deixado o outro (40). A mesma coisa acontecerá com as duas mulheres moendo no moinho (41) - um pequeno moinho manual operado por duas mulheres, como ainda se pode ver na Palestina. Então Jesus faz a seguinte alusão: Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor (42). Este é o ponto principal do Sermão do Monte (cf. 25.13). Vigiai significa, literalmente: “Estejam completamente alertas!” Pois ninguém sabe quando Cristo virá.
O versículo 43 contém uma breve parábola. Se o pai de família (oikodespotes, veja 20:1,11) soubesse quando o ladrão viria, vigiaria e estaria à sua espera. Como não sabemos quando Jesus poderá vir, devemos estar sempre preparados (44). Estar preparado a qualquer momento para a volta de Cristo é a primeira responsabilidade de cada cristão.
                O Servo Fiel e o Servo Infiel (24.45-51). A advertência final deste capítulo é feita sob a forma de uma breve parábola sobre um servo fiel e prudente (45; um escravo), e um mau servo (48). 0 primeiro se mantém ocupado, cumprindo fielmente as suas tarefas. Assim, ele está preparado para quando o seu Senhor chegar.

Mas se o escravo pensar que o seu senhor se atrasará, e começar a se divertir e a maltratar os seus companheiros, o seu mestre chegará em uma hora em que ele não sabe. O resultado será uma severa punição - ele separa-lo-á (51; literalmente, “dividido em duas partes”) e colocará junto com os hipócritas, onde haverá pranto e ranger de dentes (cf. 8.12; 13.42,50; 22.13; 25.30; Lc 13.28). O castigo eterno é o destino dos infiéis.

Maclaren intitula esta seção (42-51) como: “Vigiando à espera do Rei”. Ele observa: 1) A ordem de vigiar, reforçada pela nossa ignorância da ocasião da Sua vinda, 42-44; 2) A imagem e a recompensa de vigiar, 45-47; 3) A imagem e a condenação do servo que não vigiou, 48-51.

CHEIO DO ESPÍRITO SANTO

Na Parábola das dez virgens, ter azeite na lâmpada significa ser cheio do Espírito Santo. O Azeite é um dos Símbolos do Espírito Santo. No Tabernáculo e no Templo as sete lâmpadas do candelabro tinham que permanecer acesas, continuamente, e, para isto, não podia faltar o azeite. Este tinha que ser renovado duas vezes ao dia, de manhã e à tarde (Êx 27:20,21). Sem o azeite as sete lâmpadas do candeeiro, ou candelabro, se apagariam. Daí a necessidade de renovação do azeite, diariamente.

Observação:

As “virgens loucas” não representam os crentes que não são batizados com o Espírito Santo. Há uma corrente de comentaristas que afirma que as “virgens loucas” representam os crentes que não são batizadas com o Espírito Santo. Biblicamente nós afirmamos que esta interpretação não tem fundamento. Há crentes que não são batizados com o Espírito Santo, mas que são cheios do Espírito Santo. A salvação não é um privilégio apenas das denominações pentecostais, não. Entre as “virgens prudentes” estão muitos que não são batizados com o Espírito Santo, mas que são salvos. O batismo com o Espírito Santo não é garantia de salvação. O que a Bíblia recomenda a todos os crentes (ela não diz os crentes batizados com o Espírito Santo), é “segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”(Hb 12:14).
Assim, entre as “virgens prudentes” estão crentes que são e que não são batizados com o Espírito. Entre as “virgens loucas” estão crentes que são e que não são batizados com o Espírito Santo.
Não se pode negar que os Apóstolos já tinham o Espírito Santo, habitando com eles. É o que podemos entender do disposto em João 20:22 – “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”. Isto aconteceu no dia em que Jesus ressuscitou. Eles só foram batizados com o Espírito Santo cinquenta dias depois. Nesse período acreditamos não ser correto afirmar que eles eram “virgens loucas”.

  EM SANTIDADE E EM AMOR

Conforme Jesus Cristo ensinou, devemos amar uns aos outros assim como Ele nos amou (João 15:12). Este é o mandamento de Cristo e devemos pô-lo em prática. Sem o amor de uns para com os outros, a Igreja não tem condições de subsistir. Se não amamos os nossos irmãos, não temos como testificar que somos crentes (1João 2:9-11).
O amor é o cartão de identidade do salvo – “Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo” (1João 2:10). Foi o Senhor Jesus quem estabeleceu uma maneira de identificar os seus discípulos. Conforme disse Jesus, o salvo é identificado pelo seu viver em amor – “nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13:35).
Em santidade. Se o amor é a marca registrada do cristão, a santidade é o meio pelo qual ele poderá chegar a Deus (Hb 12:14) – “O que anda num caminho reto, esse me servirá” (Sl 101:6). Portanto, viver em santidade deve ser uma das características dos crentes salvos que estão esperando desejosos a volta do Senhor Jesus, porquanto esta é uma das exigências de Deus. “Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: sede santos, porque eu sou santo”(1Pd 1:14-16).
Portanto, para viver como salvo esperando o retorno de Jesus é necessário o viver em santidade, principalmente o obreiro que precisa ser exemplo dos infiéis (1Tm 4:12). Muitos líderes preocupam-se, hoje em dia, com a santificação do povo de Deus sob sua responsabilidade, mas, a cada dia, estão a diminuir o espaço da Palavra de Deus nas reuniões. Cânticos e mais cânticos, apresentações de toda sorte, ensaios e mais ensaios tomam todo o tempo das atividades eclesiásticas. Desta maneira, não haverá mesmo como contribuir para que a igreja local promova a santificação dos crentes. Santificação vem com Palavra, Palavra, Palavra e, para finalizar, Palavra.


II. ATITUDES ERRÔNEAS DIANTE DA VINDA DE JESUS

     IGNORAR A VINDA DE JESUS. 

Certa feita, ao ensinar a respeito do seu retorno, Jesus contou uma parábola   sobre um servo fiel e prudente e um mau servo (Mt 24:45-51). Essa parábola se refere à volta visível de Cristo para a Terra como Messias-Rei. Mas o princípio aplica-se de igual modo ao Arrebatamento. Jesus mostra que um servo manifesta seu verdadeiro caráter pelo seu comportamento enquanto espera a volta do Senhor.
O que caracteriza o mau servo é a certeza de que “o senhor tarde viria” e, por causa disto, passa a espancar os conservos, a comer e a beber com os temulentos, isto é, com pessoas que se embriagam, que não têm uma conduta aprovada diante de Deus, ou seja, que se mistura com os pecadores, com os desregrados e os dominados com os vícios. O pecado é o fator que nos distancia de Deus (Is.59:2), é o elemento que impedirá que muitos crentes sejam arrebatados naquele dia (Mt 24:12). Como diz o início da terceira estrofe do hino 125 da Harpa Cristã: “Em santidade [Jesus] nos deve achar”.

     ESCARNECER DAS PROFECIAS

Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”(2Pd 3:3-4). Um dos sinais da Vinda de Jesus é, exatamente, a incredulidade, ou a falta de esperança quanto a sua vinda. Os “escarnecedores” mencionados pelo apóstolo Pedro, não estão, por certo, entre os não evangélicos – estes nada sabem sobre a volta de Jesus -, eles estão entre aqueles que deveriam estar vigiando e esperando seu retorno. Esta incredulidade pode ser contagiante. Faz-se necessário vigiar, e crer que o Senhor Jesus, realmente, virá. Assim, se algum “escarnecedor” levantar dúvidas e perguntar: “onde está a promessa da sua vinda?”, possamos estar atentos para responder, com convicção, que a “promessa da sua vinda” está confirmada pelas próprias palavras ditas por Jesus, enquanto homem, aqui na Terra, quando afirmou: “ E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também”(Jo 14:3).


III. ATITUDES DO SERVO FIEL ANTE A VOLTA DO SENHOR.

NÃO DAR LUGAR A CARNE.

O mundo vive habitualmente segundo a carne, pois o espírito que conduz é determinado pela “ Operação do erro ( 2 Ts  2.11). ( 1 Ts  5.23 ). Os termos espírito, alma e corpo referem-se mais ao ser de uma pessoa, como um todo, do que as suas partes distintas.
Esta expressão e o modo de Paulo dizer que Deus deve estar envolvido em cada aspecto da nossa vida. É errado pensar que podemos separar a nossa vida espiritual do restante da nossa vida. obedecendo a Deus apenas sob certo sentido ou vivendo para Ele somente um dia por semana. Cristo deve controlar todo o nosso ser, não apenas nossa parte "religiosa '.

DAR FRUTO.

O Espírito de Deus nos é dado para que possamos andar de uma maneira diferente, mas não significa andar sob sua direção. Quem tiver o Espírito pode andar de modo para produzir frutos. Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do Espírito inclui:

(1) “Caridade” (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
(2) “Gozo” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14 nota).
(3) “Paz” (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).
(4) “Longanimidade” (gr. makrothumia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).
(5) “Benignidade” (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).
(6) “Bondade” (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).
(7) “Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7;Tt 2.10).
(8) “Mansidão” (gr. prautes), i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf.2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).
(9) “Temperança” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5). O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente.
Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.

CONCLUSÃO
Em breve Jesus virá. Você está preparado para a sua vinda?  As consequências de nossas escolhas serão eternas. A salvação é individual. Que o Senhor nos ajude a ter consciência e vivência, dentro do padrão divino para esperarmos a volta de Jesus, conforme os ditames de sua santa Palavra, amando a sua vinda.