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terça-feira, 7 de julho de 2015

É CORRETO BATIZAR PESSOAS AMASIADAS?


É CORRETO BATIZAR PESSOAS AMASIADAS?














Tenho visto muitos pastores de igrejas evangélicas batizarem pessoas que vivem intimamente ligadas sem serem conjugalmente unidas pelos laços do matrimônio. E diante disto surgem questões semelhantes a esta: “Uma mulher que aceitou a Cristo e deseja se batizar, mas há 20 anos vive amasiada com um homem que não aceitou a Cristo. Devemos batizá-la?”.
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Em primeiro lugar, antes de responder esta pergunta devemos definir a palavra “amasiada”: Quem vive em mancebia, amigada, amante, amásia, concubina, mulher ilegítima.

Em segundo lugar, cuidado com aquilo que é extra bíblico, pois pode se transformar em antibíblico, por isso devemos ponderar bastante assuntos desta natureza. Não podemos fechar a questão assim sem uma análise bíblica acurada como se fôssemos “Papas”, notem que a base do protestantismo é a Bíblia Sagrada: “Sola Scriptura”. Rezamos que a Bíblia é a “única regra infalível de fé normativa para vida e o caráter cristão”.

RESPOSTA APOLOGÉTICA AO NÃO BATIZAR PESSOAS AMASIADAS

O batismo nas águas tem único objetivo, o arrependimento dos pecados, “apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados”. (Mc.1.4). A palavra “arrependimento” significa “largar o pecado”, “dar meia volta”. Uma pessoa que deseja se batizar deve está sinceramente “arrependida” de seus pecados. “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados...”. (At.2.38).

Uma pessoa amasiada tem duas opções para se batizar: Deixar o pecado ou casar-se! Uma pessoa amasiada, à luz da Bíblia, é uma pessoa que está em “fornicação”. Em Hb.13.4 versão BJ diz: “O matrimônio seja honrado por todos, e o leito conjugal, sem mancha; porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros”. (o grifo é meu). Nas versões: ARA diz “impuros”, ARC/ACF “prostituição”, BLH/NVI “imorais”, AEC “devassos”. Todas estas palavras são traduções da palavra grega “pornos”: Relação sexual ilícita, fornicação, sexo fora do casamento.

O casamento é uma instituição divina, Deus quando formou o primeiro casal Ele os uniu em uma aliança (Gn.2.18-24). O sacerdote foi o próprio Deus (Gn.1.27,28). Essa “aliança” vem sendo celebrada em todos os tempos por sacerdotes, juizes ou pessoa de autoridade constituída. O casamento é a união legítima de homem e mulher. Seja celebrado civil, religioso, ambos estão submisso à autoridade constituída por Deus: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus”. (Rm.13.1 o grifo é meu).

Toda aliança matrimonial precisa de um sacerdote. A antiga aliança foi constituída por sacerdotes, a nova aliança foi por Jesus Cristo, o nosso sumo sacerdote. Nos clãs das civilizações antigas o pai era reconhecido como sacerdote. O pai da família, na ausência do sacerdote, juiz ou autoridade constituída, tem autoridade de celebrar o casamento. Na ausência de todos estes, Deus será o sacerdote!

QUESTÕES FEITAS PELOS DEFENSORES DO BATISMO DOS AMASIADOS

Questão 1: “Uma pessoa amasiada vai subir?”. (Ir para o céu, ser arrebatado).

Refutação: Quem formulou esta pergunta igualou “salvação” com “batismo”. Pois se eu dissesse que sim, viria uma segunda pergunta: “Então porque ela não pode se batizar?” Ora, a salvação tem a ver com o “crer” (At.16.30,31) e o batismo está ligado ao “arrependimento dos pecados” (Mt.3.11a). O ladrão da cruz não era batizado em águas, mas acreditou em Jesus, isso foi o suficiente para sua salvação (Lc.23.43). Marcos 16.16 não iguala “salvação” com “batismo”, pois na segunda sentença aborda somente o “não crer” para ser condenado!

Questão 2: “Deus faz diferença de pecado?”.

Refutação: Se eu dissesse que não, então uma pessoa amasiada também pode se batizar, pois todos nós cometemos pecados. Ela só é mais uma pecadora se batizando. Porém, levando em consideração que o batismo é para o arrependimento de pecados, assim ninguém deveria se batizar, uma fez que eu deveria “largar” o pecado? Quem seria digno de se batizar?
E se eu dissesse que sim? Há “pecadinho” e "pecadão” para Deus? Acredito que estamos temporariamente sob o jugo da natureza pecaminosa (1Jo.1.10), mas fomos nascidos de Deus para não vivermos em pecado (1Jo.3.9). E quem vive amasiado não pecou esporadicamente, ele está na prática pecado.

Questão 3: “Mas se o companheiro (a) descrente não quer casar?”.

Refutação: Eu respondo esta pergunta com outra: Mas se um casal de jovens cristãos confessasse que transam? o que os pastores diriam para eles? Que continuem num relacionamento que os faz pecar? Com certeza seriam disciplinados e depois orientados a acabarem o relacionamento ou se casarem (ver 1Co.7.9). Qual a diferença de um casal assim para um casal de amasiados? Só por que não estão morando no mesmo teto?
Devemos entender que o batismo não salva. É apenas uma ordenança de Jesus Cristo (Mt.28.19; Mc.16.15,16). Mas, para o cumprimento desta ordenança é necessário o arrependimento dos pecados. Sem o qual não se efetua o batismo!

Questão 4: “Se os dois vivem juntos há tanto tempo. E convivem maritalmente um para o outro. Já não são ‘uma só carne’?”.

Refutação: Tem um ditado popular que diz: “uma mentira sendo dita várias vezes se transformará em verdade”. É o que acontece com pessoas que vivem juntas a 20, 30, 40 anos. Pensam que pelo “tempo” de estarem juntos tornam-se “marido e mulher”. Enquanto que a Palavra de Deus diz: “... eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”. (Êx.20.5).

O fato de duas pessoas transarem apenas entre si não os torna marido e mulher. Se for assim o casal de namorados cristãos que transam já são marido e mulher. Para quê casar então? Paulo faz a diferença: “Mas, se vocês não podem dominar o desejo sexual, então casem, pois é melhor casar do que ficar queimando de desejo”. (1Co.7.9 BLH). A Bíblia não considera o viver em fornicação (do grego: pornos), adultério (idem: moichao) ou prostituição (idem: porneia) como um matrimônio (idem: gamos), embora Paulo use a expressão “uma só carne” numa relação com uma prostituta em 1Co.6.16. Você chamaria prostituição de casamento? Paulo não estava usando o assunto para chegarmos a esta conclusão. A verdade central do texto era que não dava para os irmãos de Coríntos viverem em união com o pecado e ao mesmo tempo em união com Deus.

Aos pastores que batizam pessoas nesta situação deixo as palavras de Paulo ao jovem pastor Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.” 1Timóteo 4.16

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