IMPLICAÇÕES ECLESIÁSTICAS QUANTO A RECEPÇÃO DE PESSOAS AMASIADAS NA MEMBRESIA DA IGREJA
Deverá a igreja aceitar alguém que está vivendo numa relação ilícita, esperando que ele mais tarde decida corrigir seu erro? Não. Uma igreja que pertence a Cristo é um corpo de pessoas tiradas do mundo para serem santos (1 Coríntios 1:2). Os verdadeiros cristãos não podem manter comunhão com aqueles que continuam na impureza do pecado (1 Coríntios 5:9-13; 2 Coríntios 6:14-7:1). O fornicador precisa arrepender-se e ser batizado antes de ser aceito numa congregação de discípulos.
Não há nada específico no N.T. a respeito das exigências da Igreja sobre as formalidades do casamento. Ele trata sempre o casamento como fato existente e consumado. Há restrições sobre casamento misto (jugo desigual - 2 Cor. 6.14-18), mas se o marido tem mulher descrente ou vice-versa, um é santificado pelo outro (1 Cor. 7.12-15).
Não há nada específico no N.T. a respeito das exigências da Igreja sobre as formalidades do casamento. Ele trata sempre o casamento como fato existente e consumado. Há restrições sobre casamento misto (jugo desigual - 2 Cor. 6.14-18), mas se o marido tem mulher descrente ou vice-versa, um é santificado pelo outro (1 Cor. 7.12-15).
CRITÉRIOS DE DECISÕES SOBRE O ASSUNTO
1. No caso da União Estável ou de Amasiados, há duas situações:
a) Quando os Cônjuges São Livres e Desimpedidos - Neste caso, paraligar-se à Igreja, podem perfeitamente formalizar o casamento.
1. No caso da União Estável ou de Amasiados, há duas situações:
a) Quando os Cônjuges São Livres e Desimpedidos - Neste caso, paraligar-se à Igreja, podem perfeitamente formalizar o casamento.
b) Quando Um ou Os Dois Ainda São Casados Com Outro Cônjuges - Aí há o adultério. No caso, o cônjuge ou ambos devem provocar o divórcio, que é o expediente legal, para que possam outra vez se casar. A Igreja deve esperar que o procedimento se cumpra. É evidente que surgem problemas de custos do procedimento do divórcio e do casamento, mas vale a pena esperar. Se a Igreja aceita o divórcio como um expediente válido, não há maiores problemas pararesolver o problema da "união estável". Evidentemente, o divórcio é outroproblema a ser estudado em outra oportunidade.
O Casamento Formal Reconhecido - é uma conquista da sociedade e dos padrões elevados para o ser humano, por causa das suas implicações sociais e jurídicas, o que interessa à Igreja. Portanto, a Igreja deve valorizá-lo e dignificá-lo. A Lição de Fil. 4.8.
A Igreja deve primar pelo que é puro, para o que é de boa fama, para que outros sigam o seu exemplo. Este é um fator educativo. Se ela faz o que é errado, incentiva tanto para a sua comunidade como para a sociedade a mesma prática.
O Poder da Igreja de Ligar e Desligar - O texto de Mateus 16.18, cuja melhor tradução é: "tudo o que ligares na terra, terá sido ligado", e "tudo o que desligares, terá sido desligado", pode favorecer certas decisões não especificadas pela Bíblia. Neste caso, uma Igreja pode tomar a decisão de aceitar um casal amasiado e isto será feito. Só que a Igreja deve estar cônscia de que adecisão foi tomada primeiramente por Deus. Do contrário, a Igreja estará agindo a sua revelia, na carne e não no Espírito.
Foi assim que começaram os grandes desvios do cristianismo que culminaram com o surgimento da Igreja Católica e todos os seus erros doutrinários.
Os conceitos de Paulo em Efésios 5.22-33 e 2 Cor. 11.2, e o de Jesus em João 4.16-18, já expostos acima, são bastante fortes e convincentes. Eles nos dão bastante luz sobre como agir, pois fica claro que só se considera, em relação à Igreja, o casamento legítimo.
O Dr. A T. Maston no seu livro (Certo ou Errado, Juerp, Rio de Janeiro), apresenta alguns jogos de teste que muito nos ajudam a tomar decisões em casos em que a Bíblia não traz orientação específica.
Trago aqui algumas adaptações daquelas idéias:
O Teste dos Três Efeitos - Neste caso, procura-se averiguar que tipo de efeito a nossa decisão vai provocar:
Efeito Sobre Nós - Pergunta-se: De que maneira esta decisão vai afetar a vida de nossa Igreja? Vai melhorar o padrão das famílias? A juventude vai ficar mais propensa a não se casar legalmente ou não? Se a resposta for negativa, é provável que a decisão não seja recomendável.
O Teste dos Três Efeitos - Neste caso, procura-se averiguar que tipo de efeito a nossa decisão vai provocar:
Efeito Sobre Nós - Pergunta-se: De que maneira esta decisão vai afetar a vida de nossa Igreja? Vai melhorar o padrão das famílias? A juventude vai ficar mais propensa a não se casar legalmente ou não? Se a resposta for negativa, é provável que a decisão não seja recomendável.
Efeito Sobre os Outros - Pergunta: De que maneira esta decisão vai afetar as outras Igrejas? Se elas tomarem nosso exemplo como padrão, isso vai melhorar o nível de vida espiritual das famílias e das igrejas? Se a resposta for negativa, não é recomendável assumi-la.
Efeito Sobre a Causa de Deus - De que maneira esta decisão vai afetar a Causa de Deus, a boa fama do Evangelho, o próprio caráter de Deus? Se a resposta for negativa, é provável que a decisão seja desaconselhável.
Os Três Testes - Aqui temos outros caminhos de averiguação:
O Teste do Segredo - Raciocínio: Isto que vamos fazer pode ser feito abertamente, todos devem tomar conhecimento sem problema de reprovação, ou devemos fazer veladamente, para que ninguém venha tomar conhecimento do fato. Se a resposta for negativa, é melhor que não se realize.
O Teste da Universalidade - Isto que vamos fazer, seria bom que todas as Igrejas o fizessem? Ou somente a nossa Igreja vai fazer numa circunstância especial? Se a resposta for negativa, é melhor não fazer.
O Teste da Oração - Podemos orar agradecendo a Deus pelo fato de estarmos recebendo uma família que não é casada formalmente, cujo casamento não é reconhecido oficialmente? Se a resposta for negativa, é melhor não fazer.
O Teste das Três Fontes de LuzA Luz Que Vem de Dentro - É a luz da consciência cristã, formada pela presença do Espírito Santo na vida de cada crente e da Igreja. Se a decisão não dá paz interior a todos os membros da Igreja; se não há um "sinal verde" geral da Igreja, é melhor não assumir.
A Luz Que Vem de Fora - Neste caso, perguntamos a outros crentes, a outros obreiros, a outras Igreja, o que fariam. Muitas vezes, as experiências de outrem, ajudam-nos a tomar uma decisão mais acertada.
A Luz Que Vem de Cima - É a consulta a Deus. Neste caso, temos que orar a Deus, perguntando sinceramente o que Ele quer que seja feito. Deus dará a resposta de alguma maneira, e a convicção virá a todos. É bom notar que, segundo o Novo Testamento, a despeito de adotarmos o regime democrático, a melhordecisão que demonstra inequivocamente a vontade do Espírito Santo, é o da unanimidade. Se não há unanimidade, não se deve assumir certas decisões controvertidas.
CONCLUSÕESPoderá haver um caso ou outro, muito especial, que a Igreja deverá analisar e aceitar a dita "união estável". Neste caso, vale a decisão unânime de uma Igreja autônoma.
Exemplo: No meu tempo de jovem, havia um casal amasiado com 50 anos de vida conjugal. Um deles era impedido porque casado, com cônjuge ainda vivo. A distância era grande. Ao tempo, não havia divórcio, mas apenas desquite, que não desfazia o vínculo do casamento. Um caso deste, eu não teria dúvida em levar a Igreja a aceitar, não como regra, mas como exceção.
Como hoje, muitos casais, por razões de direitos hereditários, não estão se casando civilmente, mas apenas fazendo um contrato de convivência conjugal, seria muito temerário uma Igreja Batista entrar indiscriminadamente na aceitação de tais uniões.
Com base nas considerações que vimos de fundamentar, cremos que não vale a pena entrar por este caminho. O apóstolo João, no Apocalipse 21.2, 9, fala da noiva do Cordeiro. A menção é de casamento legítimo e santo. Cremos que a Igreja do Senhor Jesus deve primar por ter na sua membresia pessoal oficialmente casado.
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